Dois equívocos de João Miranda
Meu caro João, permite-me corrigir-te dois equívocos:
1. Se é verdade que a direita normalmente consegue 3 dos 4 Deputados referentes à emigração, verdade é que em número absoluto de votos raramente tem mais votos que a esquerda, tendo em conta o muito maior peso eleitoral do círculo da Europa, e a vantagem tradicional do PS em França.
2. Pura e simplesmente nunca deveria ter o PS aceite o voto dos emigrantes nas eleições presidenciais. Aliás, e para mais no mundo globalizado onde estamos e tendo em conta as fugas de cérebros e afins, os círculos eleitorais da emigração deveriam ser pura e simplesmente abolidos. Querem sair do país, paguem a viagem a Portugal se querem votar (sendo que os actualmente recenseados no estrangeiro poderiam transferir o seu recenseamento em termos adequados e proporcionais). Lamento, mas é mesmo assim.
3. Escusado será dizer que a Convenção sobre estatuto de igualdade de direitos com o Brasil deveria ser imediatamente denunciada. Não há qualquer lógica que torne defensável que cidadãos de outros países tenham sequer tantos direitos como os cidadãos da União Europeia.
A lusofonia ? Que se lixe. Não é pelo facto de se falar português num determinado país que os respectivos cidadãos têm maiores ligações a Portugal. O nosso espaço é a União Europeia e não qualquer passadista espaço lusófono, que em nada interessa a Portugal, diga-se. Apenas desperdiçar dinheiro a investir no estrangeiro.
O que tem obviamente uma consequência. Por escandaloso e politicamente incorrecto que possa parecer. Investir na Roménia ou na Bulgária, próximos membros da UE, é obviamente muito mais louvável que investir em Timor ou em Moçambique.
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