Isto seria o desinvestimento total e a garantia que o ensino superior voltava a ser só para alguns.
Os que me são mais próximos sabem que sou por princípio contra quaisquer propinas no ensino superior público, pela simples razão que os restantes graus de ensino serem gratuitos e o superior não equivale a considerar este último como um luxo, coisa com a qual não posso concordar.
Aliás, uma das medidas que gostaria de decretar a longo prazo seria a da proibição da concessão de trabalho a quem não tivesse um diploma de ensino superior.
Em qualquer dos casos, a questão por trás dos elementos de facto é outra. Cresce-se cada vez mais tarde, o que em rigor é bom sinal porque apenas significa que o país está mais desenvolvido. Mas que traz coisas negativas: quando frequentei a universidade, as desistências (poucas) deviam-se a, cedo na licenciatura, as pessoas verificarem que aquele não era o caminho que pretenderiam seguir. Ultimamente, sei de duas pessoas que desistiram da licenciatura por acharem o curso muito difícil. Ao que isto chegou...
Não se obnubile, em qualquer caso, que os números estão por natureza muito inflaccionados tendo em conta aquilo que sabemos que acontece em muitas faculdades essencialmente na área da engenharia. Que são mudanças de curso em que pouco ou nada do que está feito se perde.
E, claro, se o ressabiado António Barreto não apresentasse uma perspectiva catastrófica é que eu ficaria admirado...