segunda-feira, junho 30, 2003

A Europa e as malfadadas quotas

Ontem acção "Europa Amanhã", com a presença do Deputado Alberto Costa.

De facto, parece-me que o mesmo tem uma posição de extrema razoabilidade e bom senso sobre o futuro da Europa. Rejeita todos os pessimismos bacocos e também os fanatismos ultrafederalistas. Sabe que a existência de interesses nacionais é importante e essencial na definição do nosso presente e futuro comuns.

Pena é que se continue a chamar "europeístas" apenas aos ultrafederalistas e "eurocépticos" com toda a carga negativa da palavra "cépticos" a quem tem outras visões, nomeadamente quando se defende avançar mais devagar ou mesmo fazer uma pausa. É desonesto.

Mas a Europa não escapa ao politicamente correcto. Lá impuseram quotas por sexo nas indicações de nomes para cargos. Sob a capa de grande conquista das mulheres, temos medidas que na realidade as menorizam e as colocam na situação de cidadãos de segunda categoria. Dizerem que necessitam de quotas para terem uma percentagem de lugares é assumirem a sua incapacidade de lutar por eles de igual para igual. De facto, a atitude das mulheres que lutam pela imposição de tal indigno sistema, e dos homens que com ele concordam e colaboram, envergonha as mulheres. Envergonha porque coloca absolutamente em causa o seu valor. A sua igualdade.

Claro que depois temos os casos extremos como os suecos, que querem aumentar salários por decreto porque certas actividades menos bem remuneradas são maioritariamente desempenhadas por mulheres. E impor quotas por sexos nos Conselhos de Administração de entidades privadas, porque entre eles apenas 3% dos seus membros são mulheres.
São os mesmos que se não fosse a integração na União Europeia mais ano menos ano proibiriam a venda de bebidas alcoólicas.

Aliás, ainda por questões de igualdade de género, isto faz-me lembrar o estudo patrocinado pelo então Ministro do Emprego e Segurança Social Paulo Pedroso, que certamente nem o leu, pois que concluía que havia discriminação salarial entre homens e mulheres comparando, entre outros, retribuições auferidas por engenheiros e por professores primários.
Sem comentários.

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