Sinceramente Paulo...
Isto seria o desinvestimento total e a garantia que o ensino superior voltava a ser só para alguns.
Os que me são mais próximos sabem que sou por princípio contra quaisquer propinas no ensino superior público, pela simples razão que os restantes graus de ensino serem gratuitos e o superior não equivale a considerar este último como um luxo, coisa com a qual não posso concordar.
Aliás, uma das medidas que gostaria de decretar a longo prazo seria a da proibição da concessão de trabalho a quem não tivesse um diploma de ensino superior.
Em qualquer dos casos, a questão por trás dos elementos de facto é outra. Cresce-se cada vez mais tarde, o que em rigor é bom sinal porque apenas significa que o país está mais desenvolvido. Mas que traz coisas negativas: quando frequentei a universidade, as desistências (poucas) deviam-se a, cedo na licenciatura, as pessoas verificarem que aquele não era o caminho que pretenderiam seguir. Ultimamente, sei de duas pessoas que desistiram da licenciatura por acharem o curso muito difícil. Ao que isto chegou...
Não se obnubile, em qualquer caso, que os números estão por natureza muito inflaccionados tendo em conta aquilo que sabemos que acontece em muitas faculdades essencialmente na área da engenharia. Que são mudanças de curso em que pouco ou nada do que está feito se perde.
E, claro, se o ressabiado António Barreto não apresentasse uma perspectiva catastrófica é que eu ficaria admirado...
11 Comentários:
Caro Pedro,
Não, não seria. O Estado poderia, por exemplo, restituir aos pais o investimento feito nos seus filhos em caso de bom aproveitamento escolar. Apenas e só em caso de bom aproveitamento escolar. Poderia, igualmente, criar linhas de crédito em que o Estado, uma vez mais, assumiria os custos apenas e só em caso de bom aproveitamento escolar. Enfim, há mile uma maneiras de penalizar quem anda a ocupar espaço de ânimo leve numa universidade e premiar aqueles que se aplicam.
Um abraço,
A ocupação de espaço de ânimo leve numa universidade é em si mesma uma consequência inelutável do desenvolvimento social e educativo.
E não me parece que haja volta a dar-lhe.
Mas digo-lhe mais uma vez Paulo, nunca confie muito no que diz António Barreto, que se acha um suprasumo e está ressabiado contra tudo e todos por não ter aquilo que julgava merecer.
"Aliás, uma das medidas que gostaria de decretar a longo prazo seria a da proibição da concessão de trabalho a quem não tivesse um diploma de ensino superior."
Viva Proibir, proibir! E votar podem? E ter filhos?
lucklucky
Não vamos comparar votar com trabalhar pois não ?
Quanto a ter filhos, é apenas uma opção da vida de cada um, completamente estranha ao Estado.
Francamente. A sua empregada de casa tb teria licenciatura ou seria uma trabalhadora ilegal?
Ao que isto chegou. Melhor, melhor só mesmo o "admirável mundo novo" onde as pessoas, perdão, as "coisas", eram concebidas por planeamento dos cidadãos alfa, que as programavam genéticamente para as diversas funções necessárias ao bom funcionamento da sociedade perfeita. Nem precisavam de estudar nada; as pessoas, perdão, as "coisas" que trabalhassem nos esgotos nasciam já com uma apetênica e gosto pela profissão que nada mais ambicionavam. A única coisa de jeito desse admirável mundo novo eram as doses de "soma" que todos deviam tomar.
Pelos vistos você já torrou os seus neurónios com algo parecido e diz barbaridades destas!!
t'arrenego, amostra de humano!!!
Oh Pedro você nasceu parvo ou tem treinado para isso...
Proibir, proibir, proibir! Muito se gosta de usar o Estado para mandar na vida de todos.
Parabéns. Acabas de escrever o post mais estúpido da blogosfera nacional em 2006. Acho que te deve ser dado um prémio, por exemplo um balde cérbero para meteres no sítio onde está actualmente uma uma montanha de merda.
Camarada Sá,
De todas as coisas estúpidas que disse essa deve ter sido a mais estúpida. E olhe que o desafio não era pequeno...
Pedro, mais uma ideia: escolaridade obrigatória até aos 30. E cidadania só a partir daí, claro.
Em primeiro lugar, fico perplexo com o miserabilismo de quinta categoria que estes comentários demonstram. Uma falta de ambição atroz. Uma resignação absoluta numa sociedade medíocre. Etc.
Em segundo lugar, quem já leu textos meus sobre imigração ilegal sabe o que defendo sobre isso. Sou totalmente contra processos de legalização de quem está ilegal, pois eles acabam por premiar quem conscientemente cometeu uma ilegalidade.
Em terceiro lugar, consequência do que defendo é obviamente não ser permitida a imigração de pessoas sem as devidas qualificações.
E, António, escolaridade obrigatória até aos 30 é absurdo (para não falar da cidadania, que é algo com que se nasce). É pura e simplesmente a obrigatoriedade da obtenção de uma licenciatura para poder trabalhar em Portugal. E em nenhum lado me viram escrever que defendo a implementação de uma medida destas por agora ou em tempo minimamente expectável.
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