quinta-feira, outubro 19, 2006

Sim e Não

Daniel Oliveira tanto diz um tremendo disparate a propósito da justíssima medida do Governo em colocar portagens nas auto-estradas do Norte Litoral, da Costa de Prata (esta então é que eu nunca percebi mesmo porque é que era uma SCUT) e do Grande Porto, esquecendo que corresponde ao programa do Governo e que as declarações de José Sócrates naquele contexto se referem obviamente à A23, como surpreende pela positiva ao desmarcar-se do patético texto que ontem transcrevi.

2 Comentários:

Às 26 outubro, 2006 08:47 , Anonymous Anónimo disse...

Aconselho:

Dois terços da população afectada pelas portagens têm baixo poder de compra


Ana Suspiro
e Sérgio Aníbal

Cerca de 67% da população que reside na área de influência das Scut (vias sem custos para utilizadores) que vão ser portajadas vive em concelhos com um poder de compra abaixo do critério definido pelo Governo para introduzir a cobrança de portagens nestas vias.

O Índice do Poder de Compra Concelho, do INE acima dos 90% da média nacional - com base em dados de 2004 - é um dos três critérios cumulativos que o Governo estabeleceu para avaliar se uma Scut deve ou não continuar sem portagens. De acordo com os estudos da consultora F9 Consulting para o Governo, e divulgados esta semana, três Scut - Costa da Prata, Grande Porto e Norte Litoral - apresentam, neste indicador, um valor superior a 90%.

No entanto, se olharmos para os 37 concelhos abrangidos pelas três Scut, quer directamente atravessados, quer numa manga até 20 quilómetros, verificamos que apenas oito têm um poder de compra acima do critério definido pelo Governo: Porto, Valongo, Maia, Espinho, Vila Nova de Gaia, S. João da Madeira, Aveiro, Matosinhos. Os outros 29 concelhos onde vivem cerca de 66,9% do universo de habitantes no raio de influência das três Scut têm um poder de compra abaixo dos 90%. Este fenómeno é explicado pelo facto de concelhos ricos e populosos como o Porto e Vila Nova de Gaia influenciarem de forma decisiva o valor médio do poder de compra registado na totalidade das regiões afectadas.

Pelo contrário, e voltando a avaliar a questão pelo critério do poder de compra, dos 22 concelhos beneficiados pela Via do Infante no Algarve, apenas sete têm um poder de compra abaixo dos 90% da média nacional, representando cerca de 32% da população total abrangida. Os restantes 15 estão acima do indicador do Governo, o que significa que 68% da população que vive no raio de influência da Via do Infante vive em concelhos com um poder de compra superior a 90% da média nacional.

O ministro das Obras Públicas, Mário Lino justificou a opção de não introduzir portagens na Scut do Algarve por esta região não cumprir cumulativamente os três critérios que determinaram a introdução de portagens: o facto do trajecto em via alternativa demorar mais de 130% do tempo assegurado pela Scut, mas aqui os estudos divulgados pelo Ministério das Obras Públicas levantam dúvidas que não foram ainda esclarecidas (ver texto em baixo).

Porto "explica" fim de 2 Scut

Analisando cada uma das três Scut que passarão a estar sujeitas a portagens, verificamos, uma vez mais, a existência de um elevado número de concelhos que serão afectados pela decisão do Governo, apesar de, individualmente, não cumprirem os critérios definidos . Na Scut da Costa da Prata, cerca de 42% da população vive em concelhos com um poder de compra médio abaixo dos 90% da média nacional. Na Scut Norte Litoral, a percentagem de habitantes nesta situação sobe para 46%. Na Scut do Grande Porto, mais de metade da população, quase 55%, habita em concelhos com um índice de poder de compra abaixo do critério definido pelo Governo para o pagamento de portagens.

O peso do concelho do Porto nos dados globais das regiões que são servidas pelas vias que vão passar a ter portagens é de tal forma decisivo que, se este município fosse retirado da análise, duas das três Scuts iriam continuar a apresentar o mesmo regime no futuro.

Efectivamente, sem a inclusão do Porto, o valor do índice de poder de compra da região servida pela Scut do Norte Litoral passaria a ser de 85,3% da média nacional. Abaixo, portanto do critério de 90% definido pelo Governo.

O mesmo acontece na Scut do Grande Porto, em que a ausência da capital nortenha, colocaria o indicador em apenas 82,6% da média nacional. Na Costa da Prata, o critério continuaria a ser cumprido, mas ficaria muito perto do limite, com 90,8%.

http://dn.sapo.pt/2006/10/26/economia/dois_tercos_populacao_afectada_pelas.html

 
Às 27 outubro, 2006 15:50 , Blogger Pedro Sá disse...

Se considerarmos que o DN anda cada vez mais feito com os Manuéis Alegres e Medeiros Ferreiras deste mundo...

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial