terça-feira, novembro 30, 2004

E Não é Que Ele Não Vai Mesmo?

Em vésperas da comemoração da Restauração Portuguesa e da queda do Conde de Andeiro, Jorge Sampaio tomou a decisão que quase todo o País esperava:

A convocação de eleições antecipadas.

Não sei porquê, mas desconfio os pulos de alegria que Santana Lopes já deu.

Aliás, a vitimização já começou....

Lopes Vai Mas Volta


Santana Lopes irá 5ª feira para a Turquia.

Fontes próximas de Belém garantem que chegou a ser equacionado um pedido de asilo político neste País, como forma de resolver a actual crise política, pelo que as recentes reuniões entre Santana Lopes e Jorge Sampaio serviram para discutir os termos do exílio humanitário, nomeadamente em relação ao número de acompanhantes, e se estariam incluídos todos os Ministros com nota negativa na última sondagem da Universidade Católica (ou seja, todo o Governo).

Contudo, parece não ser possível chegar a acordo com as autoridades turcas, bastante assustadas com a possibilidade de uma nova frente de terrorismo político no País, em paralelo com a Al-Quaeda.

Mesmo com a pressão de Durão Barroso, que garantiu tratar-se, na sua maioria, de um grupo de 'jovens turcos' do PSD, a diplomacia turca afirmou que antes preferia jamais entrar para a União Europeia.

Desta forma, Santana Lopes estará de volta no fim-de-semana, onde haverá uma festa na Kapital com bar aberto, local onde funciona actualmente a Central de Informação do Governo.

segunda-feira, novembro 29, 2004

É o Descrédito! É Mesmo o Descrédito!



Sem conhecer em detalhe as estatísticas do «Guiness», o ex-Ministro Henrique Chaves talvez talvez tenha batido o record da mais rápida demissão: 2 dias úteis! Um autêntico DVD em vôo pela janela grande dos disparates políticos que temos vindo a assistir à 185 dias.

Atendendo à proximidade pessoal de Henrique Chaves com Santana Lopes, a única explicação racional para mais esta trapalhada só pode ser maquiavélica: uma tentativa desesperada de Santana Lopes junto de Jorge Sampaio para ser demitido.

Mas enquanto Henrique Chaves batia estrondosamente com a porta (nem Manuela Arcanjo?), Santana Lopes pedia ao PSD e à comunicação Social para o deixarem sossegado na 'incubadora'.

Mais preocupante é o caso do recém-promovido Ministro Gomes da Silva que, inacreditavelmente, ainda não se demitiu nem foi demitido. Fica o receio que Gomes da Silva passe, por decreto de Santana Lopes, a mobília vitalícia dos governos da nação. Uma espécie de papel de 25 linhas dos Conselhos de Ministro.

Nem o PSD acredita neste Governo, estando já os cavaquistas no terreno a preparar o pós-flopismo. Aliás, Cavaco Silva já fez questão de demarcar-se totalmente de Santana Lopes, incluindo-o nos maus políticos que devem abandonar o palco.

Santana Lopes conseguiu ainda outro feito: redimir António Guterres para uma candidatura presidencial.

E nem Luís Delgado consegue explicar toda a actual confusão!


Obrigado Sr. Primeiro-Ministro pela publicidade que, infelizmente, tem feito ao nosso Blog.

Os Bancos e os Partidos

Ao que parece, regressa a proposta da SIBS de cobrar a utilização dos serviços Multibanco.

Se o Governo e os partidos que o sustentam cobardemente nada fizerem, José Sócrates tem uma grande oportunidade de assumir uma bandeira que sempre foi sua: a defesa dos consumidores. Basta-lhe fazer o óbvio: prometer a proibição dessa prática por via legal.

AHAHAHAHAHAHAH

Esta é MESMO de ir às lágrimas.

Diz o Primeiro-Ministro que ninguém deveria ser membro do Governo central sem primeiro passar pelo governo autárquico.

Comece então por olhar para o próprio Governo a que preside, Dr. Santana Lopes !

Entretanto vou continuar a rir-me ! AHAHAHAHHAAHHAHAHAAHAHAHAH !

O Governo

Henrique Chaves sai de forma abrupta do Governo. O Presidente da República chama o Primeiro-Ministro a Belém.

O país espera. O Governo definha. A luta interna no PSD está ao rubro. Sócrates aguarda serenamente.

A única pergunta que resta agora é QUANDO ?

Exactamente

Vital Moreira, em resposta a Rui A., denuncia a total insensibilidade social dos liberais, em defesa do Estado Social.

A não perder.

quarta-feira, novembro 24, 2004

Canas de Senhorim...

Sinceramente, não consigo aceitar o comportamento da população de Canas de Senhorim.

Pretendem a elevação a Concelho e proclamam ódio ao de Nelas, bem como a todos aqueles que não concordam com com a sua posição.

Ainda não percebi qual as verdadeiras razões que sustentam esta pretensão, que alguns destes cidadãos portugueses chegam a comparar com Timor!

Há faltas nos cuidados de saúde?

É a Justiça que tarda mais do que no resto do País?

Não há estradas suficientes?

Se a População mártir de Canas de Senhorim pretende desrespeitar as leis do País e não reconhece qualquer autoridade aos Órgãos de Soberania democraticamente eleitos, em vez da elevação a Concelho conceda-se já a independência à nação de Canas de Senhorim.

E, com este precedente, que se siga a República da Bananas da Madeira.

Por estas e por outras é que, se calhar, merecemos o Governo que temos...

Viva a Ucrânia !

Yushchenko Presidente ! E porque não associarmo-nos às manifestações de imigrantes ucranianos ?

Estarei presente nas que puder !

Mas não posso deixar de pensar que se já existisse o Exército europeu esta gigantesca fraude nunca seria possível...

Sempre a descer

O comportamento de Gomes da Silva é inqualificável. Aliás, é uma vergonha para Portugal como é que semelhante criatura é Ministro do respectivo Governo.

Agora, já que a pergunta do referendo é criticada por inúmeros quadrantes, vem meter as culpas disso no PS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Isto é rasteiro. É nojento. Um verme teria certamente melhor comportamento.

Claro que por trás disto também está o objectivo de levar o Presidente da República a aprovar a tal pergunta...mas, maxime, se o PSD tradicional sempre teve da Europa a mera visão de vaca leiteira, este partido populista em que se transformou está-se totalmente borrifando para ela.

Filhos

Nunca vi razão mais egoísta para ter filhos do que a que Luís Filipe Borges apresenta.

terça-feira, novembro 23, 2004

Iluminações de Natal



Os dias estão cada vez mais curtos, a temperatura mínima continua a descer, os anúncios a brinquedos inundam a televisão, pelo que a época de Natal parece estar aberta.

A União das Associações de Comércio e Serviços (UACS) investiu este ano cerca de um milhão de euros para enfeitar Lisboa com as iluminações da quadra natalícia, com que esperam atrair compradores e combater a concorrência das grandes superfícies.

Segundo a UACS, as vendas que o pequeno comércio realiza nesta época representam normalmente 50% das vendas anuais!

Este ano, o tema central das iluminações é a Estrela da Natividade, em sintonia com o 'alto astral' decretado por Santana Lopes.

Jorge Sampaio terá em Belém, na Praça do Império, a maior árvore de natal da Europa!

Mas com a situação económica que o País vive, nomeadamente ao nível do endividamento dos portugueses, os sócios da UACS vão ter que acreditar ou no Luís Delgado ou no Pai Natal.

Será que algum deles existe?

Uma Justa Luta

Nunca é demais mostrar o empenho de quem luta pelos seus justos direitos.

Leiam.

segunda-feira, novembro 22, 2004

Outra vez a França

Vital Moreira critica, e com toda a razão, as palavras de Manuel Alegre sobre a Constituição europeia. O Tratado Constitucional, de facto, não é um documento neoliberal.

Sobre a posição que Manuel Alegre tomou, parece-me pertinente dizer duas coisas:

- ela aparece na linha da posição tomada por alguns grupos do PS francês...mais uma vez França. Era bem capaz de apostar muito dinheiro como se essas tomadas de posição existissem no seio de outro qualquer partido socialista (com a eventual, embora improvável, excepção do PSOE) não apareceria ninguém a mimetizá-las...como sempre, a França é deificada e tomada como referência absoluta, para os românticos do costume;

- e, claro, esta tomada de posição contra o Tratado Constitucional é um mero pretexto para ridículas proclamações "eu sou mais de esquerda do que tu".

Sim eu sei, mas...

Eu sei que não devia dar crédito à extrema-direita salazarista.

Contudo, não posso deixar em claro que haja quem diga que quem não é crente (leia-se cristão) está à partida inferiorizado em termos de raciocínio. Tivesse esse Mendia algum poder e estávamos todos na fogueira.

Teoria da Conspiração

Cheira-me que é coincidência a mais esta notícia aparecer na mesma altura da apresentação pública da futura lei do tabaco...

Obviamente, nada conseguirão em tribunal, até porque felizmente o nosso sistema jurídico não é o norte-americano.

sexta-feira, novembro 19, 2004

Referendo

Ainda que algo hermética, aqui temos a pergunta para o Referendo Europeu:

«Concorda com a Carta de Direitos Fundamentais, a regra das votações por maioria qualificada e o novo quadro institucional da União Europeia, nos termos constantes da Constituição para a Europa?».

É uma pergunta que me satisfaz. Evita uma discussão totalmente estéril e histérica sobre a supremacia ou não do Direito Comunitário, ou de parte dele, face à Constituição Portuguesa.

Não tenho quaisquer dúvidas em votar a favor.

Pena que existam alguns, como João Pedro Freire, que contestem o não só inevitável mas responsável acordo entre PS e PSD, defendendo que em nenhuma situação o PS deveria fazer acordos com o partido laranja, e deveria aproveitar o assunto para fazer oposição ao Governo. Manifesta irresponsabilidade, obviamente.

Aqui vamos de tristeza em tristeza.

António Mexia merece, sem dúvida, ser qualificado como o Ministro mais insensível desde o 25 de Abril. Mais tecnocrata.

Tudo o que de pior têm os gestores profissionais de grandes empresas quando estão na política está à vista.

A não perder

O post Dois Pesos e Duas Medidas, no Bloguítica.

O artigo de Miguel Sousa Tavares, hoje no PÚBLICO (infelizmente sem link).

quinta-feira, novembro 18, 2004

Regionalização

Eis alguém a demonstrar aquilo que é mais que óbvio.

E por que espera José Sócrates para sugerir uma revisão constitucional que permita, em alternativa ao referendo, a instituição concreta das regiões administrativas por votação da Assembleia da República por maioria de 2/3 ?

quarta-feira, novembro 17, 2004

As Empresas de Comunicação e os 'Novos Heróis do Mar'...



É notícia discreta na imprensa de hoje que a última reunião do Conselho de Ministros, aquela a bordo do navio-escola Sagres, foi mediaticamente preparada pela empresa de comunicação Bairro Alto.

A 'estratégia de comunicação' consistiu em vestir os membros do governo com impermeáveis e bonés azuis, onde se podia ler o slogan «Novos heróis do mar».

Talvez tenha sido esta a razão que levou Paulo Portas, Ministro do Mar, a ficar em Lisboa, não comparecendo ao encerramento do Congresso de Barcelos. Havia que acertar os últimos detalhes no ponto principal da agenda da reunião: a indumentária ministerial para mostrar à imprensa.
E o azul parece estar na moda?

(Santana Lopes utilizará os serviços de uma empresa de comunicação chamada «Kapital»?)

"Missão Cumprida na RTP"



Enquanto não são efectuadas as audições a José Rodrigues dos Santos, eis a análise de Luciano Alvarez, no jornal Público, intitulado ?Missão Cumprida na RTP ?:

«Primeiro veio fonte do Governo, ao abrigo do anonimato, no "Expresso", dizer que José Rodrigues dos Santos estava sob avaliação e admitir mexidas na direcção da RTP. O director de informação da RTP assobiou para o lado.

Depois veio o ministro Morais Sarmento defender "limites à independência" nos operadores públicos, acentuando que não são as direcções nem as administrações que respondem perante o povo nas eleições. O director de informação da RTP voltou a assobiar para o lado.
Agora veio a administração do canal público decidir que jornalista é que devia ocupar o lugar de correspondente em Madrid. Aqui o director de informação não podia assobiar para o lado, porque, a seguir, a administração iria decidir por ele qual o jornalista que deveria cobrir o assunto "x" ou "y", ou dizer qual a notícia que deveria abir o telejornal.

Rodrigues dos Santos não se demitiu, foi demitido, porque nenhum director de informação pode aceitar que seja a administração a decidir questões que dizem única e exclusivamente respeito à área editorial. Os administradores sabiam-no e não cederam porque queriam que Rodrigues dos Santos saísse. A avaliação de que falava o membro do Governo há muito que estava feita.

Surpresa? Nenhuma. A saída de Rodrigues dos Santos faz parte da anunciada estratégia de controlo da comunicação social por parte do Governo e que já deu vários passos.
A TVI do amigo Paes do Amaral está parcialmente tratada; o "Diário Notícias" já está controlado; na RTP o assunto acabou de ficar resolvido. Segue-se o "Jornal de Notícias", a TSF e a imprensa regional do grupo PT, que se não entrarem na linha por iniciativa própria as administrações tratam do assunto, como aconteceu agora na RTP e já tinha acontecido no "DN". E tudo isto tem de ficar concluído com alguma rapidez. É que Santana Lopes quer ficar mais dez anos no poder e, por isso, tem de resolver estas questões até 2006, ano em que há eleições presidenciais e legislativas

Falta de Bom Senso

Aqui se lêem as intenções do Governo relativas à proibição do consumo de tabaco em locais públicos.

Algumas das alterações são admissíveis, concordemos com elas ou não. Mas outras pecam por uma enorme falta de bom senso.

Os estabelecimentos de restauração e bebidas devem ser excepcionados. A consequência óbvia de uma medida destas vai ser, de forma brutal, cortar hábitos sociais enraizados. Principalmente quanto aos cafés. Muita gente vai deixar de ir ao café, e teme-se pelas consequências, principalmente sociais, que daí resultem. Isto para não falar que os cafés com esplanada serão descaradamente beneficiados.

E num caso muito particular: não me parece que vá ser proibido fumar em centros comerciais. Então o que fazer aos espaços de restauração neles existentes ?

É certo que, para futuro, os mais jovens, a começar por aqueles que ainda são pré-adolescentes, não terão o hábito de fumar no café. Mas parece-me um sacrifício absolutamente desproporcionado para todos os restantes.

Argumenta-se com a saúde dos trabalhadores. Ora, da mesma maneira que quem trabalhe numa mina está sujeito a determinados riscos, o mesmo acontece a quem trabalhe num café...

Relativamente à proibição de fumar nas escolas, parece-me igualmente contraproducente. Uma coisa será proibir fumar nos espaços fechados nelas existentes, outra coisa é incluir na proibição todo o perímetro da escola. Já se sabe que a consequência será a saída do perímetro escolar, com todas as consequências que se adivinham.

terça-feira, novembro 16, 2004

O 'Alto Astral'



Depois de domingo ouvir o discurso (de 1 hora) de Santana Lopes no encerramento do Congresso de Barcelos, confesso ter ficado surpreendido. Que Santana Lopes consegue falar o tempo que quiser sem dizer absolutamente nada, não é novidade. Que o faça num momento solene que é o encerramento do Congresso onde é finalmente eleito líder do PSD, é que é verdadeiramente espantoso, quando se esperaria efectivamente um discurso a marcar uma etapa e virado para o País que (infelizmente) governa.

José Vítor Malheiros comenta deliciosamente este momento de 'Alto Astral' de Santana Lopes no Público de hoje, no que eu não resisto a reproduzir aqui, quase na íntegra:

«"Eu quero que o país vá subindo no seu astral!" Estas palavras de Santana Lopes, proferidas do púlpito no discurso de encerramento do último congresso do PPD-PSD-PSL, são o que se chama um grito de alma. Não é "Cogito ergo sum", nem "I have a dream", mas cada nação produz o que produz. No nosso caso é mais bolos.

(...) Outro primeiro-ministro poderia ter falado de brio, de projecto, de ânimo, de sonho, de ambição, de futuro, de trabalho, de empenhamento, de desafio, mas Santana sabe falar ao povo na sua própria língua e saiu o astral!
Mas não se pense que saiu por acaso. O astral presta-se mais à banha da cobra do que o projecto e até do que o sonho, porque o astral não depende nem do trabalho (lagarto, lagarto), nem do desejo, nem sequer de nós. Só depende dos astros, dos deuses, dos alinhamentos siderais, dessa coisa etérea que é a coisa nenhuma. Nem é preciso querer, astral é astral, acontece à gente sem a gente querer. Além de que o astral é sentimental ("Me liga!"), tem a ver com destino, com coisas escritas nos céus com pozinho de estrelas e não exige nenhum mas nenhum esforço. Astrau é assim mesmo! Como se faz para melhorar o astral? Incríveu! Você não sabe? Relaxe! Nada melhor para o astrau! Não sabe como? Beba uma caipirinha. Duas!

O astral é ainda melhor do que a Nossa Senhora de Fátima (Paulo Portas foi definitivamente ultrapassado), porque é mais moderno, não fere susceptibilidades e não acarreta nenhuma obrigação. A Nossa Senhora é uma mãe severa que persevera, mas o austral é uma boa. A Nossa Senhora estava bem para os tempos de austeridade, mas a austeridade já era. Agora é o astral.
Desvendado o astral percebemos melhor o novo símbolo do PSD-PPD-PSL: é um satélite a ser colocado em órbita, em direcção aos astros, uma espécie de guerra das estrelas, mas para criar alinhamentos de Mercúrio com Vénus, para fortalecer o astral. Será que José Sócrates já percebeu que a sua ideia das novas fronteiras acaba de lhe ser roubada mesmo debaixo do nariz?

Depois do astral já percebemos porque é que a palavra de ordem do primeiro dia do congresso era "verdade" e a do segundo dia "confiança". É que, quando se prega a verdade, o povo pode ficar com ideia de que tem direito a alguma coisa e até pode começar a fazer perguntas, mas com a confiança não há riscos. Confie! Não pergunte, não diga, não duvide! Suba o astral! Relaxe. Deixe tudo na mão do PSLPSDPP. Beba mais uma caipirinha. Me liga!
»

Tendo em consideração a fasquia que foi colocada a José Sócrates no Congresso do PS, onde não bastava que assumisse claramente a liderança da oposição, com um projecto para o PS criar uma alternativa de governo, mas em que lhe foi exigido que anunciasse desde logo as medidas concretas que queria implementar no País... (e sem teleponto?)


segunda-feira, novembro 15, 2004

José Rodrigues dos Santos OUT !

Entretanto, José Rodrigues dos Santos demitiu-se de Director de Informação da RTP, no que foi acompanhado pelos restantes elementos da Direcção.

Continua a cruzada de Morais Sarmento e Santana Lopes?

Será que é da RTP a culpa do medíocre discurso de Santana Lopes no encerramento do Congresso de Barcelos?

Será que José Rodrigues dos Santos quereria contratar o Professor Marcelo para o canal Estatal?

Será que a actual Alta Autoridade para a Comunicação Social ainda terá a possibilidade de questionar José Rodrigues dos Santos acerca deste episódio ou, segundo Santana Lopes, por ser uma Entidade constítuida por socialistas, será reformulada entretanto no prometido novo organismo regulador?

A solução mais fácil será nomear Luís Delgado como novo Director de Informação da RTP, e à frente da nova entidade reguladora propor, quem mais: Luís Delgado.

O Colunista Virtual

Luís Delgado é um colunista invejável.

Não me refiro aos sucessivos cargos para os quais tem sido nomeado pelo governo PSD, mas sim à força das suas convicções. Graças a elas, Luís Delgado pode preparar as suas colunas no DN (que zelosamente administra através da Lusomundo) com o devido cuidado e antecedência.

Por exemplo, veja-se o que aparece publicado hoje no DN, onde Luís Delgado afirma acerca do Congresso do PSD, entre outras coisas, que Santana Lopes recuperou a iniciativa política, com o Congresso aos seus pés.

Ah! E continua a falar que já saímos da recessão?

Ao escrever esta coluna com algumas semanas de antecedência, Luís Delgado pôde assim passar este último fim-de-semana sossegado, algures em Portugal ou no estrangeiro, sem precisar de ouvir os discursos bocejantes de Barcelos. Genial!

É também interessante comparar as análises que o Público e o DN fazem ao Congresso laranja.

José Manuel Barroso. Este nome não me é estranho. Será coincidência no casting?


sábado, novembro 13, 2004

O Planeta Agostini PSD



Este fim-de-semana os portugueses ficam a saber em que planeta vive Santana Lopes:

Planeta PSD

No Congresso do Planeta PSD, algures numa galáxia distante, estão reunidos aqueles que no Planeta Terra já estão nomeados para algum lugar público, de Ministro a Assessor, de Secretário de Estado a Director de Serviço, e os outros que ainda estão à espera.

No Planeta PSD não há pois desemprego, os impostos vão baixar já em 2005, o défice do Orçamento de Estado será sempre inferior a 3% do PIB, e Marcelo, Pacheco, Manuela e Teresa estão proibidos de entrar.

No Planeta Terra, o 1º Ministro de Portugal e o seu Ministro das Finanças contradizem-se sempre que falam, o défice ronda os 5% e a credibilidade do Orçamento de Estado é nula. Até Bagão Félix teve uma crise de hipertensão, que o vai impedir de passar pelo Congresso do PSD para explicar o dito Orçamento (algo que o Congresso também não está interessado em perceber).

No Planeta PSD, Santana Lopes fala de 'verdade' e 'respeito' e quer que Cavaco Silva seja candidato a Presidente da República.

No Planeta Terra, Santana Lopes queria ser candidato a Presidente, e Cavaco Silva diz que a política em Portugal é hoje pouco interessante para se entusiasmar por candidaturas.

No Planeta PSD, Santana Lopes até julga que governa Portugal!!!

Quando descerão Santana Lopes e o PSD ao Planeta Terra?


sexta-feira, novembro 12, 2004

Adeus à Barra

Ao que parece o canal Sol Música vai desaparecer.

A boa notícia é que vemo-nos livres da infame barra e dos SMS acéfalos que para lá eram enviados.

A má notícia é que desaparece o único canal televisivo de música que passava alguma quantidade de videoclips portugueses. Alguém estará disposto a investir ?

quinta-feira, novembro 11, 2004

O Tratado de Constituição Europeia



Depois de Santana Lopes e António Monteiro terem ficado na fotografia da assinatura do Tratado da Constituição Europeia, vai começar o processo de ratificação do mesmo pelos 25 Estados-Membros.

Portugal vai escolher, ao que tudo indica, a via do Referendo.

Como tal, enquanto não começa a discussão sobre qual a pergunta a formular, está disponível no site do Portal do Governo, para download e leitura, o documento com as 400 páginas do Tratado (sem os anexos, é claro).

Comecem já ler, que o Referendo é em Março ou Abril.

Dúvidas que deixo aos juristas:

- Puderá o Referendo ser decomposto em várias questões, correspondendo a ratificação à aprovação do seu conjunto?

- Será necessária, desta vez, a participação de 50% do eleitorado, ou terá o Referendo sobre a despenalização da IVG criado um precedente?

- Não se podia fazer um Referendo sobre a necessidade da realização do Referendo?

- Se sim, o que significaria a vitória do Não com uma abstenção superior a 50%?


Grave erro

Assim, os órgãos de soberania belgas deram mais uma ajuda à popularidade do Vlaams Blok e do partido que lhe sucederá.

A verdade é só uma

Ontem José Manuel Fernandes afirmou que apenas nos lugares de direcção se ganha mais no sector privado que no sector público.

Não é verdade.

Isso também acontece, pelo menos, relativamente aos quadros superiores.

Fica a correcção.

segunda-feira, novembro 08, 2004

O Grande Pecado de Mário Pinto

Hoje, Mário Pinto inicia uma defesa de Rocco Buttiglione.

E no ponto 4 do seu artigo, está a argumentação que o faz não ter a menor das razões.

Diz, então, que o casamento tem a função natural de gerar e criar filhos, e que a procriação é um dos seus fins naturais.

Em primeiro lugar, entristeço-me que ainda existam pessoas que pensem desta maneira. Não só porque é a qualquer pessoa legítimo ter filhos fora de qualquer casamento, que, obviamente, não é condição sine qua non para que eles sejam gerados, como, maxime, por estar a demonstrar a maior falta de respeito por aqueles que não podem ou não querem ter filhos.

Mais. Mário Pinto deveria saber que a procriação não faz parte do elenco legal de situações relativas ao casamento.

Em qualquer caso, tenho reflectido sobre este tipo de assuntos, e permito-me lançar uma simples hipótese para o debate: não devendo existir quaisquer discriminações em função do estado civil, e não tendo assim o mesmo qualquer relevância em termos jurídicos, não seria de discutir e enquadrar a possibilidade de abolir o casamento enquanto figura de Direito ?

Dirão que não faria sentido. Mas...

a) a questão dos bens seria facilmente resolvida pelo instituto da compropriedade, quando aplicável;

b) as questões relativas aos filhos estariam desde já superadas pela imposição da guarda conjunta, apenas não aplicável em caso de acordo entre os progenitores.

Pelo que esta questão pode e deve ser discutida. O que acham ?

Infelizmente ela tem razão

Sim, são os últimos três parágrafos deste artigo de Helena Matos.

100% de acordo

A não perder, Miguel Sousa Tavares.

O Salazarista de serviço

João de Mendia continua a mimosear os leitores do Diário Digital com umas pérolas de fino recorte salazarento.

Agora, em seu entender, o problema relativo a Rocco Buttiglione prende-se com o facto de ser católico. Conclusão óbvia: para Mendia, os restantes comissários europeus que dizem professar essa religião não o são na realidade.

Pior. Diz que Marcelo Rebelo de Sousa mordeu a mão de quem lhe dava o sustento.


Demasiado triste para ser verdade.

Os Estados Unidos e a Macedónia

Creio que já por aqui escrevi o que penso sobre a rídicula situação em que a Grécia colocou a União Europeia relativamente à Macedónia, razão pela qual temos o patético nome de "Antiga República Jugoslava da Macedónia".

Já era mais que tempo de os restantes 24 países da UE deixarem a Grécia a falar sozinha.

Contudo, esta notícia, primeira medida tomada por Bush depois da reeleição, tem um claro significado que em muito transcende a região balcânica: é uma clara provocação à União Europeia, manifestação de que não só o unilateralismo norte-americano continuará, como também de que a Casa Branca não hesitará em afrontar directamente a Europa quando o entender.

domingo, novembro 07, 2004

A Barca dos Loucos


Hieronymus Bosh, A Barca dos Loucos

No meio da guerra santa lançada sobre o DN, uma das baixas foi Vasco Pulido Valente, que passou a escrever a sua incontornável coluna no jornal Público.

A deste domingo, intitulada «A Barca dos Loucos», para além da referência, merece a sua citação completa:

«O Governo publicou um folheto para anunciar à Pátria estupefacta a "intensa actividade" dos seus primeiros cem dias. Curiosamente, não fala no "saneamento" de Marcelo, nem da sua bela obra na PT. Em compensação, parece que adquiriu um atlas, que fechou o túnel do Rossio (grande gesto, esse) e que o sr. Santana, além de tirar um belo retrato oficial, recebeu o sr. Barroso da "Europa".

Estamos, manifestamente, em boas mãos. Houve algumas dificuldades, claro. Ao princípio, houve mesmo "ruído", porque a "elite portuguesa", como muito bem observou o sr. Relvas, "não estava preparada para um primeiro-ministro deste tempo", ou seja, para "um primeiro-ministro que dialoga directamente com as pessoas" com quem "dialoga" e que a elite ignara acusa de "populista por ser popular". O sr. Relvas tem razão: ninguém em Portugal, e não só a elite, estava preparado para extraordinária originalidade de Santana e não é natural que tão cedo venha a estar. Não o merecemos.

De qualquer maneira, na próxima semana, o PPD/PSD tenciona mostrar o triunfo da fé sobre o cinismo, aclamando em congresso o seu chefe adorado. A ausência de certas criaturas que não pertencem a "este tempo" com certeza que não diminuirá o fervor dos festejos, nem a fecundidade dos trabalhos. Santana sabe perfeitamente o que quer. Quer "modernização", quer "independentes", quer uma "plataforma" e quer e não quer uma aliança com PP. A única dúvida que paira sobre o congresso é sobre o futuro do sr. Menezes (o de Gaia). Irá ou não irá ele para a comissão nacional? O sr. Rio do Porto não ficaria se ele fosse e Gaia sofreria se ele não fosse. O Norte, coitado, anda nervoso. Mas Santana reconciliará o Norte. Rio e Menezes já se viram de longe e o Marco António, o procônsul do sítio, já prometeu "jogar ao ataque".

Entretanto, o ministro Sarmento - que se acha simultaneamente da "elite" e "deste tempo" - aspira à posição exaltada de "número dois" do partido e o partido oscila entre a devoção e a desconfiança. Uma coisa é certa: Santana subirá aos céus para confusão do "cavaquismo", do "barrosismo", do "marcelismo" e do PS. A barca dos loucos seguirá aos bordos com imenso alarido e sem destino certo.»

quarta-feira, novembro 03, 2004

Trivia

Confesso que gosto de continuar a ler o Público em papel, o que me permite, nomeadamente, alimentar o vício das palavras cruzadas.
Na mesma página costuma ser publicado um conjunto de coisas mais triviais, entre as quais uma lista de aniversariantes do dia.

Hoje, para além de Ferro Rodrigues, comemora também o seu aniversário Filipe Costa, «dirigente da Juventude Socialista».

Todos nós armazenamos involuntariamente muita informação desnecessária. Dentro desta, realmente recordo-me que o Público, simpaticamente, nunca se esquece dos aniversários de Filipe Costa ou de Ana Catarina Mendes.

Será que o jornalista do Público que fazia a cobertura dos Congressos da JS há uns anos atrás é agora o responsável pela página de "Jogos e Pessoas"? Isso até explicava muita coisa...

Já agora, Parabéns a Ferro Rodrigues!

Nojento

Só não vou dizer o que realmente acho deste artigo e do seu autor para não ser processado. A desonestidade e a falta de educação têm limites.

Dos jornais supostamente de referência, só mesmo no Povo Livre...

segunda-feira, novembro 01, 2004

Tristeza

Curvo-me respeitosamente perante a memória da Prof. Isabel de Magalhães Collaço.