Desonestidade absoluta
Ao que isto chega para defender a monarquia !
1. Uma monarquia não garante estabilidade nenhuma por si. Aliás, a instabilidade política de 1890-1910 em pouco ou nada se distingue da de 1910-1926.
2. Como bem diz um comentador desse post, é manifestamente injusto que alguém seja Chefe de Estado só por ser filho de quem é, e que a essa pessoa (bem como a outras) seja negado o direito de escolher o seu futuro.
3. Nenhuma monarquia constitucional é entrave ao desenvolvimento. Mas também não é factor de desenvolvimento.
4. Considerar que as comendas e condecorações portuguesas correspondem a privilégios sociais é mesmo de chorar a rir. E nesse parágrafo nota-se um desejo claro de preservar uma nobreza de sangue para meia dúzia. Aliás, não é nada difícil descobrir em todos os monárquicos uma vontade de querer privilégios para eles e para os respectivos amiguinhos.
5. Questões de princípio são mais importantes que o número de funcionários públicos. Mas ligar o número de funcionários públicos à forma de governo é no mínimo absurdo.
6. Falar nas princesas com quem passaria um fim-de-semana só demonstra a sua própria futilidade e vazio intelectual e principalmente emocional. Está ao nível dos que vão para um sítio qualquer e que gostam de lá estar "porque tem gajas boas" e ficam felizes só em ver.
4 Comentários:
Caro Pedro Sá, acredite que há neste País "monárquicos" mais sérios do que aqueles que aqui critica. Coloco a palavra entre aspas porque a monarquia é um dos elementos de um regime constitucional como aquele que defendo e, em relação a ele, posso tanto definir-me "monárquico" como "democrático" ou "liberal".
Chamo ainda atenção para o facto de o debate "monarquia" vs "república" estar desde sempre baseado num grande equívoco, dado que foram os teóricos da monarquia constitucional que recuperaram a tradição republicana clássica, que era essencialmente um regime misto (como um dos nossos melhores teóricos recentes disse, reunindo o melhor da democracia, da aristocracia e da monarquia) - estes três termos devem ser entendidos no seu significado original e não na forma como foram historicamente corrompidos, sobretudo o segundo.
Peço-lhe um favor: pode indicar-me onde o Prof. Jorge Miranda escreve sobre o poder moderador?
Cumprimentos.
1. Como nunca li nada do que já tenha escrito sobre o assunto, não posso pensar outra coisa que não ter a certeza, para já, que será mais sério que o autor do outro post.
2. As coisas felizmente evoluem, e de momento a república democrática e liberal é o melhor dos regimes. Talvez daqui a 500 anos seja considerado algo de ultrapassado.
3. No respectivo Manual de Direito Constitucional.
O comentário sobre as princesas é um toque de humor, nada mais.
Os títulos nobiliárquicos são apenas honras que a ninguém garantem qualquer tipo de privilégio e regalia.
quanto à instabilidade nos dois períodos, parece-me que a segunda ainda acabou por ser pior, com atentadosm golpes e escaramuças quase diárias. Para mais, os responsa´veis do período 90-10 foram os republicanos, mais do que os monárquicos nas suas tentativas de restauração pós-1910.
1. Honras discriminatórias.
2. Claro, o que era bom era a monarquia e absoluta não era ?
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