DESCREDITO !
Por uma Política com crédito ! Fundadores: Pedro Sá e Mário Garcia Contactos: Pedro Sá sapedro@yahoo.com Marcelo Moniz mm.scmb@mail.telepac.pt Eurico Dias monsenhor@netcabo.pt Ary F. Cunha aryfcunha@gmail.com
terça-feira, dezembro 28, 2004
quinta-feira, dezembro 23, 2004
O PCP e o BE
Este é apenas mais um episódio do folhetim a que vamos assistir até às eleições, com a troca constante de galhardetes entre PCP e BE.
Isto é algo como..."Sou melhor parceiro de coligação do que tu". E que só prova a necessidade de uma maioria absoluta PS.
Em qualquer caso, este episódio em concreto apenas demonstra a total falta de credibilidade que o BE apresenta.
Eurocracia
É inacreditável a forma como a Comissão Europeia considera os direitos de autor mais importantes que o acesso à leitura e à ciência.
Muito triste !
Jantares
Se isto de facto é verdade, é uma demonstração da mais absoluta falta de pudor, falta de nível, falta de tudo !
Zita Seabra
Ao que parece, Zita Seabra será cabeça de lista do PSD no distrito de Setúbal.
Num distrito claramente de esquerda, não me parece que ela seja um valor acrescentado, para mais porque toda a esquerda a vê com péssimos olhos...
Inglês no 1º Ciclo
O PS primeiro, e o PSD depois, avançam na direcção da introdução da língua inglesa nos currículos do 1º ciclo do Ensino Básico.
Já aqui manifestei as minhas dúvidas quanto à necessidade disso, principalmente porque me parece mais aconselhável que primeiro os jovens estudantes falassem e escrevessem correctamente português.
Mas mais importante que o inglês mais cedo ou mais tarde, seria apostar-se claramente no ensino do espanhol e do alemão como segunda língua estrangeira, em detrimento do francês. Por razões óbvias !
quarta-feira, dezembro 22, 2004
A Propaganda
Sobre o tal caderno supostamente explicativo, aqui deixo algumas notas:
1. Não sei exactamente em que jornais ele foi anexo, mas não me parece que o habitual leitor do jornal diário o vá ler, farto que está dos inefáveis suplementos dos centros comerciais e do golfe. Provavelmente, deitá-lo-á fora directamente sem sequer ver o que se passa.
2. Muita da opinião pública sabe perfeitamente distinguir o que é propaganda. E aqueles que supostamente poderiam ser convencidos reservam os seus momentos de leitura para A BOLA, para o RECORD e para O JOGO.
3. Eu até me inclino para acreditar que esta operação de propaganda estivesse planificada antes da dissolução da Assembleia da República. Toda a obsessão propagandística já existia antes, e este seria apenas mais um parafuso na engrenagem.
Conclusão:
Erro político evidente do Governo. Sujeita-se a fáceis críticas, sem retirar daí quase quaisquer dividendos.
terça-feira, dezembro 21, 2004
Co-Incineração
João Pedro Freire acusa José Socrates de, ao continuar a defender a solução da co-incineração para os resíduos sólidos perigosos, revelar «falta de capacidade para o diálogo e para se aceitar a participação cidadã. Não revela nem firmeza de principios nem defesa do chamado interesse nacional. Revela, isso sim, teimosia!»
Não podia estar em mais completo desacordo.
O processo da co-incineração foi conduzido, na altura pelo Ministro do Ambiente José Sócrates, com toda a responsabilidade, e graças à demagogia da oposição da altura, os resíduos industriais continuam por tratar neste País.
Os verdadeiros atentados ambientais já lá estavam e lá continuam: as cimenteiras de Souselas e do Outão, esta última em pleno Parque Natural da Arrábida.
Quando foi nomeada a Comissão Científica independente para dar o parecer sobre qual a melhor solução para este problema, todos prometeram confiar na solução que seria proposta. O que, obviamente, não aconteceu.
Ironicamente, as tranformações que as cimenteiras iriam sofrer para que a co-incineração fosse adoptada, nomeadamente ao nível dos filtros, iriam mesmo melhorar a qualidade ambiental do ar em Souselas e Outão.
Mais uma vez, o medo e a ignorância, fomentados pela demagogia, transforma-se numa espécie de obscurantismo. E os resíduos sólidos perigosos são, em boa parte, exportados para o estrangeiro (quem está a ganhar com este negócio?).
E, muitas vezes, a chamada participação cidadã resume-se a meia dúzia de pessoas mobilizadas para os directos dos telejornais...
segunda-feira, dezembro 20, 2004
INEM
Verdadeiramente patético. A única explicação possível para o facto de Santana Lopes ter consigo 24 horas por dia uma unidade de cuidados intensivos do INEM é julgar que pode ser alvo de um atentado a qualquer momento. O que não faz qualquer sentido.
Mas não é nada que deva espantar. O aparato de segurança que rodeia o Primeiro-Ministro é típico de alguém paranóico.
Outra coisa que não devemos esquecer é que não seria de espantar se o PSD simulasse, durante a campanha eleitoral, uma tentativa de atentado...
Desonestidade Total
Aproveitar o actual momento político para defender a monarquia apenas pode ser qualificado como desonestidade.
Sousa Cardoso parece esquecer-se que em monarquia o único regime admissível é o puramente parlamentar, no qual a iniciativa de dissolução cabe ao Primeiro-Ministro, cujos poderes são manifestamente assim ampliados.
Notas Clarificadoras
1. Aplauda-se o post de Daniel Oliveira, "4 Nãos, 1 Sim", em nome da clarificação. Traduzindo para português: o BE apenas estará disponível para fazer parte de um Governo quando tiver mais votos que a CDU.
2. Paulo Gorjão está correctíssimo quando se refere à moderação que o PCP tem evidenciado. Falta apenas acrescentar que mais uma vez a comunicação social discrimina o PCP e sobrevaloriza o BE.
quinta-feira, dezembro 16, 2004
Ao contrário de Fátima Bonifácio, não me parece que os professores sejam seres especiais que mereçam uma deferência particular. Toda a gente merece o mesmo respeito e deferência.
E, como aqui já disse por várias vezes, não compartilho nem da tese bloquista de um ensino de cariz lúdico, nem da tese muito em voga glorificadora do estoicismo. O bom senso implica que se criem as melhores formas, dentro dos quadros de referência existentes (nomedamente quanto ao tempo, objectivos e condições), de que os estudantes possam compreender a matéria.
Por falar em compreender, é verdadeiramente espantoso como é que uma professora universitária faz a apologia do decorar em vez do compreender. Será que de facto Fátima Bonifácio não compreende nada e apenas decora ?
quarta-feira, dezembro 15, 2004
Inqualificável
Se isto é verdade, estaremos perante a alienação de um edifício com enorme valor histórico, como exemplo da arquitectura do período inicial do Estado Novo.
Um perfeito escândalo !
Jovens e Álcool
Ao que parece, os jovens portugueses são muito menos propensos às bebedeiras que a média dos jovens europeus.
Eu bem que me parecia que o número de straight-edgers e de fanáticos do saudavelmente correcto aumentara significativamente...
Os Bispos e as Eleições
Se isto não é um apelo a que os católicos não votem PSD, pergunto-me eu o que é que será...
Comistro Derrotado
Com a devida vénia ao Filipe Nunes, cito o inefável Luís Delgado:
«Eles hoje selaram a derrota»
sobre a conferência de imprensa de Santana Lopes e Paulo Portas, ontem na SIC-Notícias
terça-feira, dezembro 14, 2004
A Venda da Banha da Cobra
Paulo Portas já (se) tinha decidido, com aquela máscara de seriedade, sentido de Estado (tipo 'prisão de ventre') com que fala para as televisões.
Não ia falar antes de ouvir a declaração do Sr. Presidente da República, mas já tinha indiciado a vontade de fazer listas separadas, nas referências que foram sendo feitas ao Congresso do PSD.
Por seu turno, Santana Lopes também já tinha anunciado a ideia de construir uma plataforma alargada, fazendo constar a intenção de nela incluir o PP e, quiçá, o PPM, numa verdadeira AD, digna de conjurar o espírito de Sá Carneiro para a campanha eleitoral.
Depois disso, seguiu-se a novela de namoro entre Portas e Santana, Paulo e Pedro, para decidirem de uma vez por todas a elaboração ou não de listas conjuntas, mantendo a actual coligação de direita.
Durante uma semana, as fontes bem informadas de ambos os partidos foram confirmando as duas soluções, no que acabou por ser um 'casa, separa, casa, separa, casa, separa: logo não casa' (à Jô Soares).
O que estiveram os líderes dos dois partidos a discutir durante quase uma semana?
A elaboração de um programa conjunto que reflectisse as posições dos dois partidos?
O balanço dos 4 meses de governação?
Quais as reformas estruturais a apresentar aos portugueses?
Nada disso.
Estiveram a estudar sondagens, para perceber se seria mais vantajoso:
Por um lado, a apresentação de listas conjuntas, permitiria aproveitar a aplicação do método de hondt na distribuição de deputados em cada círculo eleitoral, correndo o risco de perder votos ao centro;
A alternativa, listas separadas, procurando a optimização de cada um dos respectivos eleitorados tradicionais, e permitindo ao PSD virar ao famigerado 'centrão'.
(Claro que a solução óptima seria a apresentação de listas separadas a Norte do Mondego, e de listas conjuntas no Sul.)
E porquê tanta sondagem e todo este calculismo?
Ao que consta, para evitar que o PS venha a obter a maioria absoluta nas próximas eleições!!!!
Com tantas contas para fazer, não admira que Santana Lopes não tenha tido tempo de receber em audiências separadas o PCP e os Verdes.
Parece que, afinal, Paulo Portas já tinha mesmo decidido, e PP/CDS PPD/PSD vão apresentar listas separadas, mas em conjunto, com a promessa eleitoral de nova coligação pós-eleitoral.
Se há políticos capazes de explicar com um ar sério e convicto todas estas trapalhadas e contradições, eles chamam-se exactamente Santana Lopes e Paulo Portas.
O PS, a Maioria Absoluta e o BE
Depois de ler isto e isto, concluo que:
- o BE está interessadíssimo em fazer parte do Governo;
- alguns sectores do PS (exacto, aqueles que gostam mais do BE que do seu próprio partido) vão fazer tudo para tentarem impedir José Sócrates de conseguir uma maioria absoluta;
- sabendo-se que o PS vai ganhar as eleições, também será do interesse de Sócrates agitar esta possibilidade, tendo em vista uma maior mobilização também de certas áreas da indústria, comércio e finança no sentido de garantir essa maioria.
segunda-feira, dezembro 13, 2004
O PS e as SCUT
Paulo Gorjão critica José Sócrates por este ter defendido o modelo das SCUT.
Não nos enganemos, entretanto. Certamente que, com as excepções da A22 e da A23, todas as restantes auto-estradas que foram projectadas para serem exploradas em modelo SCUT terão portagem.
A dúvida, entretanto, fica: irá o PS defender a suspensão das portagens na CREL até à conclusão da CRIL, o que, aliás, corresponde a um mínimo de bom senso ?
sábado, dezembro 11, 2004
Sampaio Falou ao País. Santana Parece que Percebeu Finalmente...
Jorge Sampaio dirigiu-se ontem ao País, explicando as razões que o levaram a dissolver a Assembleia da República.
No seu discurso, o Presidente da República foi bastante claro, tendo confirmado tudo aquilo que os portugueses puderam assistir nos últimos 4 meses. O ponto alto desta explicação, que terá porventura levado à latente demissão de Santana Lopes, terá sido o seguinte:
«Entretanto, desde a posse do XVI Governo Constitucional, e depois de lhe ter assegurado todas as condições necessárias para o desempenho da sua missão, o País assistiu a uma série de episódios que ensombrou decisivamente a credibilidade do Governo e a sua capacidade para enfrentar a crise que o País vive.
Refiro-me a sucessivos incidentes e declarações, contradições e descoordenações que contribuíram para o desprestígio do Governo, dos seus membros e das instituições, em geral. Dispenso-me de os mencionar um a um, pois são do conhecimento do País.
A sucessão negativa desses acontecimentos impôs uma avaliação de conjunto, e não apenas de cada acontecimento isoladamente. Foi essa sucessão que criou uma grave crise de credibilidade do Governo, que surgira como um Governo sucedâneo do anterior, e relativamente ao qual, por conseguinte, as exigências de credibilidade se mostravam especialmente relevantes, e, como tal, tinham sido aceites pelo primeiro-ministro. Aliás, por diversas vezes e por formas diferentes, dei sinais do meu descontentamento com o que se estava a passar.»
O recém- promovido a Vice-Presidente do PSD, Vítor Cruz, que ainda não percebeu porque perdeu as eleições Regionais dos Açores, conseguiu reagir para as televisões 1 minuto depois, seguindo o livro de estilo PSD-PP para a actual conjuntura: Antes de insultar Jorge Sampaio, começar cada frase com 'respeitamos a decisão do Sr. Presidente da República'.
Mas a legitimidade 'profunda' da decisão agora tomada por Sampaio advém dessa altura: Durão Barroso demitiu-se, e os portugueses não haviam votado em Santana Lopes para 1º Ministro (alguns votaram, mas para Presidente da Câmara de Lisboa).
Mas, não havia necessidade...
sexta-feira, dezembro 10, 2004
Ainda há quem assim seja
Uma leitora do PÚBLICO vem criticar um anúncio televisivo, vindo defender os meninos de coro.
Ora, é tão digno ser-se menino de coro como qualquer outra coisa. Contudo, não posso aceitar que Marie-France defenda que a música erudita é que é, e passo a citar, "música a sério", como se todas as restantes expressões musicais fossem expressões menores, o que é evidentemente inaceitável.
Também não é aceitável a ideia da mesma leitora pela qual "o que é bom e bonito é fruto de sacrifício". Já é mais que tempo de a glorificação do sacrifício e do penoso ser expurgada de uma vez por todas.
Táctica
António Mexia é o coordenador do programa eleitoral do PSD.
Obviamente, espera-se com isso agradar aos empresários com medidas claramente em seu benefício, numa conjuntura em que aqueles não acreditam em Santana Lopes.
quinta-feira, dezembro 09, 2004
Acerca de um Tal de Ainda-Ministro de Estado
Morais Sarmento veio hoje acusar Jorge Sampaio de «imaturidade política» ao ter dissolvido o Parlamento, apelidando-o de «caudilho».
Quem é Morais Sarmento para tecer considerações sobre Democracia?
Quem é este senhor para se referir nestes termos a um democrata como Jorge Sampaio?
Onde estava Morais Sarmento quando Sampaio lutava pela Democracia?
Quando Morais Sarmento é Ministro de Estado de Portugal, isso mostra bem a que estado chegou o Governo.
Entretanto, em Belém, Dias Loureiro continua a afirmar que o seu partido respeita a decisão do Presidente da República, e que Jorge Sampaio não é o adversário político do PSD.
Em consonância com os actuais dirigentes do CDS-PP, os seus congéneres do PSD não percebem porém as razões que levaram à decisão da dissolução da Assembleia da República. O que não evitou que o ainda-Ministro Álvaro Barreto desmentisse hoje o ainda-Ministro Paulo Portas acerca do contrato com a Bombardier, anunciado ontem por este último com gala e circunstância (ou não estivesse já em campanha eleitoral).
São estadistas com a «maturidade política» de Santana Lopes, Morais Sarmento, Gomes da Silva, José Luís Arnaut, Nuno Melo, Guilherme Silva, Pires de Lima e tantos outros que ninguém conhece (apesar de serem Ministros e Secretários de Estado) que não entendem nem se entendem.
Se realmente ainda não perceberam, alguma vez entenderão?
Colgiação ?
Se isto for verdade, aguardo serenamente pela hora em que Paulo Portas romperá a coligação, com os habituais pretextos de falta de lealdade da outra parte.
Aliás, se Portas insistir na coligação até ao fim está a cometer um grosseiro erro político.
Verdadeiramente lamentável
Este artigo de Pedro Strecht.
Para além de consubstanciar uma visão do mundo cuja consequência é a existência de crianças cada vez mais mimadas (no pior sentido) e superprotegidas, completamente ignorantes das realidades do mundo (Já cá faltava a visão pseudo-idílica, e com enormes laivos de salazarismo, de que se é feliz quando se é ignorante...),
O conhecido pedopsiquiatra defende, na prática, a censura à "sexualidade fragmentada dos afectos". Ora, a sexualidade fragmentada dos afectos existe, existiu e existirá. E é tão legítima e admissível como a acompanhada de afectos. Mais uma vez, portanto, temos os conservadores a quererem impor o seu diktat supostamente moralista sobre todos os outros. Não se recomenda, portanto.
terça-feira, dezembro 07, 2004
A Encomenda a Guilherme Silva
Mas Guilherme Silva falou ontem como líder da bancada Parlamentar do PSD, no encerramento da discussão do Orçamento de Estado para 2005, pelo que insultar gravemente o Presidente da República não será propriamente salutar.
Até foi surpreendente que Mota Amaral, normalmente tão zeloso do protocolo e das boas práticas Parlamentares, não tenha admoestado Guilherme Silva pelos termos graves com que se referiu ao Presidente da República.
Ao atacarem desabridamente a decisão tomada por Jorge Sampaio de dissolver a Assembleia da República e, consequentemente, o Governo Santana Lopes, Guilherme Silva, Santana Lopes e seus sequazes vão querer que os portugueses esqueçam as várias questões essenciais:
Este Governo PSD-PP começou há dois anos e meio.
Quando Durão Barroso decidiu ir para Bruxelas, a decisão de Jorge Sampaio em aceitar a indicação de Santana Lopes como 1ºMinistro teve como pressupostos a manutenção da estabilidade governativa, nomeadamente na continuidade das políticas.
Assim, este Governo não foi eleito há quatro meses.
Defender que não foi dado tempo suficiente a Santana Lopes para governar é reconhecer que, afinal, a continuidade governativa nunca existiu.
Além disso, em quatro meses o Governo Santana Lopes conseguiu criar uma impensável quantidade de situações absurdas, irresponsáveis e caricatas, algumas das quais verdadeiras ameaças ao próprio Estado Democrático, como por exemplo a tentativa de pressão e controlo da comunicação social (porque razão não passou ontem nos telejornais o excelente discurso de José Sócrates na Assembleia da República?).
Nas próximas eleições, o PSD e o PP vão ter de prestar contas sobre dois anos e meio de governação, com Durão Barroso, Santana Lopes, Bagão Félix e Manuela Ferreira Leite, cujos resultados estão bem à vista: aumento brutal do desemprego, manutenção do famoso défice orçamental acima dos 5% do PIB, ultrapassagem do limiar de 60% do PIB da dívida pública, destruição do sistema de Segurança Social, início da destruição do Sistema Nacional de Saúde, e o caos generalizado em todos os sectores, menos no sector bancário (que agradeceu e estará de braços abertos para receber os futuros ex-membros do Governo).
Nas próximas eleições, o PSD vai ter de defender o seu candidato a 1ºMinistro, Santana Lopes, que se tem recentemente distinguido pela sua elevada pose de estadista, mas também Paulo Portas, o factor de «competência e estabilidade».
Entretanto, Guilherme Silva, formado politicamente naquele regime democrático exemplar que é a Região Autónoma da Madeira, deverá voltar a ler a Constituição. Ou perguntar por que lhe pediram para fazer aquele discurso.
7 de Dezembro de 1924
PARABÉNS, Camarada Mário Soares !
Viva a Democracia !
Viva a República !
Viva Portugal !
Demagogia
O Primeiro-Ministro ataca o PS por "fazer sessões políticas nos melhores hotéis". Como se algum partido do quadro parlamentar não o fizesse.
Mas fica dado o mote. Vem aí a campanha eleitoral mais suja de que há memória. Não duvidem que Santana Lopes apelará continuadamente aos sentimentos mais sujos e mesquinhos.
O povo português, ainda que por vezes transpareça desses sintomas, não costuma perdoar tanta irresponsabilidade. Esperemos que em Fevereiro a correspondente vassoura faça o seu papel.
Frustrado
É como Guilherme Silva vai ficar. Não pense o líder parlamentar do PSD que alguma vez lhe vai ser permitida a transformação do nosso sistema político num regime parlamentar puro.
segunda-feira, dezembro 06, 2004
Sinceramente...
Ao contrário do que diz Mário Pinto, parece-me ser possível discordar da existência do modelo de sistemas públicos sem que se lhes chame soviéticos...
Claro que essa qualificação tem um objectivo claro: na pior tradição da direita portuguesa, qualificar como traidor quem, como por exemplo os poucos verdadeiros democratas-cristãos que ainda existem, defende o modelo social europeu.
sexta-feira, dezembro 03, 2004
quinta-feira, dezembro 02, 2004
A 'Surpresa'
A Capital noticia hoje que «a decisão do Presidente da República de convocar eleições não foi, como quis dar a entender o Governo, uma surpresa para Santana Lopes», uma vez que esse aviso foi logo feito por Jorge Sampaio no encontro de segunda-feira. Tendo solicitado ao 1º Ministro uma solução de estabilidade, «o Presidente percebeu que a solução de Santana Lopes não era mais que apresentar-lhe um substituto de Henrique Chaves na pasta do Desporto e que o primeiro-ministro não tinha percebido, ou não queria perceber, o alcance das suas preocupações».
A 'surpresa' de Santana Lopes à saída de Belém, com os ataques a Jorge Sampaio no pleno respeito da sua decisão, foi apenas o início da campanha de vitimização que Santana Lopes se prepara para levar a cabo nos próximos meses.
Porém, Paulo Portas foi também rápido a iniciar a sua campanha eleitoral. Com o slogan «Competência e Estabilidade», a sugerir implicitamente que foram os Ministros do PP os mais competentes e que foi o PP o garante da estabilidade, Paulo Portas lembra o Congresso do PSD para anunciar que o seu partido irá, naturalmente, sozinho a votos.
Mais tarde, o Vice-Presidente do PSD, Rui Rio mantinha em aberto a possibilidade de listas conjuntas com o PP! Não tinham já conversado os líderes dos dois partidos sobre este assunto?
Como será a campanha eleitoral entre os dois partidos?
«Nós é que temos bons Ministros!»
«Não, nós é que temos!»
«Nós é que garantimos a estabilidade!»
«A estabilidade somos nós!»
Excelente
Decididamente, os congressos do PSD estão a tornar-se um bocadinho previsíveis: há um líder com mais de dois terços, há um crítico a apostar no futuro e, no fim, o Dr. Luís Filipe Menezes acaba sem lugares na direcção.
Filipe Nunes, mais uma vez acertando na mouche.
Portas
Ao contrário do que considera Paulo Gorjão, quando Paulo Portas diz que o CDS-PP foi um parceiro estável de coligação não está a piscar o olho ao PS, mas ao eleitorado PSD que nunca na vida votará Santana...