sábado, janeiro 22, 2005

Ascenção e Queda

«Quem está à espera que Santana Lopes, perante um mau resultado ou até uma catástrofe, dignamente se demita na noite de 20 de Fevereiro vai ter uma surpresa. Se for fiel à sua personagem (e a que pode ele ser fiel senão a isso?), Santana começará por culpar tudo e todos pela sua derrota, dedicará o seu martírio ao PSD e a Sá Carneiro e, no fim, chorando e suspirando, dirá que oferece ao seu partido a sua preciosa vida e que, em nome do seu "sonho", continua presidente.

Para ele só ele existe. Mesmo hoje, em campanha, não há frase, não há discurso em que não acabe por reduzir o universo a si próprio: eu assim e eu assado, eu cozido e eu frito, e eu, e eu, e eu, sempre o "eu", sempre ele. Um general destes, quando perde, não se mata: manda fuzilar o sargento. Para remover Santana, será necessário que o arrastem aos berros para o meio da rua.»

Vasco Pulido Valente
dixit in Público

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