O Pequeno, Mas Extraordinário, Detalhe
A propósito de recentrar o debate no seu essencial, Manuel Alegre sugeriu ontem a realização de um Congresso Extraordinário do PS, como forma de clarificação da liderança de Ferro Rodrigues, perante toda a confusão mediática que envolve e tolhe o PS.
Esta posição vem completamente de encontro com o que Ferro Rodrigues afirmou no Congresso do PS-Açores, lembrando que quem manda no PS são os seus militantes.
A eventualidade da realização de um Congresso Extraordinário provocou logo algumas reacções em desacordo, nomeadamente por não haver alternativa no horizonte a Ferro Rodrigues, tratando-se pois de mais uma liturgia plesbicitária (e por ninguém estar disposto a arriscar uma falsa partida...).
Mas extraordinário foi ver o próprio Secretariado Nacional do PS a afastar a possibilidade da realização de um Congresso Nacional.
Achará Ferro Rodrigues que a opinião dos militantes do PS está suficientemente representada no Secretariado Nacional?
Pensará o Secretariado Nacional do PS que todos os acontecimentos em que se envolveram nos últimos 6 meses, mesmo aceitando a tese da cabala, não modificam por completo o mandato que Ferro Rodrigues recebeu no Congresso em que foi eleito?
Mas o mais grave para o PS acaba por ser ainda outro pequeno detalhe.
Se existe um aparente consenso que um Congresso onde não haja alternativa prévia e assumida ao Secretário-Geral não tem qualquer utilidade, mesmo no contexto em que estamos, é porque todos assumem implicitamente que um Congresso Nacional, Ordinário ou Extraordinário, não serve, afinal, politicamente para nada.
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