Outra vez os subsídios à cultura
É delicioso ver como, ainda que com argumentos que talvez pequem pelo exagero, o Jaquinzinhos destrói por inteiro toda e qualquer argumentação do Crítico a propósito dos subsídios à cultura.
Ao que acrescento a absoluta necessidade de se abandonar o paradigma das elites culturais. O que interessa é existir uma população que frua as ofertas culturais, sejam elas quais forem. Obviamente, num quadro em que os Delfins e a Mónica Sintra são tão cultura como o espectáculo do CNB. Porque este é o único sentido democrático da cultura.
A cultura é do povo, e não de elites. E recuso-me a falar em "atrasos nas capacidades culturais". Porque se partiria do vergonhoso e estalinista princípio de que a capacidade cultural das pessoas é algo que se ensina, e não algo inerente ao Homem.
E, como diz JDC com muita razão, não é para alguns verem espectáculos de ópera a ? 35 que todo o povo tem que os subsidiar.
Por essa ordem de ideias, se Portugal alguma vez vencer o Festival da Eurovisão também quero subsídio para não ter que pagar uns ? 100 pelo bilhete. Também acho injusto.
E não vejo qualquer sentido social e cultural em bilhetes de ópera serem mais baratos. Até parece que alguém ganha com o facto de haver ou não haver ópera.
E aliás, ainda que eventualmente admitisse a existência de algo como a Companhia Nacional de Bailado e a companhia de ópera do S. Carlos, tal não poderia significar a defesa de subsídios.
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