Punho erguido... para quê?
Fizeste algumas considerações sobre o punho erguido, versus saudações nazis...
Pedro, confesso ser algo que me faz confusão, ao ser socialista. Por defeito de carácter, gosto de ver as situações com um significado próprio. Nunca gostei do punho erguido, pq colectivamente parece uma manifestação de espírito de corpo, luta comum, tudo o mais que faria sentido numa qq outra década do início do sec XX.
Estou no PS por acreditar numa filosofia de esqeurda, sem sequer ter lido muito dos "gurus" da esquerda. Mas, da mesma forma que reneguei durante muito tempo práticas católicas (enquando não tinha consciencia do que significavam a nível espiritual), desagrada-me frequentemente a manifestação quase militarista de colectivamente erguer o punho.
Pedro, se reparares bem, ter o punho aberto ou fechado, subido ou inclinado, demonstra na mesma um movimento colectivo. A verdade, é que não é dirigida á devoção de um líder, mas... fica sempre estranho.
Da mesma forma que luto por um ideal social no PS, luto pelo bem publico no associativismo. A minha forma de estar é a mesma, o contexto e objectivos serão diferentes. Não me imagino agora numa federação qq a adoptar um simbolo qq com as mãos, apenas com a desculpa de ser diferente de uma saudação nazi.
Terás de admitir, que tal como o Modelo da Democracia já está em falência, modelos e manifestações partidárias baseadas num passado longínquo são de extinguir, tal como esta história dos "secretários" coordenadores e gerais, que a sociedade tem dificuldade em entender, e por vezes eu mesmo.
Quem valorize rituais em vez de ideias-debate-objectivos, deverá enverdar pela maçonaria, opus-dei, lyons, rotarys e outras confrarias, ou quem sabe, os escuteiros?
Esta treta do complexo de termos tido o mais longo regime totalitário da europa, leva a um complexo de esquerda com demasiados vícios de um regime de pseudo esquerda pós-25 Abril.
Pedro, penso que não tens dúvidas que me enquadro numa filosofia de esquerda, mas não imaginas o desprezo que tenho pela esquerda hipócrita de alguma cambada de funcionários públicos sindicalistas que não teem a mais pálida ideia do que é sobreviver no meio competitivo privado, e só falam em direitos e regalias (sem se preocuparem com eficácia e eficiência), dado que sabem que o direito ao emprego nunca lhes está comprometido...
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