sexta-feira, setembro 05, 2008

Afinal eles existem em Portugal

É só ler este post.

Eduardo Nogueira Pinto diz preto no branco que gosta que o Partido Republicano necessite dos votos da ala religiosa para ganhar eleições.

Estamos esclarecidos. Se o diz, é porque defende, entre outras coisas aberrantes, que o criacionismo seja ensinado como doutrina científica. Que se façam juramentos religiosos. Que se adopte a Bíblia como Constituição. Etc.

Aberrante.

16 Comentários:

Às 05 setembro, 2008 16:04 , Blogger CS disse...

Caro Pedro Sá,

Deixo-lhe uma análise detalhada do discurso de McCain. Que sendo do GOP, ainda foi o mais moderado no meio daquela gente. Pf veja em:
http://ovalordasideias.blogspot.com/2008/09/anlise-do-discurso-de-john-mccain.html

 
Às 10 setembro, 2008 00:40 , Anonymous Anónimo disse...

check out this web site!!!!

www.freebieoffers.net

 
Às 10 setembro, 2008 14:24 , Blogger eskilsson disse...

Pedro,

Palin não defende que o criacionismo seja ensinado como doutrina científica (lê o tão falado artigo da Newsweek), e acredito que nem toda a direita religiosa americana (com a qual não simpatizo de todo) o aprova. Os juramentos religiosos são uma questão cultural. Adoptar a Bíblia como Constituição é uma ideia inédita, ou já ouviste isso em algum lado a alguém com responsabilidades?

Agora só porque o ENP gosta de ver a direita religiosa americana a ter influência no debate político dos EUA é logo porque defende estas coisas? Essa extrapolação é que é aberrante.

 
Às 10 setembro, 2008 15:32 , Blogger Pedro Sá disse...

Lamento, mas quem gosta que a direita religiosa norte-americana tenha algum peso é certamente porque se revê nas posições por ela assumidas.

E nem falei da Mrs. Palin.

Já agora. A separação entre Estado e confissões religiosas até é bem mais rígida nos Estados Unidos que na Europa, levando inclusivamente a algumas situações perfeitamente absurdas. Ainda que alguns Estados, nas suas Constituições, tenham normas que restringem o exercício de cargos públicos a quase qualquer tipo de crente (os budistas, p.ex., levam pela mesma moeda que os ateus) ou inclusivamente apenas a cristãos...claro que são normas não aplicáveis por decisões do Supremo via I Emenda mas...

 
Às 10 setembro, 2008 15:45 , Blogger eskilsson disse...

"Lamento, mas quem gosta que a direita religiosa norte-americana tenha algum peso é certamente porque se revê nas posições por ela assumidas."

Por essa lógica, quem aceita a importância de vários partidos políticos com ideologias diferentes é porque "se revê nas posições" assumidas por todos eles... o que é capaz de dar uma certa salganhada ideológica.

E fico a saber que tu achas mal que PSD, PCP e CDS tenham algum peso político em Portugal. Ou então és apoiante destes três partidos.

 
Às 10 setembro, 2008 23:43 , Blogger Pedro Sá disse...

Não vais comparar o PSD, o PCP e o CDS com uma cambada de gente decididamente atrasada pois não ?

 
Às 11 setembro, 2008 01:44 , Blogger eskilsson disse...

Vou. São pessoas que defendem ideias com as quais eu não concordo, mas que têm direito a exprimi-las e, enquanto eleitores, a agir de acordo com elas. A única coisa que, para ti, os separa do PSD, do CDS ou do PCP é o grau com que discordas das ideias deles. Ou há mais alguma diferença? O "são atrasados porque são atrasados" não é grande coisa, como argumento.

 
Às 11 setembro, 2008 09:50 , Blogger Pedro Sá disse...

Gostar que um bando de mentecaptos (que não têm outro nome) que negam tudo o que é cientificamente mais elementar para acreditarem que está tudo errado porque o que está num livro religioso está literalmente (repito e sublinho: literalmente) certo tenha peso político é extremamente esclarecedor.

Não é certamente a mesma coisa do que discordar de uma ideologia X do partido Y e considerar importante que o partido exista.

É uma questão de civilização. De conhecimento. De iluminação.

 
Às 11 setembro, 2008 11:19 , Blogger eskilsson disse...

Se consideras a economia uma ciência, é complicado não aplicar a mesma lógica aos comunistas (e aquilo já é mais religião que ideologia).

É tão ridículo acreditar literalmente na Bíblia como no "Das Kapital", o que não exclui que esses livros traduzam formas de ver o mundo que merecem ser discutidas e não apenas afastadas como "mentecaptas".
Se as pessoas escolhem acreditar literalmente no que ali está, e desde que não me queiram obrigar a isso também, não vejo o problema. O que é que te propões fazer? Proibi-los de votar? Proibir a religião (como, em tempos, querias fazer com a Opus Dei)? Como é que se faz?

 
Às 11 setembro, 2008 13:12 , Blogger Pedro Sá disse...

Eu vejo todo o problema em que bandos de mentecaptos que tenham esse tipo de ideias tenham qualquer tipo de influência seja onde for.

Colocar os comunistas, com todos os defeitos que têm, ao mesmo nível desta gente é puro pretexto.

A visão comunista do mundo merece ser afastada em termos ideológicos, práticos, etc., etc.

A visão da direita religiosa norte-americana merece um indeferimento liminar absoluto. Não merece sequer discussão. A partir do momento que põe em causa conhecimentos científicos básicos e deseja notoriamente levar a humanidade para uma era de trevas só merece um lugar. E que não é o caixote do lixo da História, como é o caso do comunismo. É algo que tem de ser necessariamente muito pior.

Para além disso, proibir a religião seria algo acima de tudo notoriamente ofensivo para com os muitos milhões de pessoas que acreditam em religiões e que, evidentemente, não vão atrás desse tipo de disparates.

 
Às 11 setembro, 2008 19:04 , Blogger eskilsson disse...

"Não merece sequer discussão. A partir do momento que põe em causa conhecimentos científicos básicos e deseja notoriamente levar a humanidade para uma era de trevas só merece um lugar"

Ao tomares essa atitude, cometes o erro que as instituições religiosas cometeram durante séculos. Se as nossas (que também são minhas) ideias são realmente superiores, mais correctas do que as deles, não devemos recear discuti-las abertamente. E isso só é possível se lhes for dado o relevo devido em função do número de pessoas que as partilha.

 
Às 11 setembro, 2008 20:09 , Blogger Pedro Sá disse...

Ao discutir-se com ideias desse calibre está a dar-se-lhes credibilidade.

Essas ideias não têm qualquer fundamento científico, pelo que aceitar trazê-las para o debate secular é totalmente inaceitável.

 
Às 12 setembro, 2008 20:39 , Blogger eskilsson disse...

Porquê? Que mal tem confrontarem-se várias perspectivas sobre um determinado assunto? Até porque as teorias não se excluem mutuamente. Não vejo mal nenhum em que se discuta o que é que pode ter dado origem à vida na Terra, ainda que se parta do princípio de que o Homem descende do macaco. A discussão pode ser extremamente enriquecedora.

 
Às 13 setembro, 2008 12:12 , Blogger Pedro Sá disse...

Não me parece que se deva meter no debate com coisas científicas coisas que não o são.

 
Às 14 setembro, 2008 02:10 , Blogger eskilsson disse...

Porquê? Se a Teoria da Evolução não permite explicar o "momento zero" , qual é o mal de se tentar outra abordagem? É que aí, a ideia de uma "Criação" já tem alguma credibilidade.

 
Às 14 setembro, 2008 13:53 , Blogger Pedro Sá disse...

Toda e qualquer ideia de raiz religiosa não tem, nem pode ter, qualquer credibilidade científica, por razões que são absolutamente óbvias.

 

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