sábado, maio 07, 2005

Terceiro Mandato para a Terceira Via


Nesta altura, quando faltam apurar apenas 2 dos 646 círculos eleitorais nas Eleições Gerais no Reino Unido, o Partido Trabalhista garantiu 355 lugares no Parlamento Britânico, contra 197 do Partido Conservador e 62 do Partido Liberal Democrata (a que acrescem 30 mandatos diversos, como os Nacionalistas Escoceses ou o Sinn Fein).

Estes resultados garantem, para já, a continuação da maioria absoluta 'Labour' em Westminter, de apoio ao terceiro mandato de Tony Blair.

O sistema eleitoral britânico, tão admirado como modelo para os nossos eventuais círculos uninominais, tem os seus pontos fortes e os seus pontos fracos.

Para começar, tendo o 'Labour' tido apenas mais um ponto percentual que os 'Tories' no total da votação (36% contra 35%), a diferença na representação Parlamentar é substancialmente diferente (54% contra 30%).

Mas, para compensar, Tony Blair teve que ir a votos no seu círculo eleitoral de Sedgefield, bem como os restantes membros do seu Gabinete. Se Blair renovou o seu mandato, o mesmo não se pode dizer dos Ministros Stephen Twigg (escolas), Chris Leslie (assuntos contitucionais) e Melanie Johnson (Saúde) que, perdendo os seus lugares em Westminster, ficam automaticamente arredados do novo Executivo Trabalhista.

O que estas eleições mostraram, para o caso inglês, é que, mesmo com um mandato de Blair tumultuosamente marcado pela participação britânica na guerra do Iraque, não basta existir para ser alternativa de poder, é preciso ser alternativa credível.

Por isso, apesar da subida eleitoral dos Conservadores, Michael Howard apresentou a sua demissão aos seus correligionários.

Que estas eleições sirvam de reflexão para os mentores da nossa Reforma do Sistema Político.


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