Sampaio Falou ao País. Santana Parece que Percebeu Finalmente...
Jorge Sampaio dirigiu-se ontem ao País, explicando as razões que o levaram a dissolver a Assembleia da República.
No seu discurso, o Presidente da República foi bastante claro, tendo confirmado tudo aquilo que os portugueses puderam assistir nos últimos 4 meses. O ponto alto desta explicação, que terá porventura levado à latente demissão de Santana Lopes, terá sido o seguinte:
«Entretanto, desde a posse do XVI Governo Constitucional, e depois de lhe ter assegurado todas as condições necessárias para o desempenho da sua missão, o País assistiu a uma série de episódios que ensombrou decisivamente a credibilidade do Governo e a sua capacidade para enfrentar a crise que o País vive.
Refiro-me a sucessivos incidentes e declarações, contradições e descoordenações que contribuíram para o desprestígio do Governo, dos seus membros e das instituições, em geral. Dispenso-me de os mencionar um a um, pois são do conhecimento do País.
A sucessão negativa desses acontecimentos impôs uma avaliação de conjunto, e não apenas de cada acontecimento isoladamente. Foi essa sucessão que criou uma grave crise de credibilidade do Governo, que surgira como um Governo sucedâneo do anterior, e relativamente ao qual, por conseguinte, as exigências de credibilidade se mostravam especialmente relevantes, e, como tal, tinham sido aceites pelo primeiro-ministro. Aliás, por diversas vezes e por formas diferentes, dei sinais do meu descontentamento com o que se estava a passar.»
O recém- promovido a Vice-Presidente do PSD, Vítor Cruz, que ainda não percebeu porque perdeu as eleições Regionais dos Açores, conseguiu reagir para as televisões 1 minuto depois, seguindo o livro de estilo PSD-PP para a actual conjuntura: Antes de insultar Jorge Sampaio, começar cada frase com 'respeitamos a decisão do Sr. Presidente da República'.
Mas a legitimidade 'profunda' da decisão agora tomada por Sampaio advém dessa altura: Durão Barroso demitiu-se, e os portugueses não haviam votado em Santana Lopes para 1º Ministro (alguns votaram, mas para Presidente da Câmara de Lisboa).
Mas, não havia necessidade...
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