sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Desacordo

António:

O que o Governo está a fazer é estabelecer uma rede de cuidados continuados de saúde, que muita falta faz.

Não se pode exigir às pessoas que deixem de ter a sua vida, nomeadamente os seus empregos, por causa de familiares doentes, pois não ?

10 Comentários:

Às 24 fevereiro, 2006 13:48 , Blogger AA disse...

Eu sei que é esse o propósito, mas qual é o efeito na coesão familiar das famílias "beneficiadas"?

E lembremo-nos que cada euro gasto em apoio estatal é menos mais-de-um-euro (custos da máquina administrativa) gasto pelo contribuinte na Economia, incluindo criação de mais emprego... este efeito nunca será visto, mas existe.

 
Às 24 fevereiro, 2006 20:44 , Blogger Pedro Sá disse...

Se as pessoas têm ou não coesão familiar é algo que o Estado não tem nada a ver com isso.

 
Às 25 fevereiro, 2006 10:46 , Blogger AA disse...

Precisamente, não tem que cuidar dos desprotegidos que são abandonados pelas famílias — por muito que seja cruel dizer isto...

Contudo a pergunta mantém-se. Como "efeito secundário" podemos ou não esperar uma diminuição da coesão familiar? Pelo menos numa franja da sociedade, se as famílias não cuidam dos idosos, "há quem faça"...

 
Às 25 fevereiro, 2006 20:33 , Blogger Pedro Sá disse...

Errado António. As pessoas têm o direito à prestação de cuidados continuados de saúde.

Se há coesão familiar ou não, isso sim é irrelevante.

 
Às 27 fevereiro, 2006 19:10 , Blogger AA disse...

Eu entendo que as pessoas têm de ser responsáveis pelo que fazem, fazem acontecer e que possa acontecer ao seu corpo, e têm dever moral de solidariedade para a sua família...

O problema das visões socialistas é precisamente originarem efeitos secundários esperados mas desprezados. Esta será uma medida que desincentiva a poupança, um valor muito tido em conta por intervencionistas...

 
Às 28 fevereiro, 2006 11:02 , Blogger Pedro Sá disse...

1. Moral cada um tem a sua logo só tem esse dever moral quem entender que o tenha. E escusado será dizer que neste tipo de assuntos o Estado não tem nada a ver com isso, era o que mais faltava o Estado querer condicionar as opções de vida de cada um.

2. Já agora informo que em nada concordo com incentivos à poupança. É mais uma vez a moral cristã mais reaccionária em acção. Como diz alguém que já viveu nos Estados Unidos, os norte-americanos nascem, vivem e morrem endividados...

 
Às 01 março, 2006 20:42 , Blogger AA disse...

Eu também não concordo com incentivos à poupaça, mas a poupança de uns é a liquidez dos outros. Que a poupança seja penalizada é um efeito prejudicial de medidas que minoram a responsabilidade dos cidadãos em garantirem o seu porvir... o que eu quero dizer que todos nós sabemos que vamos ser velhos e caducos, cabe-nos orientarmos a nossa vida para precavermos os riscos e assegurarmos um certo nível de vida.

Se isso é possível com o sistema que temos, é outra questão... mas piorar o sistema não é solução...

 
Às 01 março, 2006 22:26 , Blogger Pedro Sá disse...

Uma das funções da Segurança Social é fazer com que os cidadãos não tenham essa preocupação acrescida.

 
Às 02 março, 2006 18:35 , Blogger AA disse...

E o seu fracasso é iminente. Caro Pedro, se fosse uma empresa pública a fazer o que faz a Segurança Social éramos dois a vociferar contra a incompetência e dano à Economia...

 
Às 02 março, 2006 23:23 , Blogger Pedro Sá disse...

Eventuais problemas de gestão não podem colocar em causa o sistema. Os gestores públicos devem ter como modelo as melhores práticas do sector privado. E o António sabe que eu defendo despedimentos em massa na função pública, porque o Estado não deve ter nem mais um empregado do que uma empresa com as melhores práticas de racionalização e produtividade teria.

Não entro nessa de querer fazer engenharia social querendo obrigar as pessoas a tomar opções que sigam uma visão conservadora.

 

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