segunda-feira, setembro 05, 2005

Não sei o que faria...

No lugar de Mário Soares, estaria certamente na dúvida entre processar João de Mendia por difamação e ignorá-lo completamente.

Grave é que o Diário de Notícias abra as suas colunas a esse asqueroso fascista.

12 Comentários:

Às 05 setembro, 2005 12:26 , Blogger Tonibler disse...

"No que diz respeito ao Ultramar português, Soares esforçou-se de forma empenhada para que o processo se passasse como se passou. Contrariamente ao que diz e à fama que se auto-atribui"

Isto é inquestionável! Agora o resto do artigo é algo excessivo...

 
Às 05 setembro, 2005 16:09 , Anonymous Anónimo disse...

Pedro Sá

Até que enfim, estamos de acordo em alguma coisa.

Embora Mário Soares não seja o meu candidato, reconheço-lhe e reafirmo tudo aquilo que neste blog já disse.

Um abraço.

 
Às 05 setembro, 2005 21:12 , Blogger Tonibler disse...

Meu caro monsenhor,

Todos nós nos podemos desculpar com as circunstâncias, mas responsabilidade quer dizer outra coisa. E concordando que as circunstâncias não eram favoráveis, não me venham com a história que foram as circunstâncias que fizeram o Soares andar em discursos de festejos com 'os movimentos de libertação', enquanto os seus concidadãos andavam de caixote às costas pelo mundo e com a vida em perigo.

A responsabilidade dele era com os seus concidadãos, não era com os russos, nem com os americanos, nem com os movimentos de libertação.

E embora muito do que escreve o sujeito no DN roce um panfleto fascista, esta frase em particular resume o papel de Mário Soares no processo. Não diz que foi responsável pela descolonização, nem pela colonização, nem pelo estado a que as coisas chegaram. Havia uma responsabilidade nossa perante os nossos que lá estavam deslocados, essa responsabilidade foi atribuída ao Mário Soares que andou a ajudar os sujeitos errados por razões ideológicas. E não vejo no que é que isto pode ser negado, foi um facto, há imagens, há provas, há tudo.

 
Às 05 setembro, 2005 21:21 , Blogger Pedro Sá disse...

Emancipação ? Há ALGUÉM que ADORA essa palavra ! hihihi

 
Às 06 setembro, 2005 10:47 , Anonymous Anónimo disse...

Pois eu acho que até sei o que faria... como "homem", regorzijava-me por tamanha "inveja", como "candidato", ignorá-lo-ia, dando assim à "pequenês" das suas palavras, a importância que elas merecem...
Cumprimentos. Ah, e já agora, o «Liblog» - http://planetamercuryii.blogs.sapo.pt - está de volta. Passem por lá!

 
Às 06 setembro, 2005 13:48 , Blogger Mario Garcia disse...

Caro Tonibler, volto-lhe a repeti-lo:

No dia em que 'as direitas' começarem a falar do colonialismo português e da guerra colonial, podem opinar (sem descrédito) sobre a descolonização.

Senão, é fazer de conta que antes havia um paraíso que alguns srs. em Lisboa a seguir ao 25 de Abril decidiram entregar aos comunistas.

E todos sabemos que a História foi bem diferente...

 
Às 06 setembro, 2005 14:32 , Blogger Tonibler disse...

Caro Garcia,

na lógica desse seu comentário, culpado foi o estúpido do Afonso Henriques porque todos os que lhe seguiram tiveram de viver com o erro dele.

Ninguém questiona se aquilo que se passou antes do momento da descolonização foi bom ou mau. Isso é irrelevante para aquilo que estou a dizer.

Terá a sua relevância se quiser cascar no Salazar, no Caetano ou no Diogo Cão. E aí cascamos os dois.

Agora, o que estava em causa eram portugueses. Portugueses que, independentemente das circunstâncias, era necessário defender. Não era para defender os movimentos dos libertação dos povos injustamente oprimidos, que terão as suas razões, mas que não são as nossas. A nossa razão era defender aquelas pessoas. Mais nada. E aqui o sujeito do DN tem razão, Soares fez tudo para que as coisas se passassem como passaram.

Não entendo o porquê dessa insistência naquilo que se passou antes porque, provavelmente, nem discordamos e, certamente, não tem nada que ver para o assunto.

 
Às 06 setembro, 2005 17:45 , Blogger Mario Garcia disse...

Em 74, Portugal estava metido numa guerra colonial, isolado na cena internacional.
É importante sublinhar este facto, antes de insultar o Mário Soares, o D. Afonso Henriques ou o Almeida Santos (têm-se esquecido deste, q tb costumava ser um bombo da festa nestas questões)

Por q não se fez, por exemplo, uma transição 'à inglesa'?
Não se teriam defendido melhor os portugueses das então nossas colónias?

E, uma vez o caldo entornado, defender como e por quem?
Pelos militares portugueses, que não queriam lá estar?

A negociação com os movimentos de independência não era a única solução possível naquele contexto histórico?

Quais eram as alternativas que os protagonistas históricos da altura, dolosamente, ignoraram?

 
Às 06 setembro, 2005 18:47 , Blogger Tonibler disse...

O Almeida Santos habitualmente tem um 'espaço no coração' daqueles que vieram de Moçambique. Não sei exactamente o que aconteceu, sei que mesmo os mais empedernidos chuchas oriundos de lá seriam capazes de lhe passar um carro por cima. Não me lembro da questões em particular.

Transição à inglesa? Mas voltamos à mesma conversa? É óbvio que transição à inglesa era impossível e como tal não culpo o Soares por isso, nem faria sentido. Isso é culpa do Salazar e do Caetano.

A negociação com os movimentos independentistas, sim. Essa era de facto a única solução, mas a prioridade de Soares era a defesa da população que quisesse continuar Portuguesa. Não era a distribuição de zonas de influência pelos movimentos, nem fazer figura de grande libertador dos povos oprimdos, isso já era problema deles.

A questão dos militares é uma falácia. Porque quando foi preciso, estavam lá. A face desconhecida da descolonização foi a defesa da população branca (sim, branca, eram as ordens) pelo exército português nas rixas entre os movimentos que já estavam 'legitimados' pelo governo português.

A questão era diplomática. Implicava deixar morrer África inteira se fosse possível para salvar os portugueses. Não era para um sujeito voluntarioso que procurava protagonismo. Mas o sujeito voluntarioso estava lá, não venha agora dizer que estava mas não estava.

 
Às 06 setembro, 2005 21:11 , Blogger Mario Garcia disse...

Não percebi.

O q é q o Governo português deveria ter feito na altura?

Não acolheu o nosso País, da forma que pôde, cerca de 1 milhão de 'retornados'?

Dar a independência à população 'branca'?

Haveria alguma forma de manter uma permanência 'branca', lusa, nas ex-colónias depois de mais de uma década de guerra?

A minha questão não é a de saber o q falhou mais e menos no confuso e apressado processo q foi a descolonização, em pleno PREC.

O q me confunde é 'eleger' Soares como o principal responsável de um 'desastre', nomeadamente por parte de uma direita mais saudosista (q tenho a certeza não ser o seu caso), q branqueiam os verdadeiros responsáveis, aqueles q não souberam fazer a transição q defenderia o interesse de todos, mantendo-nos 'orgulhosamente sós'...g

 
Às 06 setembro, 2005 21:59 , Blogger Tonibler disse...

Ops!Eu não disse que o Soares foi o responsável pelo desastre! E a frase que transcrevi do artigo do DN também não!

A descolonização era um dado adquirido logo com o 25 de Abril.
Esse activo já era entregue aos movimentos de libertação, querem convencer-me que era impossível garantir contrapartidas, nem que fosse em tempo?

Havia ex-colónias sem movimentos de libertação e que foram, portugueses, a correr arranjar um.
Mao-Tse-Tung teve que rejeitar a entrega de Macau. Parece-lhe com isto que a prioridade fosse a defesa da população que queria permanecer portuguesa? A mim, não!

Mas é Mário Soares que aparece a presidir às reuniões. Não é Cunhal, nem Melo Antunes...

A frase do artigo do DN é sucinta, ele fez tudo para que as coisas se passassem da forma que passaram. Ninguém diz que ele é culpado do desastre, mas que há muito 'caixote' à conta dele, isso há!

 
Às 07 setembro, 2005 04:48 , Blogger PedroSilveira disse...

Este homem é um nojo!Entre ofensas pessoais e críticas gratuitas está um texto que não vale uma carica!pelo menos para uma pessoa decente.

 

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