A Interrupção Voluntária do Referendo
O Presidente da República fez o inevitável: abortou o processo para a convocação do Referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG).
A liderança da bancada parlamentar Socialista, para além de ter alinhado na infeliz ideia de atirar o Referendo para o mês de Julho (não se livrando de irem a reboque da agenda do Bloco de Esquerda), ainda conseguiu meter os pés pelas mãos nas questões processuais.
A inabilidade e o amadorismo com que o Grupo Parlamentar do PS conduziu todo o processo é simplesmente inacreditável.
Alberto Martins teve, neste caso, a ajuda das suas Vice-Presidentes, Ana Catarina Mendes e Sónia Fertuzinhos.
Com a fanfarra do Bloco de Esquerda, de um lado, e a triste figura da Deputada Zita Seabra do outro, nem foi preciso Sérgio Sousa Pinto mostrar o seu umbigo fracturante.
Não foi por acaso que nem se ouviram os protestos dos movimentos da direita católica mais conservadora (que gosta de se auto-denominar 'pela vida', como se todos os outros fossem contra a vida).
Não foi preciso.
Estávamos desde o ínicio perante um nado-morto.
É que, bem vistas as coisas, estes protagonistas só o são enquanto a IVG não for despenalizada.
Assim, podem continuar a aparecer na televisão e nos jornais mais uns tempos.
Ou alguém dúvida que a questão do aborto será o tema central da campanha eleitoral do Bloco de Esquerda nas próximas Eleições Autárquicas?
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