Propinas...
Estou de acordo com o que o Bruno Veloso escreveu relativamente a um dos mais recentes artigos de Vital Moreira.
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Estou de acordo com o que o Bruno Veloso escreveu relativamente a um dos mais recentes artigos de Vital Moreira.
...que Rui Tavares venha com a conversa do ser dramático ver fracos contra fracos.
Já estamos habituados às barbaridades ultra-conservadoras de João César das Neves. Mas isto é de ir completamente às lágrimas.
Rui Moura Ramos apela desde já, na eventualidade de uma candidatura vencedora de Cavaco Silva nas eleições presidenciais, a que este de imediato dissolva a Assembleia da República.
... no tempo que aquela quantidade de intelectuais e pseudo-opinion-makers tiveram que esperar para atacar Manuel Maria Carrilho por causa da Bárbara Guimarães?
(invejosos - Bárbara há só uma e é do Professor)
... que começa a ser difícil distinguir Pedro Silva Pereira de José Sócrates, tal a sincronia de entoação, vocabulário, tom ou timbre?
... como a luta sindical se anima sempre que o PS está no Governo?
(ler a «Carta Aberta a Carvalho da Silva» no Jumento)
Li hoje no jornal Público que está a prepara uma greve da Função Pública e apeteceu-me escrever-lhe esta carta para lhe dizer algumas coisas que não lhe posso dizer pessoalmente porque nem sou do seu partido nem sei de outra forma de chegar à fala consigo.
Aliás, em mais de vinte anos de funcionário nunca soube como chegar à fala com um sindicalista, a minha relação com os sindicatos é feita através das suas entrevistas nas TVs ou, de vez em quando, com uns cartazes de design duvidoso que aparecem nas paredes dos serviços. Não tenho memória de ter havido uma reunião com os funcionários para que estes digam o que querem ou pensam; vejo isso suceder nas empresas públicas de transportes, mas na FP não.
Fico com a sensação de que os sindicatos da FP me consideram um borrego que está dispensado de pensar ou opinar, alguém decide se eu devo ou não fazer greve e quando. E se os funcionários não são ouvidos eu gostaria de saber quem decide sobre as suas lutas laborais.
De qualquer das formas não se preocupe comigo, apesar de não concordar totalmente com a política do Governo não vou fazer greve, mas gostaria que conhecesse as minhas razões.
Durante estes dois anos e meio bati-me contra um governo incompetente e de quase extrema-direita, durante dois anos e meio vi os seus sindicatos meterem o rabinho entre as pernas perante as ameaças de Manuela Ferreira Leite; os seus sindicatos já tentaram provocar mais agitação em cem dias do que em dois anos e meio. E não estou disposto a apanhar com mais quatro anos de PSD, senão mesmo dez como sucedeu com Cavaco Silva; talvez você se sinta mais líder dos trabalhadores, talvez dê mais pica lutar contra um governo de direita (o que não se viu com Durão e Santana), mas depois quem se amola sou eu.
Não me revejo num sindicalismo que trata os trabalhadores como se este não tivessem opiniões ou vontade própria, limitando-se a dizer-lhes quando devem fazer greve, e muito menos quando no final aparece o senhor Jerónimo de Sousa a falar na "manif" em nome dos trabalhadores. É um sindicalismo em que "funcionários sindicais" acham que devem decidir pelos funcionários públicos, isto é, um sindicalismo que tende a não representar os trabalhadores e onde a actividade sindical se mede mais pelo seu valor para o currículo partidário do que pela situação dos trabalhadores.
Com os melhores cumprimentos.
Como era previsível, Eduardo Prado Coelho hoje, a propósito da mais que certa mudança de instalações da livraria Ler Devagar, vem defender apoios do Estado para essa mudança.
Relativamente ao já estafado arrastão de Carcavelos, a inefável Ana Drago diz que de um grande grupo de 400 ou 500 pessoas só 30 ou 40 praticaram ilícitos.
Concordo por inteiro com o Gabriel Silva. A ser como ele diz, de facto a liberalização da venda de medicamentos fica restringida às grandes superfícies, e não é uma real liberalização.
Certamente que já me leram defendendo a manutenção da Lei da Nacionalidade em vigor e criticando as propostas à esquerda de alteração da mesma.
Lendo o seu último post em O Insurgente, ficamos a saber que HFerreira considera errado lutar pelos direitos laborais.
Miguel:
Adolfo:
Espero que os estudantes em exames estejam a ter atenção às posições políticas relativas à greve dos professores.
Rui:
Com o desaparecimento de Vasco Gonçalves e Álvaro Cunhal, houve quem viesse lembrar as nacionalizações do 11 de Março de 1975, classificando-as como '15 anos de atraso para a economia portuguesa' (considerando, certamente, como referência, o início do processo de privatizações levado a cabo por Cavaco Silva - «o Desejado» aka «o Pai do Monstro»).
A propósito deste polémico tema, gostaria de levantar as seguintes questões:
1 - Quanto custou ao Estado português a prosperidade das empresas então nacionalizadas, através das diversas formas de proteccionismo, interno e externo, que o Estado Novo concedeu aos 'empreendedores do regime'?
2 - Em que condições de gestão estavam estas empresas em 1975, antes de o Estado tomar a sua gestão?
Onde estavam os tais 'empreendedores do regime', e o seu capital?
(Lembremo-nos, por exemplo, de Champalimaud, que teve de 'recomeçar do zero' no Brasil, com os milhões que levou com ele, claro.)
3 - Atendendo a que todas as empresas até agora privatizadas eram lucrativas, quanto custou ao Estado o processo de privatizações/devoluções iniciado por Cavaco Silva?
4 - A manutenção de boa parte do sector empresarial do Estado já privatizado, não nos permitiria hoje:
a) Ter outras formas de intervenção na economia, de uma forma contra-cíclica, na actual ausência de políticas cambiais, monetárias e orçamentais eficazes?
b) Ter um Défice do Orçamento de Estado e uma Dívida Pública menores?
5 - Por que razão se continuou o processo de privatização de empresas públicas fornecedoras de serviços, quando as inspiradors experiências estrangeiras já mostrava que a redução de custos implicava inevitavelmente piorar o serviço prestado aos consumidores?
6 - Finalmente, por que razão se insiste em privatizar o fornecimento de serviços e bens 'públicos' (que é lucrativo), deixando nas mãos do Estado as respectivas infraestruturas (de custos insuportáveis para o sector privado)?
«Em geral, o Cunhal celebrado na quarta-feira foi o Cunhal dos anos 30 a 1974. Da clandestinidade, da prisão, da fuga, da resistência, o militante indómito, o número um, o intelectual exemplarmente anti-intelectualismo, o homem-máquina do partido leninista. Em particular, o Cunhal celebrado foi o do PCP, o de 'o partido'. Cunhal é o PCP, PCP é Cunhal. Mais do que dedicar a vida ao país e aos trabalhadores, Cunhal dedicou a vida ao partido o que, bem vistas as coisas, é simultaneamente impressionante e irracional. Quem no mundo pensa assim? Mas para Cunhal o partido era um fim em si. E, se os 30 anos depois do 25 de Abril são irrelevantes para o mito de Cunhal e não melhoram a sua biografia política nacional, para o PCP este período de democracia é a continuidade do anterior. (...) Na cerimónia fúnebre o PCP veio à rua, com toda a justiça, agradecer-lhe. Antes com Cunhal vivo, agora com o mito Cunhal, o PCP de 2005 é o mesmo partido leninista de 1974 que luta por continuar vivo, apenas por continuar vivo. Por continuar.»
(...)
«O comunismo falhou, mas Cunhal não. Em vez de escrever memórias, que são documentos históricos, preferiu escrever uma autobiografia ficcional em contos e romances que trabalham para o mito. Passou a ser o Cunhal escritor, artista, pensador, intelectual. Fez as pazes com o resto do país. Na última década, Cunhal transformou-se em Manuel Tiago. Construiu o mito que queria de si mesmo. Quem, no futuro, quiser vagamente conhecer Álvaro Cunhal não lerá os seus enfadonhos, insuportáveis e sectários discursos. Lerá e verá Até à Manhã Camaradas.»
*Bolds por conta da casa
O post Orgulho Branco no Blasfémias é ÓBVIA e ABSOLUTAMENTE do meu agrado !
Paulo:
Joana Amaral Dias lamenta-se:
Pois é, Rui. Aquilo a que chamas escola-modelo tem alguns contornos de Big Brother os quais não me agradam rigorosamente nada.
Vasco Pulido Valente sublinha hoje que «Cavaco foi evidentemente "o pai do monstro"», muito embora «não tivesse aumentado muito o número de funcionários (de 634.000 para 638.000)». E, acrescenta, Guterres, «quando fugiu do "pântano", deixou 780.000 funcionários».
Não sei qual será a fonte de VPV na contagem de funcionários públicos e, em termos de estatística formal, até deverá estar correcta.
Mas não corresponde à realidade.
Em 1995, no início do Governo de António Guterres, o Estado descobriu que não sabia quantos funcionários tinha. Ao proceder ao inventário, constatou a existência de perto de dezenas de milhares de funcionários com vínculos diversos com o Estado (contratos a termo certo, sub-contratação a empresas de trabalho temporário, etc.).
Perante este cenário insustentável, o Governo Guterres agiu de acordo com a Lei Geral do Trabalho, aplicável a qualquer empresa: integrou na função pública, pela base da carreira, todos os funcionários com, pelo menos, 3 anos de vínculo estável com o Estado (subordinação hierárquica e cumprimento de horário de trabalho).
Eram cerca de 70.000!
Ou seja, durante a 'década' de cavaquismo, o Estado contratou 70.000 funcionários em vínculo precário, escondendo-os das estatísticas oficiais. Posteriormente o PSD já teve, por diversas vezes, a desfaçatez de acusar o Governo de Guterres de ter dado emprego 70.000 'boys'...
Mas são hábitos que dificilmente se perdem.
Seria curioso saber quantos funcionários existem hoje, após mais um Governo de direita, com contratos e vínculos precários com o Estado.
A SIC abriu o jornal de Sábado com a notícia do encontro xenófobo que tanto propagandearam.
Francisco Mendes da Silva: a sua análise do famoso debate Soares/Cunhal é genial, pelo que aqui a transcrevo.
Tem toda a razão, Vital Moreira.
Não, Luís Mah. Se os subsídios à produção de açúcar devem desaparecer não é por isso ser injusto para os países menos desenvolvidos, que isso é lá problema deles, e não tenho dúvidas que seriam os primeiros a subsidiar tal produção.
Fiz o teste do The Advocates, nesse link está o meu resultado.
Cavaco Silva criou um novo estilo de político português: o político tecnocrata, que raramente se engana e nunca tem dúvidas (mesmo que esteja a comer um pastel de bacalhau...).
A direita portuguesa em geral, e o PSD em particular gostaram do estilo (e da década de poder), tendo recentemente presenteado os portugueses com dois discípulos da mesma escola de finanças: Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix.
Esta rica dupla é responsável por três anos de um Governo PSD/CDS a combater obsessivamente um défice para o Orçamento de Estado que chega a 2005 no valor 6,83% do PIB, de acordo com a mesma comissão técnica «Constâncio» que, anos antes, havia crucificado Pina Moura e Oliveira Martins.
É pois patético assistir às figuras tristes de Bagão Félix e Manuela Ferreira Leite na justificação convicta de não-se-percebe-bem-o-quê.
Primeiro, foi Bagão Félix a explicar que um Ministro das Finanças não é responsável pelo valor do Défice apresentado à Assembleia da República, e a criticar a metodologia de Constâncio e o preciosismo de em apurar uma estimativa do Défice até às casas centesimais (como se não conhecesse a «peça»...).
Mas a verdadeira confissão de desonestidade política e intelectual surgiu quando se soube que, afinal, Bagão Félix já sabia que o valor real do Défice para 2005 estaria nos 6,4%, tendo preferido o Governo apresentar ao País uma conveniente estimativa de 2,9%, fazendo contas futuras com base nas receitas extraordinárias que se viessem a arranjar.
Ontem foi a vez de vermos Manuela Ferreira Leite na defesa da honra, a titubear explicações económicas sem nexo, perante uma tolerante Judite de Sousa, que nos ia brindando com verdadeiras pérolas do jornalismo de investigação:
- Quando tinha tempo, não costumava ir fazer o almoço a casa?
- Gostava que lhe chamassem «Dama de Ferro» não gostava?
- Se quisesse, podia ser hoje líder do PSD. Até foi a pessoa mais votado no Congresso.
(Judite de Sousa deve ter garantido ontem um futuro lugar de Adido Cultural num País à sua escolha).
Ferreira Leite não tentou sequer explicar porque razão a sua política de aumento do IVA (embora seja, agora, contra o aumento do IVA), de corte no Investimento Público e de congelamento dos salários da administração pública não surtiu qualquer efeito. Muito antes pelo contrário: o Défice do Orçamento de Estado, o montante da Dívida Pública, a taxa de desemprego, a recessão económica, todos se agravaram. Apenas o Património do Estado (de todos nós) diminuiu.
Como se não bastasse, Ferreira Leite vem corroborar a tese de que as previsões de um Orçamento de Estado aprovado pela Assembleia da República não são, afinal, relevantes.
Este assomo de neo-liberalismo económico português não passou de uma visão em que se tenta organizar o País numa folha de cálculo e se vai pondo o Estado no «prego», de forma a acertar as contas na mercearia Bruxelas.
Duas notas:
João Miranda, dentro do seu estilo habitual que prima pela desonestidade absoluta, vem dizer aquilo que é dos maiores disparates que já li, e que certamente pessoas íntegras como o Nelson Faria e o António Costa Amaral nunca subscreverão.
Visconti:
Ao que parece, as marcações de consultas nos centros de saúde por todo o país só podem ser feitas às 12.00, e por ordem de chegada sem ticket...consequência, quem quiser que fique 4 horas à espera.
O artigo de Paulo Rangel no PÚBLICO de hoje é de tal maneira ridículo que não sei como é que não tem o pudor de o guardar na gaveta.
Definitivamente não. Ao contrário do que dizes, perdões de dívida externa são péssimas notícias.
As palavras de dirigentes do CDS sobre Vasco Gonçalves e Álvaro Cunhal só podem ser qualificadas de uma destas maneiras.
Há uns dias escrevi um post intitulado «A Democracia Pindérica».
«Portugal está a dar um triste espectáculo de si próprio. O caso é este. De há um tempo para cá (quinze, vinte anos?), toda agente se queixa da qualidade dos políticos. Que não têm profissão, que nunca trabalharam, que não têm independência (económica ou outra), que nasceram e cresceram na baixa intriga dos partidos, que vivem da subserviência e do oportunismo, que roçam a iliteracia; e por aí fora. (...) Mas, no meio da choradeira universal, nós pagamos muito mal aos políticos.
Ou, mais precisamente, os políticos (porque em última análise são eles que mandam) não se atrevem a ganhar mais com medo do "povo". Como o "povo" os considera um bando de parasitas, ainda por cima malficentes, tentam não o provocar recebendo abertamente o que deveriam. Desta cobardia, já institucional, derivam três consequências. Primeiro, só a mediocridade aceita um cargo de responsabilidade (e, às vezes, de risco) numa câmara, no parlamento ou no governo, por um ordenado comparativamente irrisório. Segundo, os que aceitam, como os deputados, tratam o seu lugar como se fosse uma sinecura inócua. E, terceiro, uma grossa minoria arranja rendimentos laterais, que oscilam entre o legal e o criminoso, para se compensar de um "sacrifício" em que não vêem valor ou dignidade.
Ana Sá Lopes:
Nuno Furtado:
Sim, este é o 12º post de hoje. Estão mais 11 para lerem e comentarem, não se esqueçam !
E ela é o Centro de Cursos Livres do ISCTE !
João:
Como sempre, Pacheco Pereira tem razão quanto a este assunto:
Os professores ameaçam impedir a realização de exames nacionais para acções de protesto.
Fernanda Câncio:
Daniel Oliveira: o seu post Quizz Constituinte é um exercício da mais rasteira demagogia contra o projecto de Tratado Constitucional.
Gonçalo Lobo Xavier: manter os mesmos manuais se aparecerem melhores não é boa política.
Nos comentários ao post As Políticas Sociais, BrainstormZ, que roça o ultraliberalismo, enuncia sete razões pelas quais não concorda com o horrível sistema de cheque-ensino, ou voucher.
Da discussão relativa ao post com o mesmo nome n'O Insurgente apenas se podem concluir duas coisas:
A 21/10/03 escrevi num post intitulado «Consumo e Consumismo (II)», o seguinte:
«Do consumismo resultou, por outro lado, o fenómeno de sobre-endividamento das famílias, tão consentâneo com o "povo de pobres com mentalidade de ricos" que Eduardo Lourenço falava.
Curiosamente, este sobre-endividamento das famílias reflectiu-se num sobre-endividamento do sector bancário junto do exterior. Quem não se lembra da guerra aberta entre os diferentes bancos para concederem crédito à habitação? E neste caso foi o sector privado que optou por esta política em espiral, sector que, de acordo com as noções mais neo-clássicas, deveria ser capaz de tomar as decisões mais racionais, ao contrário do sector público. Como resultado, as acções dos vários bancos conseguiram bater todos os seus mínimos históricos, já bem depois do mesmo se ter verificado nos outros sectores da economia. (...)
Dois anos depois, o que se constata é que os portugueses continuam endividados, com menor poder de compra, mas o sector bancário, esse grande viveiro de quadros governamentais, já recuperou da situação em que estava.»
Os gráficos acima, retirados do site http://pt.portaldebolsa.com, mostram a evolução nos dois últimos anos das acções dos quatro bancos cotados na bolsa: BCP, BES, BPI e BTA.
Se eu tivesse tido dinheiro para investir na bolsa, por exemplo, há um ano e, contra todas as teorias de diversificação do portfólio, tivesse comprado apenas acções deste quatro bancos, teria tido uma valorização do meu capital de, pelo menos, 15% (confesso que não me dei ao trabalho de fazer as contas exactas).
Ou seja, o ritmo de crescimento do sector bancário, nos últimos 3 anos, foi muito superior ao ritmo de crescimento(!) da economia portuguesa.
Serve todo este raciocínio para chegar a duas conclusões:
1 - Quando João Salgueiro, em defesa da Banca nacional, perante eventuais medidas fiscais a serem aplicadas aos Bancos, vem argumentar a existência de uma discricionariedade inexplicável perante o sector bancário, verifica-se que o sector bancário é um sector atípico na economia portuguesa;
2 - Quando Manuela Ferreira Leite adoptou o conjunto de medidas restritivas que representaram uma travagem a fundo no Consumo Privado, defendi que o único sector que poderia beneficiar destas medidas era o sector bancário, nomeadamente pelos níveis de endividamento acima escrito.
Pelos vistos...
Palavras inteligentes, as do Ministro António Costa sobre a matéria, se tivermos em conta quais serão os verdadeiros objectivos.
Tem razão JMF no post O poder de se despirem.
André Abrantes Amaral:
Talvez para suavizar o impacto do pacote de medidas para o combate ao défice do Orçamento de Estado (o aumento do IVA, da taxa sobre o tabaco e os combustíveis, da idade da reforma, o congelamento das 'promoções automáticas' na Função Pública, etc.), alguém teve a ideia de acrescentar o fim das 'reformas vitalícias dos políticos'.
Apesar de não existirem 'promoções automáticas' na Função Pública mas sim mudanças de escalão de 3 em 3 anos, exactamente nos casos em que não tenha ainda aberto um concurso para a promoção na carreira (é sempre necessário Concurso), ainda nenhum sindicato veio explicar este conveniente equívoco, como se houvesse algum problema de consciência ou complexo.
O mesmo se passa com a classe política.
Quem analisar os vencimentos dos titulares de cargos políticos, a começar pelo do Presidente da República, chegará à conclusão que são incrivelmente baixos atendendo à responsabilidade que neles é delegada.
Porém, quando se fala que a classe política ganha demasiado, que não são necessários tantos Deputados, nem tantos Ministros, Secretários de Estado, membros de Gabinete, todos se escondem por trás da mesma árvore duma imensa floresta chamada República, Democracia, ou simplesmemente o sistema político que tem a obrigação de nos 'bem-governar'.
Como se houvessem problemas de consciência ou complexos.
A subvenção vitalícia a que têm direito os Deputados, segundo o 'legislador', destina-se a compensar o regresso destes cidadãos à Sociedade Civil, de volta às suas carreiras profissionais, por vezes irremediavelmente adiadas.
O Governo escolheu, demagogicamente, qual aprendiz de feiticeiro, acabar com a 'vergonha' destas subvenções (de impacto financeiro praticamente nulo).
Para que a classe política 'desse o exemplo' ao País.
Mas o exemplo que dá é o de uma classe política complexada e pindérica, cada dia que passa mais à mercê das pressões económicas e da vontade do Espírito Santo.
Qualquer dia restar-nos-á um Parlamento recheado de Nunos Melo, a vociferar para as televisões impropérios contra os malandros dos políticos.
Já agora...estive a ver os menus na internet e aqui vão algumas sugestões, ainda que eu não conheça a maioria dos restaurantes:
A propósito da Mostra de Sabores de Oeiras, aqui vão as minhas notas de 1 a 5 aos restaurantes concorrentes onde já comi:
Pedro Sales:
Hoje no PÚBLICO li os antecedentes ao afogamento de um bebé de 18 meses em Chaves.