terça-feira, dezembro 21, 2004

Co-Incineração


João Pedro Freire
acusa José Socrates de, ao continuar a defender a solução da co-incineração para os resíduos sólidos perigosos, revelar «falta de capacidade para o diálogo e para se aceitar a participação cidadã. Não revela nem firmeza de principios nem defesa do chamado interesse nacional. Revela, isso sim, teimosia

Não podia estar em mais completo desacordo.

O processo da co-incineração foi conduzido, na altura pelo Ministro do Ambiente José Sócrates, com toda a responsabilidade, e graças à demagogia da oposição da altura, os resíduos industriais continuam por tratar neste País.

Os verdadeiros atentados ambientais já lá estavam e lá continuam: as cimenteiras de Souselas e do Outão, esta última em pleno Parque Natural da Arrábida.

Quando foi nomeada a Comissão Científica independente para dar o parecer sobre qual a melhor solução para este problema, todos prometeram confiar na solução que seria proposta. O que, obviamente, não aconteceu.

Ironicamente, as tranformações que as cimenteiras iriam sofrer para que a co-incineração fosse adoptada, nomeadamente ao nível dos filtros, iriam mesmo melhorar a qualidade ambiental do ar em Souselas e Outão.

Mais uma vez, o medo e a ignorância, fomentados pela demagogia, transforma-se numa espécie de obscurantismo. E os resíduos sólidos perigosos são, em boa parte, exportados para o estrangeiro (quem está a ganhar com este negócio?).

E, muitas vezes, a chamada participação cidadã resume-se a meia dúzia de pessoas mobilizadas para os directos dos telejornais...


1 Comentários:

Às 10 dezembro, 2009 18:34 , Blogger Vítor Ramalho disse...

(05 do que é co-incinerado pode ser reciclado ´para os outros 205 defendemos o recurso à pirólise.
Parce-me que o erro está do lado do governo e não de quem é contra a co-incineração.

 

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