Uma vez que o Pedro Sá entrou de férias, senti a obrigação de voltar a blogar.
E escrevo a propósito da repetição dos exames que foram a debate hoje no Parlamento.
Não sendo parte interessada na matéria (nem professor, nem aluno, nem funcionário do Ministério), nem sabendo mais sobre este assunto do que tem vindo a lume na comunicação social, procurei ouvir a intervenção da Ministra da Educação (algo que mais ninguém fez no Hemiciclo). E que, apesar de tudo, fez sentido. Ou seja, julgo ter percebido a razão da repetição dos exames em causa - aqueles onde a coexistência de programas diferentes para a mesma disciplina provocou resultados médios finais diferentes, cuja correlação põe em causa a igualdade de condições de acesso ao Ensino Superior. Um assunto técnico que compete ao Ministério da Educação avaliar e resolver.
Mas então qual a razão de ser deste debate de urgência?
Acompanhar a actividade do Governo?
Satisfazer o lobí dos professores com a cabeça da Ministra?
O tom e os termos utilizados para interrogar e acusar a Ministra nada tiveram a ver com o tema do debate. Em nome do suposto futuro dos jovens candidatos universitários, tudo valeu para insultar a Ministra. Longe vão os tempos em que com inteligência, argumentação e argúcia se arrasavam adversários políticos.
Neste exame sumário aos actuais Deputados, não admira que prevaleça o estilo tipo Nuno Melo e o silêncio tipo Paulo Portas.