terça-feira, maio 30, 2006

Era o que mais faltava

O quê ?

Pagar imposto sobre SMS e e-mails enviados ?

Se esta loucura FOSSE para a frente, podem ter a certeza que me tornaria o mais acérrimo defensor da saída de Portugal da União Europeia. Depois queixem-se dos votos contra nos referendos.

Hummm

Escusado será dizer que, após este texto, lá vem a Opus Dei dizer que simboliza o fracasso da escola pública.

Bullshit.

Não está lá nada que já não fosse feito há 25 anos. E, curiosamente, não vejo estes arautos do privado (porque, claro, querem lavar cérebros numa rede de escolas da organização religiosa a que pertencem) criticarem a escola onde andaram, supostamente muito diferente da actual.

segunda-feira, maio 29, 2006

Todos os Nomes

As ondas de repercussão do livro de Manuel Maria Carrilho têm sido bastante interessantes. Ainda hoje, o DN garante que «Agências tentam, mas jornalistas é que decidem», num artigo em que jornalista e agências de comunicação afirmam a sua candura independência.

Desde que o livro saiu, o 'mainstream' da nossa comunicação social tem utilizado uma táctica muito simples: confundir Carrilho com o conteúdo do livro; discutir Carrilho; dizer que o livro é um auto-elogio desculpabilizante para uma derrota eleitoral, que ataca sem referir nomes.

Ora, por acaso, eu até já li o livro de Carrilho e constatei ser diferente daquele que estes jornalistas (não) leram.

«Sob o Signo da Verdade» é um livro que descreve a candidatura de Carrilho à CMLisboa, desde a sua decisão até à sua derrota. É um livro factual, uma vez que tem como fio condutor as variadas acções de candidatura e campanha, e faz referência a centenas de pessoas, principalmente aquelas que com ele colaboraram no projecto que o PS apresentou para a cidade de Lisboa.

Seguindo o livro pelas acções de campanha, é nas críticas à cobertura da sua campanha que aparece referido o trabalho dos orgãos de comunicação social.
Com referências bem concretas.
Eis um apanhado dos jornalistas referidos por Carrilho:

Isabel Oliveira, Grande Reportagem (p.37)
Luís Osório, A Capital (p.38)
Mario Crespo, (p.38) SIC-N
Ana Henriques, Público (p.61)
Maria João Avilez, SIC-N (p.64)
Miguel Sousa Tavares, TVI (p.72)
Ana Sá Lopes (aka Vanessa), Público (várias citações)
José Manuel Fernandes, Director do Público (várias citações)
Joaquim Vieira, Grande Reportagem (p.77)
Isabel Braga, Grande Reportagem (p.77)
São José Almeida (p.80)
Ângela Silva Expresso (p.91)
José António Saraiva, então Director do Expresso (várias referências)
Maria Flor Pedroso, Antena1 (p.110)
F. Almeida Leite, (p.110) DN
Miguel Coutinho, (p.110) (então Director do DN)
Pedro Rolo Duarte (então sub-Director do DN) 127
Judite de Sousa, (p.127) RTP
Ricardo Costa, SIC-N (várias citações)
Raúl Vaz, SIC-N (p.146)
Fernanda Câncio, DN (p.158)
João Pedro Henriques, Público (p.161)
Teresa Dias Mendes, TSF (p.165)
José Alberto Carvalho, RTP (p.166)
Helena Matos, Público (p.167)
Clara Ferreira Alves, Expresso (p.167)
(E não estão aqui nem as agências de comunicação nem os comentadores de serviço!)

Apesar de até Pacheco Pereira já ter reconhecido publicamente que a cobertura dos media à campanha de Carrilho foi enviesada, nem todas as referência são de crítica negativa.
Mas o leitor atento consegue facilmente perceber quem é quem...

Carrilho comenta a existência de dois casais nesta lista (ler o livro para saber porquê....):
João Pedro Henriques (Público) e Teresa Dias Mendes (TSF)
Raúl Vaz (SIC-N) e Ângela Silva (Expresso)

Mas ligações diagonais entre jornalistas (no activo ou a trabalhar em agências de comunicação) é o que mais há por aí.
Por exemplo, no Blog Glória Fácil escrevem J.P.Henriques, Ana Sá lopes e Fernanda Câncio.


Pois digam mal de Carrilho: vaidoso, arrogante, etc.etc.
Mas a história aqui é outra.


P.S. Aliás, só o facto de já há bastante tempo ter deixado de ler o «Expresso» e o «Público» por os considerar pouco isentos na sua linha editorial, permitiu-me não ler muito das peças jornalísticas referidas...

Este gajo mete-me nojo

Paulo Morais.

Mais populista que Valentim Loureiro, tenta fazer passar a imagem do incorruptível santo contra todos os abutres. Pena que haja quem lhe dê trela.

E se na realidade o mesmo tivesse querido receber uns dinheiros por fora e tal lhe tivesse sido recusado ?

E depois dizem que é em Portugal

Basta ler isto.

Deputado português que afirmasse uma coisa destas no mínimo já estava no caixote do lixo. Gravíssimo.

ARGH

Continuo sem perceber o que é que a posição da Igreja Católica perante Auschwitz interessa para não cristãos assumidos como Daniel Oliveira.

Definitivamente, é o clube dos que não são católicos mas por alguma razão desejavam ardentemente sê-lo.

Ah pois é

Paulo:

Entretanto, e como previsível, António José Seguro já se distanciou destas declarações, e não deve ter gostado MESMO nada de ter sido usado por Manuel Alegre.

sexta-feira, maio 26, 2006

Sabe a MUITO pouco

Isto. Desde já exigia-se a total liberdade de estabelecimento e de horários.

Estado Novo

Vital Moreira:

O que é inacreditável não é a tentativa de revisionismo em si, mas sim o facto de esse pensamento existir por toda a direita em Portugal.

Triste mas verdade. Salazar continua a ser uma referência da direita.

Prescrições

António:

Fico muito surpreendido por ver um jurista pronunciar-se contra a prescrição, instituto fundamental para a existência de segurança jurídica.

Diga-se que o comentário a esse post que reconduz a vida à propriedade é o mais puro ROCOCÓ liberal, a propósito...

terça-feira, maio 23, 2006

Toda a Verdade...

O livro de Manuel Maria Carrilho já teve um mérito: despolotar o debate do 'Prós e Contras' onde Pacheco Pereira, Ricardo Costa (irmão do Ministro, facto que, curiosamente, ninguém costuma referir), Emídio Rangel e o próprio.

Estamos a começar a levantar o véu sobre a nossa comunicação social.

E lembro-me de, em diversas ocasiões desde que entrei para a política, relatar 'estórias' do nosso jornalismo político que, talvez agora, os meus interlocutores de então comecem a acreditar agora...

segunda-feira, maio 22, 2006

Direitos...

A propósito disto, porque será que tenho a absoluta certeza que se fosse ao contrário Elza Pais nada teria dito ?

domingo, maio 21, 2006

Eurovisão - Festival

Confesso desde já que apenas vi alguns minutos da Divisão de Honra da Eurovisão, onde Portugal canta. O suficiente para ver uns fulanos a cantar 'We are the winners of this Festival' (ou coisa parecida), o Hard-Rock dos Lordi (com um visual menos original que os Avatar), que arrumaram as nossas quatro pindéricas (em mais uma humilhação anual que alguns masoquistas continuam a adorar).

E não é que esses tais Lordi limparam aquilo?

Aguardo os comentários esclarecidos do nosso perito em Euro-Festivais da Canção sobre mais este Descrédito...

terça-feira, maio 09, 2006

É bom que não haja dúvidas

Não tenho dúvidas de que as alterações à taxa social única são inconstitucionais, na medida em que penalizam pessoas em determinada situação.

Posso não concordar com o benefício a partir de um filho (segundo ou terceiro, não me recordo de momento), mas isso está dentro da legalidade. Não a penalização.

Lição de Política

Via Vital Moreira, Freitas do Amaral explica uma das razões pelas quais os verdadeiros democratas-cristãos são cada vez mais de esquerda que de direita, e que o seu espaço político, pelo menos a prazo, passa pelos partidos socialistas, social-democratas e trabalhistas.

A outra é básica: não gostam mesmo nada do liberalismo reinante à direita.

quinta-feira, maio 04, 2006

Às Voltas Com o Baú

Remexendo em alguns papeis, encontrei uma verdadeira preciosidade: o nº2 de «O Cacique», Boletim informativo da JS/ISE (andava o G a ser adicionado), de Dezembro de 1989.

Basta passar uma vista de olhos por ele para lembrar que, nessa altura, Jorge Sampaio liderava o PS e tinha acabado de ser eleito Presidente da Câmara de Lisboa, José Apolinário liderava uma JS ainda sediada na Rua do Salitre, e o 'muro de Berlim' estava acabadinho de cair.

Num debate sobre este último assunto realizado pela JS de Campo de Ourique, Marques da Costa é citado numa intervenção dirigida a Porfírio Silva:
«Quero ver como é que daqui a dez anos vai conseguir explicar aos seus filhos a existência da NATO!»

Pois é...


(Um dia destes encontro os exemplares do «Pravda»- o Director era o mesmo...)

terça-feira, maio 02, 2006

Definitivamente, temos a direita mais estúpida da Europa

Para não dizer imbecil. Basta ler isto.

Antes de mais, o 1º de Maio é de todos. Por exemplo, na Suécia (uma vez na vida dada como exemplo), o Kristdemokraterna, muito parecido com o nosso PP, também saiu à rua para uma manifestação do Dia do Trabalhador.

Trabalhar para clientes significa que são se queira ter direitos como trabalhador ? Ou se o problema são os prazos, só é bom trabalhador quem o faz para lá do horário de trabalho ao ponto de trabalhar em feriados, o que salvo situações extremas é coisa que demonstra uma enorme vontade de exibicionismo social ?

Querer direitos no trabalho é diabolizar o lucro ?

Querer direitos no trabalho é abominar a concorrência ? Esta então ultrapassa toda e qualquer compreensão.

Só falar em direitos ? Pudera, para além de ser da natureza humana quando se pretende por muitas vias ameaçá-los...

Querer direitos no trabalho é ser avesso à mudança ? O futuro radioso dos liberais é tudo estar nas mãos do empregador ?

De facto, estes liberais voltaram ao século XIX. Esta última então é exactamente igual à dos criadores franceses do Direito Administrativo, que consideravam que por natureza a Administração Pública nunca cometeria ilegalidades (impossível, nem que seja porque errar é humano...).

Não me parece

Paulo:

Parece-me que Mário Lino se estava a referir à Ibéria numa perspectiva económica e não política. Apenas isso.

Estamos mal

Não tenho dúvidas de que a proposta do Governo aqui referida é inconstitucional, pelo menos relativamente aos agravamentos.

Para além disso é totalmente absurda. A contribuição social que devo pagar depende agora de factores da minha vida privada que não tenho obrigação nenhuma em divulgar ?

Inacreditavelmente demagoga

Joana Amaral Dias.

Ou seja. Eu posso defender que a política de imigração seja A ou B. Não posso é em consciência defender direitos para quem está ilegal. Se a presença de alguém num país é ilegal, essa pessoa só pode ser de lá expulsa. Ponto final.

A direita liberal não pára de nos surpreender

António:

Não consigo perceber de forma alguma o que o move contra o art. 26º da Constituição...

segunda-feira, maio 01, 2006

Eurovisão 2006 - Os resultados do voto do chat internacional

No chat #esc votámos fãs oriundos dos seguintes países:

- França
- Sérvia e Montenegro
- Reino Unido
- Países Baixos
- Israel
- Suécia
- Alemanha
- Portugal
- Macedónia
- Rússia
- Bósnia-Herzegovina
- Grécia
- Bélgica
- Estónia
- Estados Unidos

Aqui vão os resultados:

1. Alemanha 172
2. Bélgica 122
3. Roménia e Islândia 103
5. Reino Unido 100
6. Finlândia e Grécia 98
8. Croácia 94
9. Rússia 85
10. Macedónia 84
11. Dinamarca 83
12. Bósnia-Herzegovina 81
13. Suécia 77
14. Noruega 61
15. Andorra 55
16. Malta 49
17. Arménia 44
18. Letónia 43
19. Estónia e Espanha 37
21. França 33
22. Ucrânia 32
23. Eslovénia 31
24. Bulgária 30
25. Mónaco 25
26. Suíça 18
27. Lituânia e Albânia 17
29. Turquia 16
30. Moldávia e Países Baixos 15
32. Polónia 14
33. Irlanda 13
34. Bielorrússia 9
35. Portugal 3
36. Chipre e Israel 0

A canção portuguesa recebeu apenas 1 ponto de uma fã sueca e 2 pontos de um fã britânico.

Pontuações máximas:

Alemanha 7 (Bósnia-Herzegovina, Portugal, Reino Unido 3, Suécia 2)
Andorra 2 (Alemanha, Reino Unido)
Bélgica 3 (Alemanha, Bélgica, Sérvia e Montenegro)
Bósnia-Herzegovina 1 (Macedónia)
Bulgária 1 (Grécia)
Croácia 2 (França, Reino Unido)
Dinamarca 3 (Reino Unido 3)
Grécia 1 (Estónia)
Islândia 3 (Estados Unidos, Suécia 2)
Macedónia 1 (Macedónia)
Noruega 1 (Reino Unido)
Reino Unido 1 (Israel)
Roménia 2 (Israel, Reino Unido)
Rússia 2 (Países Baixos, Rússia)
Suécia 2 (Bósnia-Herzegovina, Israel)
Ucrânia 1 (Sérvia e Montenegro)

Domingo aqui estarão os resultados do voto dos fãs portugueses !