sexta-feira, março 31, 2006

Emprego

Adolfo:

Concordo plenamente com o que escreveste. Mas mais uma vez daí não tiro as mesmas consequências.

A justa causa objectiva, já consagrada há quase 20 anos, é perfeitamente suficiente para essas circunstâncias. Despedimentos livres são desnecessários, dispensáveis, e seriam inclusivamente prejudiciais para a economia, tendo em conta que trariam terríveis problemas ao nível da confiança dos consumidores.

Link

Para este fantástico post de Pacheco Pereira.

Concordo em absoluto.

É preciso ter lata...

...para escrever isto.

Ou então estar totalmente fora do Mundo e desconhecer que há imensos jovens que não estão eleitoralmente recenseados...

A única crítica que se poderia fazer à medida é que acaba por ser mais ou menos inútil, tendo em vista as alterações que aí vêm e o fim do recenseamento eleitoral...

quinta-feira, março 30, 2006

Por Alcobaça

Estou com o Nuno Pereira.

Obviamente.

Mais uma vez...

E em nome do odioso politicamente correcto, a UEFA adopta medidas totalmente absurdas e anti-jurídicas.

Para além de os jogadores não terem nada a ver com o que os adeptos fazem e de isto constituir um atropelo à liberdade de expressão, isto é querer condicionar o que vai na cabeça de cada um, por muito que sejam disparates inenarráveis.

quarta-feira, março 29, 2006

Novo Projecto

Os leitores do Descrédito ficam assim informados de que passo a estar na blogosfera também no Gato Gordo e Mole, blog pessoal de natureza exclusivamente extra-política.

Habitação

Adolfo:

Não me parece ser inclusivamente séria essa comparação que fazes entre as totalmente absurdas medidas de Hugo Chávez e o que acontece em Portugal.

Sem prejuízo de que, como sabes, se dependesse de mim o mercado de arrendamento já teria sido totalmente liberalizado.

Regionalização

Vital Moreira:

Então o que é que não teria sido um mapa absurdo ? Cinco regiões das quais três sem qualquer identidade, só porque supostamente faz mais jeito a Coimbra ?

segunda-feira, março 27, 2006

Para quem necessite

Aqui deixo este site, com a devida cortesia ao A Arte da Fuga.

Eu não hesito em recomendar e em alertar para o facto. Eu também fui vítima de bullying. E quanto menos gente passar pelo mesmo melhor.

Faça-se justiça

Rui Albuquerque:

Certo é que Marcello Caetano foi sem margem para dúvidas o maior jurista português do Século XX.

Talvez só João Tello de Magalhães Collaço, acaso não tivesse falecido tão jovem, poderia ter sido tão grande...

domingo, março 26, 2006

De Vento em Popa!

«Baixa no Movimento de Alegre»

«Ana Sara Brito, que orientou as operações logísticas da campanha eleitoral de Manuel Alegre, prepara-se para abandonar as funções de coordenadora do recém-criado Movimento para a Intervenção e Cidadania (MIC).»
(...)
«Na origem desta posição, segundo apurámos, estão divergências estratégicas entre Alegre, que retomou o lugar de deputado na Assembleia da República, e a coordenadora do movimento.»

Como seria de esperar, é o Descrédito total...

quinta-feira, março 23, 2006

STOP LUKA !



Abaixo a ditadura ! Viva o povo bielorrusso !

sábado, março 18, 2006

Eleições


Miguel Coelho mantem-se à frente da Concelhia de Lisboa do PS, mas nem tudo ficou igual...

sexta-feira, março 17, 2006

Escolas

Adolfo:

Concordo inteiramente, ou quase inteiramente, com o que dizes. Mas claro está que daí tiramos conclusões diferentes...

quarta-feira, março 15, 2006

OPV

O carro de Santana Lopes ainda não 'anda por aí'.
O Audi A8 que o então autarca tinha mandado comprar, acabou por ser uma fonte de embaraço em tempos de vacas magras. Daí a decisão da Câmara Municipal de Lisboa de o vender.
Porém, como em qualquer novela em que participe Santana Lopes, os seus capítulos sucedem-se.

A viatura foi a hasta pública uma primeira vez, por 62.500 euros. Não houve ofertas.
Santana Lopes chegou a anunciar que iria contrair um empréstimo junto da banca para adquirir, ele mesmo, a sua ex-viatura oficial.

Ontem, foi a segunda tentativa de alienação do Audi A8, agora por 56.250 Euros. Não houve ofertas.

Agora, a venda passa pela negociação directa com os interessados (onde se supõe estar Santana Lopes). Parece que alguém ainda vai acabar por fazer um bom negócio...

segunda-feira, março 13, 2006

Discordo

Paulo:

Aqui discordamos. É impossível determinar a existência de homicídio voluntário nesse caso, ainda que com dolo eventual. Obviamente não havia intenção de matar.

Como também discordo do href="http://oinsurgente.blogspot.com/2006/03/private-street-racing.html">BrainstormZ que defende basicamente a posição oposta

O tribunal decidiu bem. Negligência consciente e grosseira !

Roupa

Paulo:

Espero e muito bem que Aníbal e Maria não sigam esse caminho da reverência perante intelectuais e artistas, cuja grande maioria vive aliás às nossas custas - PARASITAS !

Demagogia

Este post de Rui Albuquerque.

O que está em causa é a satisfação de necessidades colectivas. É escandaloso como é que os liberais desejam a não satisfação dessas mesmas necessidades só por considerarem que o Estado não deve actuar.

Portanto, a qualidade de vida das pessoas que se lixe só porque os privados não investem numa área ?????

Dinheiros

Adolfo:

Facto é que um Estado não tem por natureza de actuar dessa forma. Independentemente do modelo, perante as receitas previstas é que se devem decidir as despesas. Ponto.

Lembrei-me da Maria da Fonte

A música era sobre a Maria da Fonte, na peça de teatro O Zé do Telhado, n'A Barraca , lá para o início da década de 80, e a letra ia assim:

Viv'à Maria da Fonte,
Viv'à Maria da Fonte,
Com as pistolas na mão,
Com as pistolas na mão,
Para matar os Cabrais,
Para matar os Cabrais,
Que são falsos à Nação,
Que são falsos à Nação.

sexta-feira, março 10, 2006

Pois é

Não me revendo na linguagem nem nalgumas conclusões excessivas deste artigo, o fundamental é que Luciano Amaral tem razão no essencial.

A Primeira República estava MUITO longe de ser uma efectiva democracia.

Reforma da Administração Pública

Adolfo:

Concordo (como aliás toda a gente excepto os comunistas e bloquistas mais desfasados) com a grande maioria do que defendes.

Aqui vão as excepções e ressalvas:

- a redução do tamanho do Estado só pode ser concretizada após uma verificação casuística, e duvido que haja muito para privatizar - por outro lado, outra coisa é a concretização;
- não acredito no voluntariado - vocês liberais têm de entender que as sociedades europeias são MUITO diferentes da norte-americana;
- é muito complicado falar em desregulamentação em abstracto - por exemplo, o fim dos monopólios nas utilities trouxeram mais regulamentação e regulação;
- o papel mais ou menos técnico do administrador público depende e muito de vários factores, e em qualquer caso muitas das decisões não serão puramente técnicas.

Gás Hilariante

Depois de ler isto, também vou pedir uma indemnização porque o meu sonho era ter um Rolls Royce.

quinta-feira, março 09, 2006

A Primeira de Muitas?

Cavaco Silva já fez a sua primeira comunicação à Assembleia da República.

(Parece que Manuel Alegre aquiesceu.)

ABSOLUTAMENTE de acordo

Com Francisco José Viegas.

Mais. Nem no Norte da Europa são assim. Vá-se ver a vida descontraída que há em Bruxelas.

Atenção

À atenção de todos os que defendem o SNS e o sistema público de Saúde, leiam este artigo para verem como certos argumentos habitualmente utilizados são contraproducentes e só ajudam a posição contrária...

Ignorante

O Presidente da Concelhia de Lisboa do PS, Miguel Coelho, demonstrou a sua absoluta ignorância ao avisar que fixará as reuniões da Concelhia (isto se for reeleito, o que não devemos tomar por certo face à forte oposição de Leonor Coutinho) para até às 22 horas, com o objectivo de incentivar a participação das mulheres.

Ora, todas as mulheres que eu conheço que estão na política e têm filhos pequenos preferem reuniões à noite do que no período 18/21 horas, porque ao que parece essa é a terrível hora das chegadas a casa, banhos, jantares e afins.

quarta-feira, março 08, 2006

Este sim, ODEIO-O MESMO

ARGH ! JACK JOHNSON !

Como bem diz um amigo meu, e sem ofensa ao estômago do peixe, ele devia era ser engolido por um salmonete na praia dos SuperSalmonetes (ex-SuperTubos), após ser brutalmente espancado por um quilo de percebes e atacado por um cardume de gigantescos jaquinzinhos, sem prejuízo da sua vilipendiação por peixinhos da horta.

BAH !

Infelizmente, o PS e o BE vão avançar com a lei da paridade. E já que é Dia da Mulher, algo que não faz o mínimo sentido em sociedades como as ocidentais, lá se tem que ouvir as conversas do costume. Relativamente ao que li, tenho a dizer o seguinte:

1. É curioso como é que é relativamente ao assunto todas as peças jornalísticas do Público foram elaboradas por mulheres.

2. Maria de Belém defende os 30% de quota e não os supostos 40 porque isso já permite influenciar a decisão. Curioso. É que isso pressupõe um grupo de homens mauzões e mandões que têm de ser influenciados pelas pobrezinhas das mulheres que actuam em conjunto. Totalmente absurdo. A propósito: será que a mesma inenarrável senhora aceitou ir para o isaltínico Conselho de Reflexão Estratégica pelas mesmas razões ?

3. Como já seria previsível, em Espanha avança-se no pior dos sentidos. Quer-se impor um sistema de quotas para todas as nomeações e, pior ainda (sim, é possível), quer-se impor um sistema de inversão do ónus da prova no caso de acusações de assédio sexual. Ora, não só que eu saiba a inversão do ónus da prova em Direito Penal é algo totalmente inadmissível, como tal sistema, aplicado nos Estados Unidos, tem levado a que centenas de homens inocentes se tenham visto prejudicados e condenados na sequência de acusações desse sentido terem sido elaboradas por mulheres que queriam o respectivo posto de trabalho ou apenas vingar-se pessoalmente, seja lá por que razões for.
Pior. Quer-se estimular as empresas privadas que avancem no sentido da paridade. Ainda que isso seja menos mau que a política norueguesa e sueca de impor quotas nas administrações, vai conduzir a uma brutalidade de discriminações. Isto é, haverá situações em que o escolhido não será a pessoa mais indicada, mas sim alguém por ser mulher ou por ser homem.

4. Voltando atrás. Excepcionar-se-ão as freguesias com menos de 500 eleitores e os municípios com menos de 5000 eleitores. Mais um erro. Se para uma freguesia com 17000 eleitores como Carnaxide eu, que fui responsável pela elaboração da lista do PS, e como tal (ainda que discorde) cabia-me cumprir as normas internas incluindo 33% de mulheres, acabou por faltar uma mulher para cumprir a quota. Obviamente, valeu a solidariedade política do Secretário-Coordenador da minha Secção. Logo, esse sistema, a existir, NUNCA deveria ser aplicável a qualquer freguesia, e, já agora, às Assembleias Municipais cujo elevado número de membros advém do elevado número de freguesias (ainda que eu ao tempo defenda que os Presidentes de Junta, pelo menos, não devessem ter direito de voto na Assembleia Municipal, e em rigor nem deveriam ser seus membros).

5. Elza Pais é uma desilusão. Agora vem dizer que o tráfico de mulheres é violência de género. E o tráfico de homens é o quê ? Qual é a diferença ?

Diz ainda a mesma que mercantilizar o corpo de uma mulher e explorá-la sexualmente é não só uma questão criminal como um verdadeiro atentado aos direitos humanos. Estou de acordo se considerar o mesmo relativamente a práticas idênticas perpetradas sobre homens.

6. Pelo contrário, Joaquim Fidalgo, também no Público, ridiculariza as estúpidas questões que foram colocadas a Michelle Bachelet se, uma vez eleita Presidente, poderia conciliar as suas funções com a vida familiar. Obviamente a chilena logo disse que a um homem não perguntariam as mesmas coisas.

Pois eu vou mais longe. Felizmente, essas questões nunca foram colocadas, pelo menos em termos que alguém lhes prestasse atenção. Mais uma prova que não precisamos de quotas para nada - aliás, estamos na linha da frente a nível mundial relativamente à taxa de empregabilidade das mulheres, esse SIM o dado relevante.

7. É triste ver uma mulher de 31 anos com estes complexos de inferioridade. Olha para eles outra vez. O que acaba por ser desconcertante, quando aqui fala nos pontos verdadeiramente relevantes da coisa, AINDA que:

a) problemas de diferenciação salarial SÓ possam em honestidade ser colocados relativamente à mesma função laboral. E mesmo aí é complicadíssimo concluir seja o que for, tendo em conta as inúmeras condicionantes. Eu por exemplo NUNCA ouvi falar de nenhuma situação em concreto, o que não quer dizer que não existam, designadamente a nível de profissões operárias.

b) 58% dos licenciados são mulheres e 14% dos lugares de topo da carreira científica são ocupados por mulheres ? Mas em primeiro lugar, quais são esses lugares de topo ? Depois, já alguém se preocupou em perguntar a essas licenciadas se os ambicionaram ?
INFELIZMENTE, o problema é outro e está na cabeça das pessoas. O voluntarismo das activistas feministas (coisa que, ao contrário do que diz JAD, não é uma coisa positiva, pois se o machismo é negativo - antes de mais para o homem - o feminismo também o é, necessariamente) fá-las esquecer que para a grande maioria das mulheres as prioridades está longe de ser a carreira profissional. E, pelo contrário, o que se vê cada vez mais é muitos homens deixarem de ter a carreira profissional como prioridade nº 1.

8. Ainda a propósito de JAD. Se há grandes diferenças na repartição do trabalho doméstico, pergunto-me se ela as quer resolver por via legislativa. Se a resposta for positiva, apenas tenho a perguntar onde é que deixou a nave.

9. Concluo deixando o meu absoluto acordo com este post.

NOTA POSTERIOR:

Reparei agora que me esquecera de dizer algo essencial. Que espero que o Presidente da República amanhã empossado VETE politicamente esse decreto da Assembleia da República. Não faz mais que a sua obrigação, e com isso subirá alguns pontos na minha consideração (não que me vá fazer alguma vez votar nele, entenda-se).

O DESCRÉDITO

Limito-me a citar Paulo Gorjão:

actual posição do PSD sobre o SNS é um escândalo e um DESCRÉDITO.

Desonestidade

António:

O que está realmente em jogo é muito diferente e apenas demonstra a absoluta desonestidade de Fernando Negrão. O objectivo do Deputado do PSD é uma revisão constitucional que permitisse a abolição do SNS. Ponto final.

terça-feira, março 07, 2006

Orçamento de Estado

Da Microeconomia do Orçamento de Estado

E ainda o artigo de Rui Namorado

O qual tem em André Pereira um fervoroso defensor.

Ainda para pior, diga-se.

1. Falar em crise de identidade do PS num momento em que o rumo e a determinação do Governo são notórias só pode ser uma piada de mau gosto. Ah, logo a seguir se fala em pensamento único neoliberal, revelador de tendências de extrema-esquerda.

2. Eleições primárias externas seriam uma enorme perda de tempo e de recursos. Só de pensar no recenseamento...isto para não falar nos militantes e simpatizantes de outros partidos que poderiam sabotar a eleição !

3. Ética republicana, caso fosse coisa que existisse (porque ética cada um tem a sua e os cidadãos só estão obrigados à lei, em nome dos mais relevantes princípios de liberdade), não teria a ver com declarações de interesses. Essas coisas praticam-se, não se expõem.

Mais. De que me interessa gabar-me de superioridade ética, isso vale de alguma coisa ?

4. Cá está a discussão da cultura outra vez. E a diferença substancial é que me recuso a pensar o PS à imagem de filmes ou de jornais franceses. O PS é PORTUGUÊS, por muito que os francófilos de serviço queiram sempre imitar Paris. E ser português significa adequar-se à sociedade portuguesa e resolver os problemas dos cidadãos, e não perder tempo em estéreis erudições.

Pior, e passo a citar, cultura a sério. Quem utiliza uma expressão destas duvidosamente poderá ser considerado democrata, ao desvalorizar algumas expressões em detrimento de outras, numa linha de pensamento elitista que tem como consequência a castração do espírito criador.

E, repito, como se as pessoas nos partidos políticos não tivessem mais nada que fazer do que andar a discutir escultura.

5. O PS tem de estar identificado com os Portugueses. Tal implica, p.ex.:
- saber que já não existe qualquer proletariado, na sequência da evolução social e tecnológica das últimas décadas;
- não utilizar palavras como vanguardista;
- não reconduzir o eleitorado de esquerda urbano às elites culturais, académicas e empresariais, quando o que se exige é um País sem elites e cada vez mais avançado !

Mas no entanto...

José Medeiros Ferreira:

Tudo muito bem, mas o subsídio de desemprego deveria ter uma duração máxima de 6 meses e deveria ter um valor indexado ao salário mínimo. Não é justo que quem não esteja a trabalhar esteja a receber mais do que quem trabalha.

Post extrapolítico - Eles e Elas

Cláudia Raposo Correia:

1. Os homens é que gostam da imagem que as mulheres criam neles ? Olhe-se ao espelho...

2. Obviamente, só FROUXOS é que distinguem entre as namoradas e as gajas das curtes. Qualquer homem no seu perfeito juízo mantém sempre o mesmo critério de exigência. Só de pensar que no outro dia um amigo meu se disse capaz de aturar uma mulher burríssima se quisesse ir para a cama com ela...ARGH ! Antes de mais não teria sexo com alguém desse calibre, e mesmo assim não compensava a monumental seca em aturá-la.

3. Obviamente, quem chame puta a uma mulher que vá para a cama com muitos ou é um machista à moda antiga, esquecendo-se que em última análise o machismo antigo prejudica o homem acima de tudo.

4. Não esquecer a distinção entre PUTA e UMA PUTA. Quando a vox populi diz que as mulheres são todas UMAS putas não quer obviamente confundir uma coisa com a outra...UMA puta é a qualificação decorrente do usual comportamento feminino, vá-se lá saber porquê.

5. As raparigas não se relacionam com um rapaz, de forma duradoura ou não, sem que haja um sentimentozinho, um interesse ou uma atracção com finalidade por trás. Exactamente. É precisamente esse o problema. E pelo menos na grande maioria dos casos são interesses de promoção social.

Pedro Bizarro, não que para ti isto seja uma novidade mas...:

1. Evidentemente, o que é triste, a grande maioria dos homens são uns FROUXOS ! O que mais se vê por aí é uma cambada de otários a fazerem todas as vontades às respectivas. Ou aqueles que não fazem o que realmente querem porque vivem no terrível medo de que a respectiva acabe a coisa. E, ao contrário do que possa parecer, o problema não é a falta de sexo, mas questões como acharem (erradamente) que é sempre melhor ter namorada do que não ter, inclusivamente a nível social.

2. O terceiro parágrafo do teu ponto 2. é correctíssimo. Embora não corresponda exactamente à realidade. Porque a realidade é só uma: a ÚNICA coisa que faz uma mulher sentir-se atraída por um homem (isto para ser minimamente optimista e não dizer preto no branco que tudo são decisões frias e racionais) é o STATUS que ela lhe atribui. Agora, o que varia radicalmente de mulher para mulher é o que ela considera STATUS, mas que no essencial é possível reconduzir àquilo que as outras mulheres pensarão dela e a considerarão socialmente.

3. Exactamente quanto à diferença entre o corno e a mulher traída. Aí sim, há discriminação. Noutros tempos usou-se a palavra PUTA para certas mulheres muito provavelmente por influência eclesiástica (e como sempre a igreja católica a querer discriminar e rebaixar as mulheres) e por ser a palavra mais aproximada. Infelizmente ficou. NUNCA uso essa palavra para definir certas mulheres. Aliás, já por várias vezes disse que não tivesse eu a certeza de que se fosse mulher era LÉSBICA faria exactamente o mesmo, e que fazem elas muito bem. A palavra PUTA guardo-a para as armadas em púdicas e para as enjoadas (fenómeno curioso que muito acontece em Portugal, e por essa Europa fora não se vê...por outro lado metem conversa com uma mulher e elas mesmo que não queiram sexo nenhum falam, sorriem, divertem-se, aqui em Portugal qualquer coisa que se diga é logo aquele olhar de enjoada e uma cara como "que horror, quem és tu para falar comigo, e se eu falar contigo o que é que as outras vão pensar de mim").

4. Certeiro. São sempre mulheres as primeiras a chamar puta às outras. Não é surpresa, afinal os maiores machistas deste mundo são todos mulheres. Porque, em rigor, o machismo beneficia mais a mulher que o homem.

5. Dizer que as pessoas têm sexo com outras para as usarem é típica conversa feminina para se fazerem de vítimas. Usar outra pessoa é andar metida com ela para se promover socialmente, por exemplo. Isso sim.

E ainda:

1. Dizer que as mulheres não têm em primeira conta o aspecto físico só é verdade tendo em conta a questão do status que acima referi. Este funciona directamente se constituir status. E mais uma vez vem a tentativa de atirar areia para os olhos: todos os especialistas dizem que, em questões destas, apenas se deve dar atenção ao que uma mulher faz, e não ao que ela diz. Pura e simplesmente temos a habitual arrogância feminina a vir ao de cima, inventando a conversa dos sentimentos para se quererem mostrar superiores aos homens. Idem aspas para os insensíveis, quando em rigor o que se passa é exactamente o contrário.

2. Nós não vos queremos mudar, só queremos que se moldem de uma maneira que coincida com a nossa maneira de ser. Entre uma coisa e outra, nem as moscas mudam. Uma pessoa deixar-se moldar pela respectiva (ou pelo respectivo) é de uma gritante falta de personalidade.

3. Exactamente, competem com a atitude de mostrar. Porque a única coisa que lhes interessa é o reconhecimento social, principalmente por parte das outras. E nós homens somos apenas meros objectos que elas usam (ou tentam usar).

4. Não compreendem a maioria das atitudes femininas e isso faz com que tenhamos que ser nós a mostrar-vos como se faz, diz e interpreta certas e determinadas coisas. Mais uma vez a tal arrogância. E, aliás, a maldade e a desconfiança permanentes não são mesmo para compreender. Até preferimos não saber.

5. O comentário do jantar no Tavares só prova o óbvio. Que infelizmente, quando a igualdade de género é um dado adquirido (e ainda bem), o que pelo menos a grande maioria das mulheres quer é viver à custa dos homens. É triste mas é verdade.

Nota final:

Dispensam-se desde já as feministas de serviço e os FROUXOS para se armarem em amiguinhos das mulheres que venham despejar a cassette habitual perante tais verdades: que o autor das linhas é frustrado, gay (curioso, não conheço um único homossexual que diga qualquer coisa sequer aproximada, e todos os que defendem coisas parecidas gostam DE mulheres - não DAS mulheres, evidentemente) ou coisa parecida.
Porque não vale a pena.

Esquecer o essencial

Quando se defende a privatização dos Correios, como aqui, esquece-se que o essencial é abrir o sector à concorrência.

Toda e qualquer decisão nesse sentido deve ser posterior. E muito.

segunda-feira, março 06, 2006

E agora para algo completamente diferente

Eis as dez músicas concorrentes ao Festival RTP da Canção 2006, que se realizará esta sexta-feira à noite no Centro de Congressos de Lisboa.

Aproveito para recomendar a leitura do comentário de quem já ouviu as canções: o Presidente da OGAE Portugal, António Sérgio Teixeira, no respectivo site.

Mais uma vez ridículo

Este post de Rui Namorado.

Sobre o mesmo tenho a dizer que:

1. É muito fácil arranjar pretextos para se promoverem alterações das regras do jogo que supostamente serão em benefício do próprio e do seu grupo.

2. Eu nem quero pensar no que aconteceria se existisse escolha directa, por exemplo, dos candidatos do PS à Assembleia da República ou às listas municipais. No dia seguinte certamente aconteceriam aberrações como Dias Baptista candidato a Presidente da Câmara de Lisboa ou certos dos melhores Deputados excluídos por serem considerados "distantes das Bases". Seria um enorme favor que faria aos caciques, bem como ao PSD em sede de actividade parlamentar...

3. Os partidos políticos portugueses não têm condições que lhes permitam suportar os custos das candidaturas. Ah, mas claro, isto é sempre conversa de quem vai a votos e perde por sistema.

4. Quem ocupar posições de relevo no universo das grandes empresas privadas, ou tiver actividades de intermediação em negócios, não deve ocupar lugares de direcção no partido. Se ainda se falasse em lugares públicos eu até poderia pelo menos compreender a ideia. Mas isto seria um atentado descarado à liberdade. E é tomar como ponto de partida a desonestidade e a má vontade das pessoas.
Os problemas pessoais de Rui Namorado com Pina Moura são lá com ele.

5. A declaração pública de interesses por parte dos dirigentes nacionais, federativos e concelhios é, então, de um absurdo inimaginável. Só não é peregrina porque João Ribeiro enquanto candidato a Secretário-Geral da JS defendeu semelhante alarvidade em 2004. Se, de acordo com o que Pacheco Pereira na altura escreveu, também não concordo com esse regime...

6. RN não é deste mundo. As pessoas vão para um partido político para fazerem política, e não para criar hábitos de fruição e criatividade culturais que amadureçam e despertem os militantes. E eu já nem vou falar daquilo que escrevi variadíssimas vezes sobre política cultural: isto é uma pura tentativa de lavagem ao cérebro dos militantes - já que não conseguem convencê-los por outras vias, querem impressioná-los com a sua inútil erudição. E de chamar gente que fosse votar só nos intelectualóides, é claro.
Mas acima de tudo não me faltava mais nada do que me andarem a chatear para encontros culturais dentro do Partido em vez de resolver questões importantes...

7. Então a pedinchice de lugares em grande escala para a ala alegrista ultraminoritária é de chorar a rir.

Ainda o homicídio do Porto

Vital Moreira:

A mim parece-me mais que óbvio, mesmo sem consultar o processo, que se tratará da prática de um crime de ofensas corporais com agravação pelo resultado.

À escuta

Ler com atenção este post de Vital Moreira.

Sociedade Socialista

António:

1. Em primeiro lugar, a construção de uma sociedade socialista nunca foi o objectivo essencial da Constituição. Leia, p.ex., o que Jorge Miranda escreve há muitos anos sobre o assunto.

2. Se a sociedade em que vivemos não é uma sociedade socialista, não sei qual o poderá ser. Pelo menos, nenhum outro modelo de sociedade será mais próximo de uma sociedade socialista do que este.

Aviso à navegação

António:

Tenha cuidado, qualquer dia convidam-no para escrever num qualquer jornal anarquista...

Perfeito

Exactamente, Constança Cunha e Sá.

A política não tem sexo. Por isso é que as quotas são absurdas (sem esquecer que são uma ridícula invenção do Norte da Europa que parte do princípio idiota pelo qual os homens são maus e discriminadores e as mulheres são boazinhas e vítimas).

E, Vital Moreira: vergonha é as quotas existirem. Mais, não só o preceito constitucional não as impõe, como se o fizesse estaríamos perante um caso de revisão constitucional inconstitucional, por violação de direitos, liberdades e garantias constitucionalmente consagrados, o que violaria os limites materiais da Constituição.

E pensar que este evento vai ocorrer. Bem, nesta área não espero nada de positivo de Manuela Augusto, a qual conheço há mais de dez anos e que é uma fiel seguidora das teses mais imbecis sobre o assunto.

Muito bem

Se excluirmos um pequeno ponto, este artigo de Rui Pena Pires é simplesmente brilhante.

Considerar que uma média 14 é apenas suficiente é que borra a pintura. E médias inferiores são o quê ?

Também vou comentar

Estas palavras de José Policarpo:

1. Se a palavra de algum profeta ilumina a vida de alguém, será a de alguns dos seus crentes.

2. Era o que mais faltava que uma qualquer doutrina religiosa pudesse condicionar a liberdade.

3. Obviamente, qualquer doutrina religiosa é apenas sugestão. Caso assim não fosse, não viveríamos em Democracia.

4. Ainda bem que a medida das coisas é o indivíduo. Não o fazer abre caminho para todos os autoritarismos, através da repressão da pessoa com a sua necessária inclusão num grupo esse sim tomado como base.

5. Todas as religiões têm lugar na História. Vide, p.ex. a revolução iraniana de 1979.

6. Para mim não há sagrados. Brinco com o que me apetecer. E felizmente há liberdade de expressão. Se isso magoa os católicos, paciência.

7. Como diz e bem Rui Pena Pires, só se pode considerar blasfémia algo dito por um crente.

8. O quarto parágrafo do ponto 2. é claramente a pensar no pós-referendo à IVG. "Pode ser legal na lei dos homens, mas é contra à lei de Deus", não duvidem.

9. Se há coisa que eu nunca procuraria seria a santidade. Que seca.

10. O individualismo que diz autista é importante. Felizmente, só temos responsabilidade para com os outros nos termos legais. De resto, cada um é livre de desenvolver o seu projecto de vida.

11. "Somos todos pecadores". Por estas e por outras é que eu nunca seria cristão.


Em rigor, tais palavras deviam ser ignoradas. Apenas comentei tendo em conta a necessária defesa do indivíduo que se exige contra o anti-individualismo católico.

Gás Hilariante

Este artigo de Rodrigo Adão da Fonseca.

Na linha de Thatcher, a caridade é virtuosa e a solidariedade condenável. Discordo totalmente: tenho o meu direito de não ser nem querer ser bondoso nem querer ajudar os outros (e o Rodrigo também o tem).

É em defesa das pessoas que o Estado Social existe. E mais: recuso-me a querer impor morais tradicionais aos outros.

Eu ainda me lembro...

Maria João Regala:

É precisamente por essa mesma lógica que Margaret Thatcher sempre foi contra a instalação de creches em escolas secundárias, quando o Reino Unido sempre teve um altíssimo número de mães adolescentes.

Porque considera que fazê-lo seria considerar essa situação como normal, o que para ela é totalmente inadmissível. Causando as piores dificuldades às jovens mães e aos jovens pais...

Agradecimento

À Joana Amaral Dias, por nos fazer conhecer listas de citações da inenarrável Ann Coulter:

Aqui e aqui.

Não resisto a citar algumas, reveladoras de quão fascista é a senhora:


"We should invade their countries, kill their leaders and convert them to Christianity. We weren't punctilious about locating and punishing only Hitler and his top officers. We carpet-bombed German cities; we killed civilians. That's war. And this is war.

When contemplating college liberals, you really regret once again that John Walker is not getting the death penalty. We need to execute people like John Walker in order to physically intimidate liberals, by making them realize that they can be killed, too. Otherwise, they will turn out to be outright traitors.

I take the biblical idea. God gave us the earth.

My only regret with Timothy McVeigh is he did not go to the New York Times Building.


E ainda há por aí quem orgulhosamente a cite.

Do mercado

António:

1. Concordo inteiramente com o que diz relativamente às alíneas b), c) e d).

2. Quanto à alínea a) o problema não é a regra em si, porque ela faz todo o sentido. O problema é a existência de preços tabelados.

Sobre o politicamente correcto

António:
do que diz tenho a fazer os seguintes comentários:

1. Do que diz no primeiro parágrafo deve-se concluir que defende que o colonialismo tivesse continuado a existir ? Como se os respectivos problemas fossem do colonizador, o qual obviamente não tem nada a ver com isso ?

2. Obviamente não temos nada que lhes dar dinheiro. Isso, antes de mais, é faltar ao respeito aos contribuintes. Em qualquer caso, sou dos primeiros a defender que deveria ser totalmente bloqueado o comércio com ditaduras. E, já agora, expulsar da ONU, ainda que fazendo tábua rasa do respectivo Tratado, todos os países não democráticos. Regimes não democráticos não têm direito a fazer parte da comunidade internacional. Dando um exemplo muito mais leve, discordo em absoluto que se permita à Bielorrússia concorrer ao Festival da Eurovisão.

3. Como deve calcular, pouco ou nada me interessa qual o sistema económico que esses países adoptam. É problema deles.

4. É inacreditável como é que em pleno séc. XXI se vêem os liberais reciclar concepções totalmente ingénuas vindas do séc. XVIII.

5. Impor regalias sociais ninguém o faz. Mas o dumping social deve ser taxado, a bem da justa concorrência.

6. De tudo isto não pode retirar a conclusão que retirou.

O Calimero da semana

André Azevedo Alves.

Coitadinho. Estou cheio de pena.

Mais um desonesto

Francisco Mendes da Silva é boçal e mal educado.

E desonesto, também. O que Tony Blair está a fazer não é nada de transcendente. Limita-se a aplicar ao sector da educação o que já se faz em Portugal, por exemplo, no sector da saúde.

Sem prejuízo de que nunca na minha vida eu permitiria que qualquer escola pública fosse gerida por confissões religiosas.

Lição de ideologia

Este post serve apenas para informar o Rodrigo Moita de Deus para o facto de a partir de agora já ter conhecimento de um socialista que não acredita na salvação do Mundo.

Salvação do Mundo, algo que cheira totalmente a cristianismo, diga-se.

Constituições

Se o António Costa Amaral não fosse jurista, eu até acreditaria nas suas boas intenções relativas à defesa da existência de direitos anteriores ao Estado.

Mas ACA sabe e muito bem que a Constituição norte-americana é produto do lírico jusnaturalismo racionalista dominante na época. E que a Constituição de 1976 foi elaborada numa época totalmente distinta.

Respondendo desde já à pergunta que o António vai certamente fazer, afirmo-me claramente como positivista, ainda que dizer que essa distinção entre jusnaturalismo e positivismo estará no essencial ultrapassada não seja absurdo. A questão é que nos pontos em que supostamente haverá ultrapassagem é notório que falar em direitos naturais e afins não suporta o exame da realidade.

Já diziam os marxistas que quando a ideologia coxeia, a culpa é da realidade. No caso concreto, é precisamente o que acontece. Jusnaturalismo é muito bonito, mas em nada corresponde à vida real.

De facto...

António:

Pelo menos de acordo com as respectivas Memórias, O Antigo Regime e a Revolução, Diogo Freitas do Amaral apenas terá lutado pela Democracia depois do 25 de Abril....

quarta-feira, março 01, 2006

Status Quo


Retomando aqui a conversa sobre Poder Local, continuo com algumas dúvidas, apesar do esforço do David Santos em as tentar esclarecer (admitindo, inclusivé, a criação de uma Freguesia de Telheiras...).

O modelo que o David apresenta no Martinho é, conceptualmente, bastante claro: «Freguesias a comunicar, Câmaras a executar e Regiões a coordenar e decidir».
Contudo, para quem não é do mundo autárquico, é difícil perceber o que está em causa quando se relacionam conceitos como «competências», «gestão de recursos (humanos e financeiros)», «necessidades», «funções básicas», «comunicação» ou «estruturas».
Levanto aqui mais algumas questões (contando que o Pedro Sá dê também o seu contributo...):
Por exemplo, como se deverá explicar ao cidadão comum a coexistência de Freguesias e Concelhos?
Um departamento camarário não poderá tratar dos arruamentos, dos espaços públicos ou de outras «competências»/«necessidades»? Não haverá despedício de recursos?
Os Concelhos não poderão encontrar/fomentar as associações de moradores, tendo uma alternativa na tão cobiçada «sociedade civil» às Freguesias?
Qual a diferença entre Áreas Metropolitanas e Regiões? CCRs? Distritos?
E, atendendo às reacções normais das corporações de autarcas, alguma vez será possível introduzir mudanças que mexam com o status quo?
Algum autarca aceitará ser eliminado, ou ver-se a ser retirado recursos (humanos e financeiros)?



PS: A aplicação do princípio da subsidiariedade pressupõe a optimização das relações de complementariedade. Em teoria...