segunda-feira, julho 25, 2005

Ah pois é

Pacheco Pereira bem tenta arranjar argumentos para justificar o injustificável.

Esqueça, caro colega da blogosfera. Mário Soares regressará às funções de Presidente da República e não fará nada do que afirma. Nunca na vida o avô da Pátria agiria em contrário ao que foram os seus dois mandatos em Belém.

domingo, julho 24, 2005

Muito mau

Estou neste momento a assistir ao Jornal de Domingo da SIC, e a reportagem que agora mesmo passou sobre as famílias que tudo perderam nos incêndios em Seia e Arganil ultrapassou todos os limites da decência.

Filmar uma pessoa completamente transtornada a ver os escombros da sua casa é manifestamente indecente.

Vamos lá tirar as dúvidas

Se os jornais dizem que os socialistas estão divididos entre Mário Soares e Manuel Alegre, vamos lá fazer aqui um teste. Respondam caros bloggers, ou visitantes, na caixinha dos comentários, quem gostariam de ver bater o candidato da direita.
Obrigado, ou como eles dizem cá pela terra das socas: Dank je wel

sexta-feira, julho 22, 2005

Muito bem

Estou manifestamente à vontade para o fazer, porque é do conhecimento público que não concordo nem com a Ota nem com o TGV exceptuando a ligação Lisboa-Madrid...

Leiam o que João Pedro Henriques tem a dizer sobre a saída de Campos e Cunha do Governo. Serviço público. Lapidar.

A razão de MST

Caros, quando leio um texto como hoje o Miguel Sousa Tavares escreve no Público, fico triste. Principalmente porque ele tem razão em quase 99 por cento do que escreve...

um excerto:

Não, já não dá para acreditar. O pior que vocês imaginam é mesmo aquilo que vêem. Este país não tem saída. Tudo se faz e se repete impunemente, com cada um a tratar de si e dos seus interesses, a defender o seu lobby ou a sua corporação, o seu direito a 60 dias de férias, a reformar-se aos 50 anos ou a sacar do Estado consultorias de milhares de contos ou empreitadas de milhões. E os idiotas que paguem cada vez mais impostos para sustentar tudo isto. Chega, é demais!

Pelo contrário...

Estou de acordo com o que defende relativamente às malfadadas quotas de música portuguesa.

Contudo, não contesto a legitimidade do Estado para, em abstracto, impor este tipo de medidas, tendo em conta que o espectro radioeléctrico é do domínio público.

Pura e simplesmente não concordo.

A escola pública (outra vez)

António:

Não me parece que conferir liberdade de programa educativo fosse viável. Não só porque os estudantes seriam os principais prejudicados tendo em conta as candidaturas ao Ensino Superior, como já se está a ver certas instituições de ensino superior privadas a beneficiarem no acesso os provenientes de certas escolas...

Acima de tudo: mesmo que o sistema que defende fosse o mais virtuoso em abstracto (e está mais que visto que não é), seria desastroso se aplicado em concreto em Portugal, por um conjunto de factores de natureza social de todos bem conhecidos.

Disparate

A inefável ACA-M vem criticar o sistema Gertrude, por considerar que ele promove o excesso de velocidade dos automóveis e o desrespeito pela sinalização dos peões.

Quem diz isto certamente que deveria querer um trânsito sem qualquer fluidez. Um disparate enorme, portanto.

Uma boa notícia

Se Carlos Costa Pina for tão bom Secretário de Estado como foi meu assistente de Direito Fiscal são óptimas notícias para Portugal.

quarta-feira, julho 20, 2005

Inevitável

O 1º Ministro fez o que lhe competia e demitiu Campos e Cunha.

Se não o fizesse, corria o risco de ver as suas decisões postas em causa nos jornais pelos mais diversos membros do Governo.

Pensar que a demissão de Campos e Cunha põe em causa a política económica e financeira do Governo apenas dá razão aqueles que consideravam o ex-Ministro das Finanças acima de todo o Governo.

E foram estes que permitiram a Campos e Cunha achar natural escrever aquele artigo no «Público», subscrito e explicado pelo próprio no dia seguinte em plena Comissão Parlamentar, como se dúvidas houvessem.

Afinal ainda há alguma esperança de um dia vivermos num País a sério.

Esta é a CRÉDITO...

Ministros...

Têm sido notícia dois dos principais Ministros de José Sócrates, um pela entrevista que hoje concedeu ao DN, outro pelo artigo de opinião no «Público» deste fim-de-semana.

Em relação a Freitas do Amaral, o nervosismo parece estar ligado à confirmação da sua disponibilidade para se candidatar a PR contra Cavaco.

Mas o artigo de Campos e Cunha é bastante mais grave.

O Ministro das Finanças escreveu num dos principais jornais nacionais um artigo onde apresenta as mais sérias dúvidas sobre o Programa de Investimentos Públicos anunciados pelo seu próprio Governo.

É uma posição pessoalmente aceitável (e, porventura, até compreensível, tendo em conta a 'escola' monetarista do Professor).

Mas, politicamente, é inaceitável.

Num País a sério, uma de duas coisas aconteceriam inevitavelmente.

Ou o Ministro das Finanças apresentaria a sua demissão ao 1º Ministro - por defender uma política contrária ao do Governo e por manifesta inabilidade política;

Ou o PS, partido que sustenta politicamente este Governo, estaria a pedir uma de duas cabeças: ou a do Ministro das Fimanças, ou a do próprio 1º Ministro.

Mas isto era se vivessemos num País a sério.

Assim, é o DESCRÉDITO...

A mudança em Setúbal é uma exigência democrática !

Via O Insurgente, tomei conhecimento que a Câmara Municipal de Setúbal anda explicitamente a promover o Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes.

Do programa de actividades, constam o "Tribunal Anti-Imperialista", os "Fóruns de Solidariedade Internacional com os povos em luta" e o "dia de Solidariedade coma Luta do Povo Venezuelano e com o Processo Revolucionário Bolivariano".

A isto se chama abuso de funções. Mais que nunca, exige-se a mudança em Setúbal. Votar CATARINO COSTA é a solução para varrer os inimigos da democracia do exercício de qualquer poder político.

Note-se que tenho muita gente do PCP em boa consideração, e que não considero o PCP um inimigo da democracia. Contudo, algumas das suas franjas estão ao nível do horrível Bloco.

Os falsos liberais

Vital Moreira mais uma vez põe a nu as incoerências dos pseudo-liberais. É uma importante missão de serviço público, já várias vezes assumida pelo DESCRÉDITO e que continuaremos a cumprir.

Desta vez, a propósito do artigo de José Alberto Xerez.

Vital Moreira fica-se pelas críticas relativamente à Educação, afirmando aquilo que é óbvio: que o regime de vouchers proposto pelos pseudo-liberais consubstancia não uma diniminuição das despesas do Estado, mas a conversão deste em pagador das escolas privadas.

Contudo, os outros aspectos do artigo merecem também ser criticados.

Xerez vem defender a instituição de um seguro nacional de saúde conjuntamente com a privatização dos hospitais e centros de saúde. Ora, isto seria um manifesto roubo. Essa solução do seguro nacional de saúde é uma solução bismarckiana, ultrapassadíssima face às soluções beveridgianas como a portuguesa. A grande diferença é que, no primeiro caso, existe um seguro nacional de saúde, e que no segundo caso o orçamento da saúde sai dos impostos.

A diferença é clara. O que se pretende é transferir toda a responsabilidade do pagamento da Saúde para os cidadãos individuais, excluindo as empresas e as operações financeiras dessa responsabilidade. E a tal proposta só pode haver uma resposta: NEM PENSAR !

E, relativamente à Segurança Social, está tudo dito: a Xerez de nada interessam os direitos das pessoas, mas apenas que o sistema seja rentável para os privados.

Seria caso para perguntar: Você é milionário ou não se preocupa sequer consigo próprio ?

A Demagogia

A ANMP apela à redução dos gastos de campanha, para que se evidencie "uma inteira compreensão das dificuldades económicas que se abatem sobre o país".

Esta afirmação é um perfeito atentado à inteligência. Quanto mais dinheiro é gasto, mais ganha a economia, nomeadamente através das mais-valias ganhas pelas empresas de marketing e comunicação...

O Perigo

No seu habitual artigo no PÚBLICO, Paulo Castro Rangel apresenta-se muito claramente como mais um militante do PSD a defender a inexistência de legitimidade do Governo PS.

Lê-se muito claramente nas entrelinhas que defende expressamente que um eventual Presidente da República de direita dissolva a Assembleia da República a seu belo prazer e, explicitamente, que transforme o regime num semipresidencialismo à francesa.

Absolutamente inaceitável. Os caros leitores percebem desde já o perigo que seria eleger um Presidente de direita em qualquer circunstância ?

terça-feira, julho 19, 2005

A propósito do Ballet Gulbenkian

Escusado será dizer que não só não concordo que organismos públicos venham impedir a extinção dessa companhia de dança, como defendo que a Companhia Nacional de Bailado deveria ser imediatamente extinta.

O Estado e o País em nada ganham com a sua existência. A CNB existir ou não é manifestamente indiferente. Se a música pimba desaparecesse, ninguém faria nada para a salvar. O que é que o ballet é mais que outra forma qualquer de cultura ? Nada.

Ponha-se desde já fim a esse desperdício de recursos públicos, que bem necessários são para as áreas sociais e para a conservação do património.

E não, João Pedro Henriques. Não só não tem razão, como não explica por que razão existirem companhias de bailado seria importante.

Ainda a "liberdade de ensino"

Tenho sido por vezes algo contundente para com os artigos de Mário Pinto nessa matéria, mas Vital Moreira, no post Competência, é de uma dureza ainda maior.

Só falta qualificar explicitamente MP como ignorante.

Gás Hilariante

Os argumentos do fundamentalismo católico contra Harry Potter. Pura e simplesmente ridículo.

Obviamente, não acredito que alguém com a inteligência e capacidade táctico-estratégica de Raztinger tenha escrito as cartas que se diz que escreveu.

segunda-feira, julho 18, 2005

Burcas!

Boete voor dragen van burka in België
EEN RADICALE moslimvrouw in
de Belgische stad Maaseik
krijgt binnenkort een boete omdat
ze een burka draagt. De
gemeente verbiedt de verhullende
kleding die alleen de ogen
vrijlaat.

Esta pequena notícia, publicada hoje no jornal Metro de Amesterdão dá conta de uma muçulmana que foi multada na cidade de Maaseik, na Bélgica, por utilizar burca. Segundo a mesma fonte, esta cidade proíbe que as pessoas se vistam desta forma.

E querem saber algo estranho: eu concordo com esta medida! Se vocês vissem, como eu já vi, várias muçulmanas de burca....certamente ficariam horrorizados como eu...é algo impressionate e que, certamente, é contra a liberdade de qualquer um, de quem o veste e de quem o vê. Aqui em Amesterdão não é proíbido, mas, nos tempos que correm, acho que deveriam ser....

Estarei eu a ficar racista?

sexta-feira, julho 15, 2005

Por incrível que pareça

Estou de acordo com João Miranda:

Diz ele que todos os comportamentos que estão de acordo com a lei são éticos. Exactamente. O resto é querer impor uma determinada visão do mundo aos outros, o que é inaceitável e contraria todos os fundamentos básicos da liberdade e da democracia.

Grande Sócras

Caros, ontem estive a ver a entrevista que o Primeiro-Ministro deu à SIC aquando da celebração dos 100 dias de Governo. Perdoem-me o delay do comentário, mas para quem vive no estrangeiro as coisas chegam um pouco mais tarde, e não fosse uma alma caridosa gravar-me o programa, nunca o teria visto. Adiante.

Fiquei convencido - embora não totalmente -, com o assunto OTA. Percebi porque é importante construir aquele aeroporto, sobretudo pelos corredores aéreos que ficarão congestionados se o novo aeroporto ficar muito perto de Lisboa. Agora, não percebi se o da Portela irá manter-se para ser utilizado pelas companhias low cost, ou se vão transformar aquele pedaço de Lisboa num Elefante Branco para os construtores civis.

Confesso também que fui o dos maiores críticos do PS ter escolhido José Sócrates para Primeiro-Ministro, mas até hoje, não tenho nada a apontar a este excelente Primeiro que estamos a ter. Se o tipo combater o lóbi das fármacias, fizer o referendo sobre o aborto, legalizar o casamento entre homosexuais e - esta é quase um delirio -, legalizar as drogas leves, faço uma tatuagem como nome dele (brincadeira!)

quinta-feira, julho 14, 2005

Pedância...

Acho tão triste e pedante que no site de candidatura de Manuel Maria Carrilho esteja um link que diz: visite o site pessoal do Prof. Manuel Maria Carrilho.

Porque se continua a insistir nestes tratamentos de Senhor Doutor Professor, etc e tal? Que estupidez.!!Principalmente quando se trata de comunicar com o público em geral. Se já nos meios académicos me faz confusão - mas até compreendo -, para a vida civil é uma estúpidez!!

Em mais nenhum país da Europa evoluída estes tratamentos fazem parte do dia-a-dia. Aqui na Holanda ninguém se trata por Doutor (a não ser que seja um médico), Engenheiro ou Arquitecto.

Que bimbice'!
fg

Lucidez

A não perder, o post Tópicos de uma Intervenção (1) no Blasfémias.

Carlos Amorim é definitivamente dos mais lúcidos dos bloggers de direita. E dos poucos que aponta os pecados originais da direita portuguesa (a mais estúpida da Europa, relembre-se, com o seu contraponto nos nossos sindicatos, igualmente os mais estúpidos da Europa) sem qualquer tipo de complexos.

quarta-feira, julho 13, 2005

Ainda a escola pública

Em resposta aos mui neoliberais comentários do João Miranda, tenho a dizer que:

1. Considerar que há concorrência desleal das escolas públicas face às privadas porque o Estado tem o monopólio da cobrança de impostos só dá mesmo para rir. Não viesse de alguém cuja desonestidade intelectual está mais que provada já teria certamente aqui um mais que necessário lenço para as inevitáveis lágrimas.

2. A distribuição de acordo com critérios políticos pode tomar a forma de subsídio. Simples.

3. A escola pública e a saúde são pagas pelos contribuintes e não são gratuitas. Exactamente. Por isso são pagas por todos, não ficando excluído de o fazer quem opta pelos serviços privados.

4. O direito à escola pública e a criação de conhecimento e sabedoria não são uma relação de causa/efeito.

5. Oh si cariño ! Se fosse esse o caso não existiam escolas privadas.

6. Não tem nada a ver com a qualidade do ensino público. Toda a gente sabe que a grande razão, em Portugal, da procura do ensino privado tem a ver com razões sociais e elitistas.

7. Claro que o ensino público não é barato. Em qualquer caso, os seus recursos deveriam ser muito mais bem geridos.

8. Definitivamente, o conceito de pluralismo de Vital Moreira e de João Miranda é diferente.

9. Usar a Suécia como exemplo dá asneira.

terça-feira, julho 12, 2005

Externalização

Vital Moreira: certamente que a gralha será do jornal e não do Governo...

Miguel Coelho

Paulo Gorjão: desta vez não estamos de acordo.

O que me parece estar em causa é uma estratégia a longo prazo para diminuir o peso do PCP e do BE em Lisboa, e apenas isso.

Sim mas...

Luís Pita Ameixa teria toda a razão no que hoje escreve no PÚBLICO não fosse o caso de o projecto de lei do PS sobre a reforma do sistema de governo municipal padecer de um erro colossal, do qual aliás dei conhecimento ao Grupo Parlamentar.

Esse erro é não mexer nas competências da Câmara Municipal, transferindo para a Assembleia Municipal muitas delas.

Provavelmente será essa a razão pela qual Jorge Sampaio vetará o diploma, tal como fez com outro semelhante em 2001.

Em defesa da escola pública

A propósito do artigo de Vital Moreira hoje no PÚBLICO, em breve certamente disponível na Aba da Causa, cabe-me fazer os seguintes comentários:

a) as despesas de educação não deveriam ser dedutíveis em sede fiscal, pondo-se assim um fim ao subsídio indirecto ao ensino particular, dado que o Estado tem apenas que financiar o sistema público, e não os privados;

b) os contratos de associação deveriam ser progressivamente abolidos, investindo-se no crescimento da rede pública onde necessário;

c) a acção social escolar para os estudantes do Ensino Superior Particular e Cooperativo (desta expressão nunca mais me vou esquecer graças ao Sandro Pires) é apenas garantir aos estudantes - e não aos estabelecimentos privados - a mais elementar igualdade;

d) os apoios aos estabelecimentos de ESPC também deveriam ser abolidos, pelas mesmas razões descritas em a);

e) os críticos do sistema público de ensino ou estão directamente interessados em ter mais estudantes e aumentar a sua capacidade de influência (a Igreja), ou querem garantir negócios para alguns à conta dos dinheiros públicos (os pseudo-liberais)

f) definitivamente, o modelo pseudo-liberal levaria a uma estratificação social por escolas em todo indesejável...pensar o contrário seria não conhecer a realidade nacional.

Vergonha

Realmente não percebo como é que Jack Straw vem dizer que Srebrenica é uma vergonha da comunidade internacional.

Quem deveria ter vergonha na cara eram os responsáveis por tudo o que aconteceu: a imbecilidade política da União Europeia por querer até às últimas evitar independências e manter o status quo anterior (vá-se lá saber por que razões) e, maxime, os militares e políticos neerlandeses responsáveis pela entrega dos 8000 bósnios às forças sérvias.

A não perder

O post Ò Doutor, deve ser das companhias mas de vez em quando saem-me uns postes liberais, em O Acidental.

Parabéns, Rodrigo Moita de Deus ! Então a teorização do complexo da trotinete está soberba !

A Direita e o Liberalismo

Aguarda-se com ansiedade a continuação do post do António Costa Amaral sobre a Direita Liberal.

Uma coisa é certa: como Giddens demonstra sem margem para dúvidas, liberalismo e conservadorismo são em si mesmo incompatíveis. E, por muito que eu deteste as teses liberais, convenhamos que são mais modernas, aceitáveis e arejadas que o conservadorismo, que tresanda a passado.

Exames...

Depois de ler isto, das duas uma: ou o exame era demasiado difícil ou as coisas a esse nível ainda estão pior do que eu pensava.

Aguarda-se serenamente o comentário dos professores de Matemática. A propósito, a mesma interrogação em O Insurgente.

A propósito: que eu saiba em nenhum outro país há esta atenção pública e noticiamento dos exames escolares...bem sei que historicamente sempre houve um grande interesse pelas matérias da Educação em Portugal, que até nas Constituições liberais são referidas, mas isto é abusivo.

OTA é desperdício!

Eu até simpatizo com o MM Carrilho. Acho que é um homem muito inteligente e que conseguiu casar com uma das mulheres mais bonitas de Portugal. Claro que as calças brancas que tanto gosta de usar, ou mesmo o nome que escolheu para o filho em nada o favorecem e o aproximam da classe média. Essa classe que ele tanto gosta de educar, mas de que em nada se gosta de comparar (olhem, fiz verso).

Bem, mas o assunto que me fez interromper a minha produtividade holandesa, foi o facto de ter lido na edição online de A Capital que Carrilho é a favor da OTA. Ora, eu acho a Ota uma verdadeira estupidez. Não vai servir nem Lisboa, nem o Porto. Na minha modesta opinião, há que manter a Portela para os voos de Low ? Cost, e chamar uma boa parcela dos turistas que fogem para o resto dos destinos da Europa -, e construir um Aeroporto na Margem Sul ou na Zona de Alverca, com Metro, Autocarros, táxis e TGV. Mas que não fique muito longe. Parece tão simples.

Quase tão simples como aprovar o casamento e adopção a casais homosexuais, como acontece aí ao lado, em Espanha. ( e também no Canadá, Holanda e Bélgica).

Abraços

sexta-feira, julho 08, 2005

Manual para o Acerto de Contas

Leio no Público que o inefável Marcos Perestrelo enviou a todos os candidatos autárquicos do PS um Manual de Campanha e uma cartinha, advertindo-os que o PS não se solidarizar-se-á com quem não cumpra a lei (do financiamento das campanhas eleitorais, entenda-se).

Mais concretamente «Em carta enviada às estruturas, os membros da comissão permanente do PS avisam: "se não cumprirem a lei, solidariedade não haverá nenhuma".»

Temos pelo menos a garantia de que Marcos Perestrelo é um especialista em acertar as contas no PS, bem como naquela parte do "solidariedade não haverá nenhuma"...

A ver vamos...

Benvindos!

Marcelo Moniz, Eurico Dias, benvindos!

Desafio-vos, desde já, a comentarem um dia destes a posição do Pedro Sá contra os subsídios estatais em geral e à cultura em particular.

Indecoroso

É verdadeiramente inacreditável como é que alguém que se diz socialista e democrata é capaz de escrever o que escreve a propósito dos atentados de ontem em London.

Leiam, sem prejuízo de vos desde já informar que João Pedro Freire diz preto no branco que Bush e Blair, entre outros, têm o mesmo tipo de práticas de Osama bin Laden.

Não é por acaso que tal blog está qualificado como extrema-esquerda na lista dos links do DESCRÉDITO...nem no Blog de Esquerda li seja o que for que com isso se pareça...

quinta-feira, julho 07, 2005

O Perigo

A ler o último artigo de Rui Moura Ramos, na Direita Liberal.

Resumindo: um ataque ao Estado Social com a argumentação quase explícita de que a caridade é mais eficiente.

Pior que isto só Thatcher no seu livro de memórias, quando dá como argumento contra o Estado Social o facto de assim impedir a caridade privada, a qual considera muito mais positiva em termos da atitude dos cidadãos.

Uma tristeza.

quarta-feira, julho 06, 2005

Indignação

Estou manifestamente indignado com a escolha de London para os Jogos Olímpicos de 2012.

Para além de ir ser a terceira vez que por lá vai tal evento ter lugar (como aconteceria com Paris), fossem quais fossem as condições o movimento olímpico tinha a mais absoluta obrigação de prestar um serviço à comunidade internacional e à liberdade escolhendo New York.

Claro que nós portugueses poderíamos ter interesse directo em Madrid. Era da maneira que muitos lá iríamos. Mas a escolha de New York era mais que óbvia, fazendo a convergência de pessoas para homenagear muitos mártires da liberdade assassinados friamente pelo fascismo supostamente islâmico.

Atenção à Madeira...

Ao contrário de toda a gente, e apesar de condenar as suas afirmações, estou certo de que as palavras de Alberto João Jardim foram premeditadas e propositadas.

Então qual o objectivo ?

Simples. O de sempre. Arranjar um inimigo externo para congregar apoios à sua volta. O que se explica facilmente num cenário de eleições autárquicas à porta e em que o PSD/Madeira tem várias câmaras em risco, em altura em que o PS/Madeira está sempre a subir...

O Descrédito Total!

Isto agora vai ficar ainda mais interessante. Vai ser mesmo o Descrédito total!
Sejam bem-vindos novos bloggers.
Teremos, certamente, muito para discutir.

Abraços desde Amesterdão
FG

Discordo

Não tem razão, Vital Moreira. O Primeiro-Ministro também se referiu às situações em que não existem alternativas.

A primeira das quais é, obviamente, a VLA. Só por cegueira se pode pensar que a N125 é alternativa seja ao que for, e a essa auto-estrada em particular.

A outra situação, essa sim muito mais duvidosa, é a da Auto-Estrada da Costa de Prata. Contudo, é uma questão que deve ser devidamente ponderada, tendo em conta o enorme volume de tráfego da N109, estrada infelizmente conhecida por inúmeros acidentes...

terça-feira, julho 05, 2005

Marcelo Moniz e Eurico Dias no DESCRÉDITO !

O blog tem dois novos comentadores: Marcelo Moniz e Eurico Dias!

O maior inspirador do DESCRÉDITO faz aqui a sua aparição ! Preparem-se para os seus comentários verrinosos hihihihihihihihi !

Quem sabe um dia divulgo aqui algumas das suas ideias estratégicas mirabolantes !

Quanto ao MONSENHOR Eurico Dias, abrimos aqui as páginas a um dos maiores especialistas na área da logística. Dele devemos esperar as opiniões ponderadas já de alguns conhecidas.

Ota e TGV....

Em lugar de se adiarem estes projectos, bem que se podia desde já esquecer de vez a ideia perfeitamente absurda da Ota, bem como esquecer o TGV, pelo menos na ligação Lisboa-Porto - a prazo, haverá voos low-cost Lisboa-Porto e Lisboa-Madrid, provavelmente mais baratos que o bilhete de comboio.

Uma tentativa de aproximação

Relativamente ao assunto da Educação Sexual, hoje Pedro Barbas Homem, no Público, tentando aproximar as duas posições mais conhecidas.

É a posição clara de uma direita mais moderada. Ainda assim, manifestamente insuficiente.

Ainda ontem...

A propósito do casamento entre homossexuais, ontem tivemos direito a mais uma deliciosa tirada de Mário Pinto no Público:

O casamento é outra coisa, definida e controlada conceitualmente pela diferença dos sexos, pela coabitação e pela consequente geração de filhos, que ficam por direito sob a autoridade, a cargo e a responsabilidade dos pais.

Portanto aqui temos algumas ligações perigosas:

a) está subentendido que o sexo apenas deve servir para a procriação;

b) a falta de respeito por todos aqueles que não querem ou não podem ter filhos é estratosférica;

c) ficamos também a saber que para MP o mais importante entre pais e filhos é autoridade (em rigor, é ideia que nem deveria passar pela cabeça de ninguém)

segunda-feira, julho 04, 2005

A Silly Season Começou Mais Cedo



Alberto João Jardim disse hoje mais um dos seus disparates numa daquelas festas de verão na Madeira, onde o calor é grande e a sede maior...

Enfim, já nem vale a pena ligar ao homem.
É um Descrédito que já vem de longe (Established 1976)...



Férias Autárquicas

O jornal «Público» apresenta hoje como título de 1ª página «Autárquicas dão um mês de "férias" a meio milhão de portugueses».

A SIC faz eco destas "férias" no seu Jornal da Noite.
O Telejornal da RTP é mais comedido, apresentando várias perspectivas sobre este assunto.
A TVI fala de 'revolta' e 'privilégio'.

O "mês de férias" a que o «Público» se refere consiste na dispensa que a lei eleitoral que concede a todos os candidatos às Eleições Autárquicas no mês que antecede o acto eleitoral. Dispensa esta suportada na totalidade pelas respectivas entidades empregadoras.
Mas na realidade, a esmagadora maioria destes portugueses não vão gozar um mês de férias, vão estar envolvidos nos milhares de campanhas eleitorais pelo nosso País fora.

Nas Eleições Autárquicas de 2001 foram apresentadas listas em 308 Concelhos e em 4.252 Freguesias!
Votaram em 2001 60% dos eleitores (quase 5 milhões e meio de portugueses).

Tratar como "férias" o envolvimento de meio milhão de portugueses durante um mês, de 4 em 4 anos, na discussão das questões dos órgãos autárquicos a que se candidatam, é demagógico e sensacionalista.
Se tal não fosse possível, ou se esta dispensa não fosse suportada pelas entidades empregadoras, apenas uma pequena minoria estaria em condições de se propor para desempenhar cargos nas autarquias locais.

As entidades empregadoras, pela voz do patrão dos patrões, exige medidas do Governo por forma a que a actividade empresarial não seja tão 'gravemente' afectada, no mesmo tom que os vários patrões irão a seguir exigir muita coisa a Câmaras Municipais e Freguesias.
(Não deviam estar mais preocupados com as "férias" resultantes das "baixas fraudulentas"?)

O jornal «Público», ao cavalgar a onda de ataque aos supostos privilégios à chamada classe política, prestou hoje um mau serviço à democracia portuguesa.
Se a tendência continuar, cada vez menos cidadãos portugueses envolver-se-ão na actividade política.
Quando só houver um, significa que estaremos numa Ditadura.


(Parece que o PS quer restringir o período de dispensa aos 15 dias referentes ao período de campanha eleitoral. É, mais uma vez, aquela atitude envergonhada e comprometida, em busca do damage control.
Enfim, é o Descrédito...)

Campos & IVA



Uma das principais medidas do Professor Doutor Campos e Cunha, Ministro das Finanças do Governo com que José Sócrates obtém o apoio parlamentar do PS, o aumento da taxa do IVA de 19% para 21%, já entrou em vigor.

Esta medida permitiu ao Governo inscrever no Orçamento de Estado um aumento das receitas fiscais relativas a este imposto, o que é, porventura, tecnicamente controverso.

Diz a teoria económica que o valor de um imposto ad valorem sobre um bem ou serviço, como é o caso do IVA, passa na sua totalidade directamente para o consumidor através da subida de preços.
Diz também a teoria económica que o impacto de um imposto ad valorem no comportamento da oferta e da procura de bens e serviços depende das suas respectivas elasticidades.

Vejamos o exemplo simples do tabaco.
O comportamento da procura deste bem é praticamente inelástico: são poucos os fumadores que deixam de fumar apesar do aumento do preço do tabaco, mesmo que temporariamente diminuam a quantidade.
Neste caso, a subida da taxa de IVA em 2% passa na totalidade para o preço do tabaco, e corresponde a um aumento da receita fiscal, quase na proporcionalidade total desta subida (impostos e taxas sobre o tabaco costumam ser as preferidas pelos governos porque, para além de politicamente correctas, resultam sempre).

Contudo, boa parte dos bens e serviços cuja incidência de IVA passa agora para 21% terão elasticidades bem diferentes, podendo até provocar um efeito perverso, chamado crowding-out fiscal: a diminuição da quantidade de bens adquirida após a aplicação do imposto leva a uma diminuição da receita fiscal final.

Será, porventura, o caso de um produto como os CD's, onde a diminuição de vendas que se verificará perante uma subida de 2% nos seus preços, provocará uma diminuição acentuada da procura, levando a que o efeito quantidade se sobreponha ao efeito preço.

A subida do IVA de 17% para 19% levada a cabo pelo Governo de Durão Barroso seguiu os manuais de economia, em que a receita fiscal final acabou por diminuir, ao que não terá sido estranho o célebre discurso da tanga e o pessimismo que agravou a tendência recessiva da economia.

Apesar das previsões para o crescimento do PIB nacional continuam pouco animadoras, existe nesta subida de 19% para 21% um facto novo:
A predisposição do lado da oferta, para agora suportar parte (ou a totalidade) da subida do IVA dentro das suas próprias margens comerciais.
Provavelmente, tendo em conta o comportamento do mercado perante o aumento anterior do IVA, os fornecedores de bens e serviços (em especial os maiores) compreenderam o risco de perda de mercado.

O Ministro Campos e Cunha, como experiente e reputado académico, terá utilizado as estimativas do seu modelo económico para a economia nacional (ou do modelo do próprio Ministério das Finanças), onde estarão integradas as várias elasticidades da oferta e da procura. Terá sido essa a forma de cálculo do aumento das receitas fiscais.

Teremos de esperar pelo final do ano para fazer contas ao efeito real deste aumento do IVA, e à validade destes modelos económicos.

Politicamente a subida do IVA de 19% para 21% é tão ou mais criticável que a anterior, e por várias razões:

- A subida de impostos não foi sufragada pelo eleitorado, uma vez que não consta das medidas apresentadas pelo PS durante a campanha eleitoral, nem nas correspondentes linhas programáticas;

- Da mesma forma, o Programa de Governo aprovado na Assembleia da República não previa o aumento de impostos, não tendo havido nenhuma rectificação posterior, apenas o Orçamento Rectificativo;

- A iniquidade da taxa de IVA do actual escalão de 21%, ao abranger bens e serviços que, para algumas famílias, são de primeira necessidade, não é compensada por qualquer outra medida;

- O sucesso no médio prazo do aumento do IVA em gerar um aumento das receitas fiscais depende fortemente na recuperação da actividade económica, e da tão falada eficiência da máquina fiscal contra uma galopante economia sombra;

A avaliar pelo padrão, se esta medida não resultar, aumentar-se-á o IVA para 23%?
Ou demitir-se-á o Ministro?

Qual será a opção com maior valor acrescentado?



sexta-feira, julho 01, 2005

Isto não podia falhar

Ainda não tinha comentado a candidatura de Elsa Raposo pelo PPM a Presidente da Câmara Municipal de Cascais.

Este blog não poderia escapar-se a fazê-lo, obviamente porque É O DESCRÉDITO ! É O COMPLETO DESCRÉDITO !!!