quinta-feira, maio 31, 2007

Er...

O que eu considero inacreditável neste post é o seu autor não se manifestar contra aquilo que é evidentemente revoltante:

- A produtividade ser medida pela ausência de faltas;

- Quem falta por razões que não lhe são imputáveis perder desde logo o direito ao prémio, naquilo que é uma total subversão de todos os princípios mais básicos do nosso Direito do Trabalho.

quarta-feira, maio 30, 2007

Sete razões para não fazer greve

Em resposta ao Daniel Oliveira, entendo importante ter em conta que:

1. A existência de uma taxa de desemprego eventualmente a mais alta da História recente é apenas uma desculpa. Aliás, em bom rigor o número do desemprego deveria subir e bem antes de descer sustentadamente, pois o que menos faltam por aí são empresas sem qualquer possibilidade de terem efectiva viabilidade, e que sustentam o subemprego.
Em qualquer país do Mundo, um Governo de Esquerda tem a qualificação como a primeira prioridade. Defender um pleno emprego baseado em subemprego e em trabalho não qualificado é defender o miserabilismo e a estagnação. Aliás, isso é defender um falso pleno emprego, que só serve a meia dúzia de gente complexada e aos marxistas, aqueles que ainda defendem a doutrina política que mais mortos trouxe ao mundo.
Para além disso, as pessoas em casa não gastam mais do que aquilo que têm, em princípio. O Estado infelizmente gasta, e este Governo até peca por pouco ambicioso: exigia-se inclusivamente o corte radical ou mesmo total no investimento público, para além de efectivas dispensas e em grande número na função pública (o que é permitido pela Constituição, ao contrário do que dizem alguns). O objectivo tem de ser défice zero, e para já menos que isso até, porque há que pagar aquilo que se deve.
De resto, dizer que Sócrates tem esse discurso é mentiroso e ofensivo. Mas outra coisa não seria de esperar da extrema-esquerda que, em cada Governo PS, nada mais faz do que atirar a cassette das políticas de direita. Em circunstância alguma qualquer dos membros do Governo disse qualquer coisa nesse sentido, aliás dizê-lo seria uma heresia ideológica.
O que é essencial primeiro é colocar as contas públicas na ordem, coisa na qual este Governo, repito, é brandíssimo.
Por outro lado, "direitos adquiridos" é uma expressão jurídica. E, claro, não existem direitos adquiridos. E quem trabalha por um regime estatutário sabe, ou deveria saber, que esses direitos podem ser retirados por via legislativa. Ou seja, nem o argumento das expectativas colhe.
Provavelmente para o Daniel o que era bom era subemprego à chinesa. Lamento, mas Portugal não desce a esse nível. Pelo menos com um Governo PS.

2. Não há paciência para esses complexos com os contratos de trabalho a termo. Eles existem, e as pessoas é que têm que saber viver com isso. A lei nessa matéria é equilibrada. E não queiramos comparar a situação de quem está a termo com a possibilidade de despedimento sem justa causa, porque isso não faz qualquer sentido.
Ah, chegamos ao fim do parágrafo e já sabemos o problema: as paranóias trotskistas da "emancipação", de quem se acha no direito de decidir o que é bom ou mau na vida privada das pessoas, e designadamente de quem se acha no direito de qualificar consequências para todos das opções privadas de cada um. Não há paciência para tanta falta de respeito junta. Aliás, se eu fosse agora aqui a contar de casados muito mais dependentes dos pais do que solteiros que vivem na casa destes...
E, por fim, o argumento da hierarquia de direitos por gerações é um profundo disparate para um lado e para outro, porque os direitos são de todos. Claro que o argumento mais disparatado vem do lado liberal, como pretexto para conseguir apoios para o seu programa de colocar todo o poder do lado dos empresários.

3. O que existia e existe é uma situação iníqua que se caracteriza por uma tremenda injustiça. Nada justifica qualquer tipo de separação de regime face ao regime geral do Código do Trabalho. E, aliás, permita-me corrigi-lo: a direita conservadora adora os miseráveis e os pobrezinhos. O que desde sempre entendi ser algo absolutamente é de esquerda é pôr um fim a todos os subsídios. Todos. Nem queiram saber o nojo que me mete caber aos impostos financiar na prática e na totalidade ou quase todas as actividades dos clubes desportivos e dos grupos de teatro, como se fossem algo de mais importante que a vida individual de cada um. A não ser que se opte por uma inaceitável e castradora visão colectivista da sociedade.
E já agora: socialistas somos nós do Partido Socialista. Não pense o BE que é dono da palavra socialismo, porque esta não lhe pertence. E não tenham a distintíssima lata de chamar liberais. O vosso regime de eleição é uma ditadura, e não pensem que tapam o sol com a peneira ao criticarem as ditaduras cubana e venezuelana. O marxismo é das piores coisas que já aconteceu ao mundo.

4. O argumento da relação entre os baixos salários e a segurança no emprego é definitivamente falso. Em primeiro lugar, porque o "emprego para a vida" é algo que vem da tradição europeia. Em segundo lugar, porque em Portugal desde 1976 (e bem) está consagrado o princípio da segurança no emprego, estando proibidos os despedimentos sem justa causa.
Mais uma razão para não se arranjarem quaisquer desculpas para beneficiar os trabalhadores do Estado face aos restantes.

Quando eu vir o BE concordar com alguma coisa de política económica vinda de qualquer outro partido político é que eu ficarei surpreendido. Para além disso, o sistema é sustentável, como Ferro Rodrigues e Vieira da Silva já provaram à exaustão.
E o argumento utilizado é demagogia: tudo serve de pseudo-argumento para dizer que os outros defendem os ricos e exploram os pobres. A obsessão marxista leva a estes disparates. O que não é aceitável é considerar o trabalho de uns mais digno do que outros, e os preconceitos ideológicos marxistas levam a sempre considerar o trabalho operário mais digno e relevante que os outros. Não posso é deixar de notar aquilo que é autoevidente, e daí deriva: a sistemática arrogância de qualquer operário quando se refere a qualquer outra profissão, ou no exercício dela face a qualquer outra pessoa, essa lógica pela qual "só quem é operário é que trabalha".

5. A redução do poder de compra é marca do Governo PSD/CDS. Não se tente sempre meter as culpas nos mesmos. Aliás, esses complexos de querer mandar nos outros são clássicos no BE: não sendo socialistas, acham que eles é que sabem o que um partido socialista deve fazer, não sendo católicos, acham que eles é que sabem o que a igreja católica deve fazer, etc., etc.
E sem arrumar a casa não há nada para ninguém. Para além disso, escusado será dizer que 1 mês de Governo BE significaria arruinar totalmente o País.
E se há algum responsável por a economia não crescer mais ele chama-se opinião publicada, chama-se comunicação social. Só se vê e lê pessoas a deitar abaixo tudo o que se faça. Tudo o que venha da função política directa ou indirectamente é logo sempre mau. As empresas não têm grande saída e a culpa é sempre dos outros, ah claro, do Governo, seja de que cor for. Etc. etc. O terrível hábito de procurar sempre um culpado externo para as desgraças em vez de se querer resolver os problemas. Etc. etc.

6. Isso é uma escandalosa mentira. E havia de me pôr a Ministro da Saúde para ver o que era encerrar serviços. Por muito importante que seja a Saúde, o Estado não pode gastar o que não tem. Ponto.
Mas enfim, quem não quer ver o que está à vista de toda a gente, é mesmo teimoso e não há nada a fazer. É marca dos Governos PS o aumento da qualidade e da eficiência dos serviços públicos. Querer destruir esses mesmos serviços é, pelo contrário, a marca do PSD no Governo.

7. A flexisegurança exigiria uma revisão constitucional que o PS nunca aceitará, tendo em conta o princípio constitucional da segurança no emprego. Para mais, significa colocar o brinde nas mãos das empresas e a fava nas mãos do Estado, logo de todos. Logo aí, é totalmente inaceitável.
Para mais, o subsídio de desemprego deveria desde já ser indexado ao salário mínimo, tendo em conta a sua função de apoio à sobrevivência e não de manutenção do nível de vida que a pessoa tinha anteriormente. E, por outro lado, apenas ser concedido por um período de 6 meses, mas nunca mais de 12. As pessoas têm que se mexer para fazer alguma coisa, procurar activamente emprego, formar uma empresa, não é serem consideradas vítimas e idiotas que são incapazes de fazer alguma coisa e que a culpa é dos outros e da sociedade. Não há pachorra para esse discurso estupidificador.
Por outro lado, dizer que Sócrates propõe a desregulação do mercado de trabalho sem qualquer garantia (de onde sem dúvida resultaria um desastre social) é pura e simplesmente mentira.

O país de facto está melhor. Tem um rumo em direcção ao equilíbrio das contas públicas e à garantia do Estado Social de Direito.
E, por outro lado, essas sete razões são a desculpa do BE, que não concordou com esta greve marcada por Carvalho da Silva para efeitos das lutas internas entre o PCP e o BE na CGTP, para não serem considerados fura-greves.

PS - É evidente que para certos e determinados serviços têm de existir serviços mínimos. É uma simples exigência do princípio da proporcionalidade, pois o direito à greve não pode colocar desproporcionalmente em causa os restantes direitos dos cidadãos !

Fascismo puro e duro

Aqui e aqui.

Ah, não. No segundo caso é mesmo estupidez e ignorância. Como se alguma vez um direito, liberdade e garantia fosse renunciável...

Não há paciência...

...para o populismo sensacionalista do Bloco.

De facto, só quem preenche esses dois qualificativos pode escrever esta barbaridade.

Os juízes do STJ limitaram-se a ter o mais elementar bom senso:

- de facto, é de senso comum que quanto mais nova a vítima, mais grave é o crime de pedofilia;

- não li o Acórdão, mas certamente que detectaram uma mentalidade do juiz a quo que se deixa impressionar pelo sensacionalismo social, algo que não pode acontecer com quem exerce essas funções.

Pura Demagogia

Aqui:

É tão fácil tentar manipular a favor da posição que se defende num quadro destes...as provas não têm nada a ver com qualquer tipo de avaliação, e o Ministério lá saberá quais os pontos essenciais que pretende aferir.

Tudo o resto é desonestidade.

Eu que sou insuspeito de gostar de Zapatero...

...não tenho a menor dúvida em qualificar este post, no mínimo, como fascista.

Antes pelo contrário...

Pedro:

Ao contrário do que dizes, o que me parece é que muito eleitorado se está borrifando para se determinado candidato tem a marca do partido ou não, votando no candidato que prefere dentro da área ideológica em que se revê.

O que, vistas bem as coisas, é pior ainda do que o que dizes.

segunda-feira, maio 28, 2007

Código do Trabalho

Exactamente, Paulo.

O Governo avança na direcção certa, para mais quando a única implicação económica de os despedimentos não serem livres são os custos de transacção. Ora, quanto mais agilizado o processo menos custos de transacção existirão.

E para além disso, sem esquecer o preceito constitucional que nunca será alterado porque obviamente o PS sempre se oporá a isso, liberalizar despedimentos seria uma autêntica catástrofe social. Imaginam, por exemplo, alguém a comprar casa num cenário desses ? No mínimo, seria uma atitude temerária...

Haja um mínimo de juízo...

Aqui está a voz insuspeita de Nobre Guedes.

Em qualquer caso, o Estado apenas deve estar preocupado em garantir direitos, e não com pessoas em concreto. Se alguém está em situação difícil e não preenche os requisitos legais para qualquer tipo de ajuda, paciência. Poucas coisas neste mundo são mais vis e aberrantes que a caridade.

segunda-feira, maio 14, 2007

Ele, racista ? Lá agora...

Paulo Portas ao que parece disse isto da Turquia:

«Trata-se de um estado laico, mas só porque tem uma tutela militar. Não é propriamente o regime político ideal para ser membro da UE. E se deixar de ter tutela militar passará a ser, mais década, menos década, um estado religioso.

Traduzindo para português: qualquer país em que a população é maioritariamente muçulmana tenderá sempre para ser um estado religioso, e o islamismo é por natureza contrário à democracia e tende sempre para o fundamentalismo.

Isto é racismo.

quinta-feira, maio 10, 2007

A falta de caracter que ja conhecemos

Traduzindo isto para portugues:

Queria a forca ser a candidata do partido so para ter poder, e percebendo que nunca o seria demite-se por birra so para querer fazer o partido perder.

Ou arranjou um pretexto para sair.

Por outras palavras: so nao digo o que realmente acho de Helena Roseta para nao ter em cima um processo judicial. Porque ela e tudo aquilo que voces pensem que eu acho dela e muito pior que isso. Pura e simplesmente, um nojo a todos os niveis. Ser presidente da ordem dos arquitectos so se pode explicar por esses profissionais terem (ingenuamente) pensado que poderiam levar avante varias coisas com alguem com peso politico.

quarta-feira, maio 02, 2007

EUROVISÃO 2007

Pois é caros amigos, esta sexta-feira vou para a Finlândia para participar na Eurovisão 2007. Desta vez também estarei a fazer cobertura jornalística, pelo que recomendo que vão seguindo os meus posts no ESCportugal e no Clube das Doce.

A semi-final será dia 10 de Maio...desta vez 28 países buscam um de 10 lugares na final de dia 12 (sempre às 20 horas portuguesas), onde já estão outros 14.

Passo assim à descrição das canções da meia-final:

1 - BULGÁRIA - Elica & Stojan - Water

Apesar do título a canção vai ser toda ela cantada em búlgaro, uma das duas línguas que vamos ouvir pela primeira vez no Festival, uma vez que nas suas anteriores participações a Bulgária sempre cantou em inglês.
Como diria o famoso comentador britânico Terry Wogan, this is very, very ethnic: o jovem Mitra anda pela margem...

À atenção dos rebarbados...9/10.

2 - ISRAEL - Teapacks - Push the Button

Cantada em inglês, francês e hebraico, este grupo digamos que...irónico faz directamente alusões à política externa iraniana, em ritmo ska. 6/10.

3 - CHIPRE - Evridikí - Comme ci Comme ça

Exacto, o Chipre vai cantar em francês, no regresso desta intérprete que já representou o seu país em 1992 e 1994, no último caso com uma canção a roçar a tragédia grega, a fabulosa "Ime Anthropos ki Ego".

Mas vamos ter...dance ! Exactamente, nada a ver. 7/10.

4 - BIELORRÚSSIA - Dmitriy Kaldun - Work Your Magic

Eu sei que sou suspeito a falar na Bielorrússia, mas esta canção é pura e simplesmente brilhante, a melhor da Eurovisão desde pelo menos 1997 ! Modernidade com um toque James Bond fazem dela, em meu entender, o favorito claríssimo para a vitória ! Se tudo correr bem, MINSK 2008 repleto de AVIADORAS eheheh :D 10/10 porque não posso dar mais. Em inglês.

5 - ISLÂNDIA - Eirikúr Hauksson - Valentine Lost

Primeira nota: lê-se Hôyksson. Uma balada de excelente qualidade, ao que ajudará (ou não) o aspecto de velho rocker do cantor. Como habitualmente, em inglês. 7/10.

6 - GEÓRGIA - Sopho Khalvashi - Visionary Dream

Uma estreia na Eurovisão e em inglês. Razoável, cheira é demasiado a imitação barata das canções mais recentes da Madonna no refrão. 5/10.

7 - MONTENEGRO - Stevan Faddy - Hajde kroći

A estreia deste jovem país na Eurovisão, na sua língua materna à qual chamam sérvio ou montenegrino consoante os nacionalismos e eu chamo croata por partilhar as diferenças básicas do croata face ao sérvio. Mas depois de uma final nacional péssima, não seria de esperar mais que uma canção rock deprimente. 2/10.

8- SUÍÇA - DJ Bobo - Vampires are Alive

Ainda se lembram nos anos 90 de eurodance hits como "Let the Dream come True" ou "Somebody Dance With Me" ? Pois é, ele está de volta e à Eurovisão (e em inglês) como uma canção muito nesse estilo. O problema é que quem viu uma performance ao vivo na TV alemã no mínimo qualificou-a como desastrosa...8/10 pela versão studio.

9 - MOLDÁVIA - Natalia Barbu - Fight

Em inglês, uma canção rock da actualidade. Eu gosto bastante. 8/10.

10 - PAÍSES BAIXOS - Edsilia Rombley - On Top of the World

Em inglês, mais um regresso da cantora que esteve no ESC 1998. Mas desta vez a canção é chata e monocórdica. 1/10, definitivamente.

11 - ALBÂNIA - Frederik Ndoci - Hear my Plea

Balada de conteúdo étnico em inglês, embora bastante aborrecida. Mas a sua alguma qualidade permite ainda assim receber o meu 3/10.

12 - DINAMARCA - DQ - Drama Queen

Em inglês como habitualmente, neste caso temos um travesti a cantar uma música mais bicha que o Cláudio Ramos. Se é relativamente agradável ao ouvido, olhar para a interpretação dá vómitos. 1/10.

13 - CROÁCIA - Dragonfly feat. Dado Topić - Vjerujem u ljubav

Em croata, ela acredita no amor. Mas isto é chato, é mau, é simplesmente a pior canção do ano. 1/10 para não dar zero.

14 - POLÓNIA - The Jet-Set - Time to Party

Em inglês, depois da pior canção do ano...a segunda pior ! Se o estilo MTV é mau, imaginem uma canção nesse estilo de má qualidade. 1/10 para não dar zero.

15 - SÉRVIA - Marija Šerifović - Molitva

A estreia da Sérvia depois da dissolução da união com o Montenegro. Balada tipicamente balcânica, em sérvio, e claramente a mulher mais masculina da noite. 7/10.

16 - REPÚBLICA CHECA - Kabát - Malá dáma

Estreia da República Checa em checo (embora a canção da Ucrânia em 2005 contivesse uma frase nessa língua). Extremamente parecido com Sisters of Mercy, logo bastante do meu agrado. 7/10.

17 - PORTUGAL - Sabrina - Dança Comigo

No Festival RTP o povo escolheu a música pimba por larga margem. Ora, para a Eurovisão a canção está menos pimba e mais latina, e sendo na sua quase totalidade em português vai ter um refrão em francês, espanhol e inglês. 5/10.

18 - MACEDÓNIA - Karolina Gočeva - Mojot svet

Ainda não sei se a canção vai ser interpretada totalmente em macedónio ou em versão bilingue macedónio/inglês. Razoável e com o típico toque balcânico, mas parece faltar aqui alguma coisa. O regresso de uma presença no ESC 2002. 6/10.

19 - NORUEGA - Guri Schanke - Ven a Bailar Conmigo

Só o título é espanhol, que toda a canção é em inglês. Ricky Martin puro e duro, logo, totalmente ultrapassado. Pior, depois de se ouvir o pimba português soa a falso do princípio ao fim. 2/10.

20 - MALTA - Olivia Lewis - Vertigo

Após umas 10 tentativas, finalmente Olivia Lewis tem o seu lugar na Eurovisão, e em inglês, como habitualmente em Malta. E a canção é razoável. Mas Olivia é feia como um bode, é um desastre em linguagem corporal e tudo indica que vai ser a mais mal vestida de todas. 4/10.

21 - ANDORRA - Anonymous - Salvem el Món/Let's Save the World

Pela primeira vez Andorra vai cantar uma versão bilingue, em catalão e inglês. Lembram-se dos Blink 182 ? É muito, muito parecida. E de facto gosto muito. Ainda por cima são nossos vizinhos ibéricos. 8/10.

22 - HUNGRIA - Rúzsa Magdi - Unsubstantial Blues

Ela canta bem, de facto. Eu é que pura e simplesmente não suporto blues. 3/10 até porque ganhou os ídolos húngaros a cantar um fado...Por outro lado, pela primeira vez a Hungria canta em inglês.

23 - ESTÓNIA - Gerli Padar - Partners in Crime

Como sempre, em inglês. Como sempre, o mesmo tipo de música, aquele pop light de inspiração sueca. Um seríssimo candidato aos 5 últimos lugares. 2/10.

24 - BÉLGICA - The Krazy Mess Groovers - Love Power

Se eu já detesto os Jamiroquai, isto é mesmo muito, muito mau. 1/10 e em meu entender o mais forte candidato ao último lugar. Não estou a ver ninguém que não os holandeses a votar nisto.

25 - ESLOVÉNIA - Alenka Gotar - Cvet z juga

Em esloveno, meio pimba meio ópera. Ganhou a votação dos clubes de fãs português e espanhol. 5/10.

26 - TURQUIA - Kenan Doğulu - Shake it up şekerim

Tentativa desastrosa de fazer algo tipo MTV. Horrível. 1/10.

27 - ÁUSTRIA - Eric Papilaya - Get a Life, Get Alive

Claramente inspirado no "Let Me Entertain You", de Robbie Williams. Mas prevê-se um tipo de apresentação bastante kitsch...5/10.

28 - LETÓNIA - Bonaparti.lv - Questa Notte

Em italiano, com grande inspiração nos Il Divo. 6/10.

Canções directamente qualificadas para a final:

1 - BÓSNIA-HERZEGOVINA - Marija Šestić - Rijeka bez imena

De Sarajevo chega-nos um rio sem nome...e uma péssima forma de começar a final com uma balada chatíssima em bósnio. 3/10.

2 - ESPANHA - D'NASH - I Love You, mi Vida

Em espanhol, a boyband que venceu claramente a Misión Eurovisión traz-nos um pop de boa qualidade. 7/10.

4 - IRLANDA - Dervish - They Can't Stop the Spring

Folk irlandês no seu estado mais puro. 7/10.

5 - FINLÂNDIA - Hanna Pakarinen - Leave Me Alone

Rock finlandês, em inglês, no mais típico estilo Nightwish e Evanescence. 7/10.

9 - LITUÂNIA - 4Fun - Love or Leave

Em inglês, um enorme bocejo. 3/10.

10 - GRÉCIA - Sarbel - Yia Sou, Maria

Em inglês, olá Maria ! Mas os gregos insistem nesta música pseudolatina com toque grego, sinceramente já estou farto. 3/10.

12 - SUÉCIA - The Ark - The Worrying Kind

Glam rock de uma banda conhecidíssima para aqueles lados, e obviamente em inglês. Demasiado 70's. 3/10.

13 - FRANÇA - Les Fatals Picards - L'Amour à la Française

Imaginem uma mistura de inglês com sotaque francês com francês com sotaque inglês e temos uma canção pura e simplesmente fantástica. Claro que seria muito mais divertido se tivéssemos a mistura nietzscheiana de Beach Boys com cheerleaders que Les Vedettes cantaram na final nacional, mas isto é muito, muito bom. 10/10.

15 - RÚSSIA - Serebro - Song Number One

Uma girlband demasiado Avril Lavigne. Nada de novo, em inglês. 4/10.

16 - ALEMANHA - Roger Cicero - Frauen Regieren die Welt

Desta vez em alemão, dizem eles que as mulheres mandam no mundo. Quando vi o título julguei tratar-se de algo engraçado, até porque a Alemanha tem uma Primeiro-Ministro. Contudo é algo de pura e simplesmente revoltante, pois diz preto no branco que as mulheres mandam no mundo porque qualquer homem esquece tudo até as suas convicções por causa de um rabo de saia. Pior que isso, é swing. 3/10.

18 - UCRÂNIA - Vyerka Serdyuchka - Dancing Lasha Tumbai

Canção trilingue, em ucraniano, alemão e inglês. Um travesti completamente para o gozo, vestido de cinquentona decadente. Há quem lhe chame o Blasted Mechanism dos pobrezinhos. 7/10.

19 - REINO UNIDO - Scooch - Flying the Flag (For You)

Ao que tudo indica, bilingue com as instruções dos hospedeiros em francês. E é exactamente isso: dois badamecos e duas badamecas a oferecerem-nos um espectáculo pirosíssimo vestidos de hospedeiros. 3/10.

20 - ROMÉNIA - Todomondo - Liubi, liubi, I Love You

Canção em seis línguas: inglês, italiano, espanhol, russo, francês e romeno, a dizer repetidamente que o amor é igual em todo o mundo. Sempre a acelerar, com toques nacionais relativos às línguas cantadas, mas acima de tudo uma mistura de Manu Chao com folclore romeno. Eu gosto. 7/10.

23 - ARMÉNIA - Hayko - Anytime You Need

Em inglês e arménio (primeira vez para esta língua no ESC), uma balada pura e simplesmente ultrapassadíssima. 2/10.

E pronto. Não se esqueçam de assistir, e de votar não só nas vossas favoritas como também em Andorra e Espanha, já que os balcânicos votam todos nos vizinhos também...