terça-feira, fevereiro 21, 2006

A insustentável demagogia de Joana Amaral Dias

Hoje, JAD faz 24 críticas ao Governo, as quais passo a comentar:

1. Aumento dos impostos forçado pelo défice ser de 6,83% do PIB, e não à volta dos 5% como se pensaria.

2. Qualquer Governo nomeia, nos termos da lei. E era o que mais faltava alguém não poder ser nomeado só por ser militante de um Partido ou já ter sido Ministro.

3. Cortes e mais cortes que só pecam por escassos. Fosse eu Ministro das Finanças e todos os Governos até agora ficariam com fama de perdulários.

4. Como se o Governo tivesse que se pronunciar sobre o assunto. E honestamente ninguém está preocupado se houve arrastão ou não, vai dar um bocado ao mesmo.

5. Resta saber porquê que é péssima e o que é que seria boa. Mandar postas de pescada é facílimo.

6. Esse é um assunto do PS e não do Governo. Em qualquer caso, o Tribunal Constitucional, numa má interpretação, é que impediu o referendo ainda em 2005. Só que, claro, as promessas eleitorais de mudança da lei por via referendária, essas para o Bloco já não servem.

7. A legislatura tem 4 anos, e o PS não faz as coisas em cima do joelho. Nem estabelecerá ridículos e demagógicos impostos sobre grandes fortunas.

8. Isso nunca foi prometido. A parte a rever tem sido trabalhada pelo discreto e eficiente Ministro Vieira da Silva.

9. Por mim havia mas era uns 200.000 despedimentos. E não vale a pena inventarem inconstitucionalidades onde não existem. Quanto à negociação, sempre fui contra: era o que mais faltava um Governo eleito pelo povo ter que andar a negociar com quem está longe de representar sequer metade dos trabalhadores.

10. Como se isso fosse da responsabilidade do emprego. Andassem a defender o empreendedorismo e a iniciativa privada e melhor fariam.

11. Tendo em conta a existência de projectos estruturantes, não estou a ver como podia ser em contrário. Mais: o PS não tem qualquer preconceito contra as obras públicas.

12. Obscurantismo é daquelas palavras tão fáceis de usar. E para as quais nunca há fundamento.

13. Como se ele aparecesse qual choque eléctrico.

14. Claro, sem dizer para quê nem para onde. Em rigor, 0,5% até é demais. Já é mais que tempo de todos os subsídios à produção cultural serem abolidos, por razões que já aqui expliquei várias vezes.

15. Trapalhada seria uma política à Bloco. Até deviam ter sido muito mais radicais.

16. Mais um soundbyte sem conteúdo. Ainda estou para saber onde quer chegar.

17. Falsidade pura.

18. Milagre, vejo alguém do BE a defender exames....em rigor, a disciplina de Filosofia deveria ser abolida que não serve para rigorosamente nada. Ou, no mínimo, ser o seu programa totalmente alterado para ensinar uma história das ideias, e não masturbações sem qualquer interesse tais como a discussão do que é belo.

19. Mais uma vez, a total irresponsabilidade de quem está disposto a colocar em causa a saúde pública.

20. É detestável esta paranóia com o mediatismo que a esquerda (?!) caviar tem. O trabalho está a ser feito discretamente. E existe um claro planeamento. E sem concessões aos extremismos. Por outro lado, se a co-incineração provou ser a melhor opção, é evidente que se vai por esse caminho.

21. Lei da Nacionalidade melhor e mais que suficiente. O caminho defendido pelo BE abria as portas ao turismo de natalidade que depois garantiria logo a nacionalidade: ou seja, seria a absoluta irresponsabilidade.

22. Vá aprender alguma coisa sobre regulação da Saúde. A sua ignorância é atroz e só ajuda as posições da direita liberal.

23. Balbúrdia em relação à qual só há um culpado: Jorge Sampaio que, não demitindo Souto de Moura, permite a continuação do abominável estado de coisas no Ministério Público.

24. Ainda assim, que moral tem JAD para falar ?

Este post é tão mau, tão mau, que só tem uma explicação: aparecer como a maior crítica do Governo para calar as vozes que no BE não lhe perdoam o apoio a Mário Soares.

15 Comentários:

Às 21 fevereiro, 2006 10:45 , Blogger Filipe Gil disse...

Sá no seu melhor:
"Por mim havia mas era uns 200.000 despedimentos"

Devias era achar pouca piada se fosses um deles. Ou tens alguma protecção divino/partidária que te faz ficar imune a esta vaga?

Sinceramente, Sá, às vezes penso mesmo que não estás bem no PS. Tenta o PP! Se calhar serás mais honesto contigo.

 
Às 21 fevereiro, 2006 11:48 , Anonymous Anónimo disse...

Já agora Clara junta também o tótó do Socrates

 
Às 21 fevereiro, 2006 12:34 , Anonymous Anónimo disse...

Ó Sá, mas nas presidenciais ela era tão boazinha...

 
Às 21 fevereiro, 2006 14:01 , Blogger Pedro Sá disse...

1. Inacreditável é o que tu defendes, FG. Estás a defender explicitamente que o Estado deva viver acima das suas possibilidades só para garantir emprego a alguma gente. Isso é um hino à irresponsabilidade.
Se fosse eu um dos despedidos, não é por isso que havia de deixar de concordar com a medida.

2. Duvido que alguém me tenha ouvido defender a JAD durante a campanha presidencial.

 
Às 21 fevereiro, 2006 14:14 , Blogger Unknown disse...

Não estando a defender a JAD (que no caso concreto é claramente atacavel) deixa-me que te diga: Estás cada vez pior (portudo o que te tenho vindo a dizer)!!!

 
Às 21 fevereiro, 2006 15:32 , Blogger Pedro Sá disse...

Eu a defender o Partido e o Governo e eu é que estou cada vez pior...não deves pensar que repetindo isso muitas vezes vou fazer alguma autocrítica.

 
Às 21 fevereiro, 2006 17:27 , Blogger João Melo disse...

onde estão os 150.000 empregos pedro sá?

 
Às 22 fevereiro, 2006 01:22 , Blogger Mario Garcia disse...

Como o comentário é extenso, resolvi escrevê-lo no Martinho.

 
Às 22 fevereiro, 2006 15:24 , Blogger Unknown disse...

Não, até porque não te reconheço essa capacidade. Mas não é o facto de defenderes o Partido e o Governo, é como o fazes e os argumentos que usas, mais o teu liberalismo de "esquerda"!

 
Às 22 fevereiro, 2006 16:05 , Blogger Freddy disse...

Só 24??? Ela perdeu a prática de bloquista desde q foi mandatada pelo bochechas...

 
Às 22 fevereiro, 2006 16:58 , Blogger Pedro Sá disse...

Muito gostava eu de saber o que é que eu disse que não é de esquerda.

 
Às 22 fevereiro, 2006 23:15 , Blogger Mario Garcia disse...

Podes tentar fazer o exercício inverso...

 
Às 23 fevereiro, 2006 19:15 , Blogger Unknown disse...

Bolas Mário, deixaste-me sem palavras!!! (Pedro, tenta perceber o que dizes sobre cultura, para começar)

 
Às 23 fevereiro, 2006 21:52 , Blogger Pedro Sá disse...

Precisamente por perceber o que digo sobre cultura é que defendo o que defendo.

Cultura é tudo aquilo que é produzido pelo homem. É algo do mais instintivo e tem que ser encarada de forma dinâmica.

Formas de expressão artística (porque na prática é do que se fala) apareceram e desapareceram ao longo do percurso do Homem. Sem dramas.

O Estado ao intervir no sector está a dar claramente a ideia de que há coisas que têm necessariamente que ser preservadas. Pior, que há formas superiores e outras inferiores de cultura - e o que temos visto na prática, o erudito a sorver dinheiros públicos quando daí não sai qualquer valor acrescentado.

 
Às 24 fevereiro, 2006 15:00 , Blogger Unknown disse...

Uma coisa é criticar a norma, outra é a utilização. Se os fundos são mal utilizados é um problema, mas não fomentar a produção não é a solução. E nem tudo o que o Homem produz é cultura. O que eu produzo no dia a dia (linhas de código) embora entre nós possamos considerar "obras de arte" não é propriamente cultura. Se há um ponto em que até concordo com o que dizes (quando questionas o porquê da cultura popular não ser fomentada) é claro que não posso nem quero resolver a questão simplesmente cortando com tudo. Até porque a longo prazo torna-se perigoso...

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial