I
De volta da Roménia, deparei-me com um país onde pelo menos as aparências não são tão pobres como as pintam. Claro que o nível de vida deles é muito inferior ao nosso...tudo é muito barato, até porque o leu não chega a valer metade do que valia em 1999...
Ainda assim, há muitos que vivem de esquemas...é preciso uma enorme dose de paciência para sobreviver ao inferno que se chama Gara de Nord, a principal estação de comboios da cidade.
Quanto ao Summercamp....AO MAIS ALTO NÍVEL, obviamente.
II
Antes de férias, ainda decorreu o Congresso Nacional da JS. Subscrevo por inteiro o que o Bruno Veloso escreveu no excelente blog
Decido
Em qualquer caso, mais uma vez o meu abraço de enorme solidariedade àquele que protagonizou o que, apesar de tudo, é uma vitória política, o meu camarada Luís Filipe Pereira.
III
Congresso do PS. Três candidatos e uma decisão tomada.
José Sócrates é demasiado adepto das teses de Giddens e da Terceira Via, que como sabem rejeito:
- por essa visão dos serviços públicos, designadamente da segurança social, partir do mesmo prisma que qualquer político de direita poderia ter, i.e, não como um direito de todos, mas como algo que há apenas que assegurar aos mais desfavorecidos;
- por partir de uma visão da sociedade que em pouco se afasta do conservadorismo, o que é totalmente inadmissível.
João Soares perdeu uma eleição impossível de perder. PS + PCP perderem uma eleição coligados, em Lisboa, contra o PSD sozinho era algo que se julgava apenas do domínio da especulação.
Por fim, Manuel Alegre. É pena que do grupo de onde saiu esta candidatura não tenha surgido outro nome que eu em consciência poderia apoiar. Posto que não viesse para a rua defender as ridículas teses da democracia paritária (mais uma vez, como se fizesse alguma diferença e fosse algum problema termos um Governo só com homens ou só com mulheres...aliás sobre o assunto, de ver as afirmações profundamente ridículas de Zapatero na sua entrevista ao Le Monde...).
Em qualquer caso, não posso apoiar para Secretário-Geral quem tem uma visão romântica da política. E quem está demasiado à esquerda para aquilo que entendo que deve ser o PS.
Muito menos quem, no último Congresso, se indignou por todos os militantes terem o mesmo tempo para falar na discussão das Moções Globais de Estratégia, por entender que "as grandes figuras do Partido deveriam ter mais tempo para falar". O que não é atitude de um democrata, muito menos de um socialista.
Ainda assim, considero que qualquer um dos candidatos tem os seus méritos. A minha posição de não apoiar qualquer deles não implica a hostilização de qualquer dos projectos, se bem que, como muitos, sinta que existiria espaço político para um projecto que representasse as preocupações e ambições daqueles que são socialistas de ala nenhuma que não a mais profundamente socialista, e da avassaladora maioria dos simpatizantes do Partido.
Enfim, fica para a próxima. Já que desta vez não temos Seguro...