Demasiado mau para ser verdade
"O descerramento de uma lápide na Praça do Comércio, em Lisboa, evocando o assassinato do Rei D. Carlos I e do filho, príncipe Filipe, a 1 de Fevereiro de 1908, levou ontem ao local uma pequena multidão de cem a 150 monárquicos empunhando bandeiras da monarquia e gritando ?Viva o Rei!? Na lápide, descerrada pelo presidente da câmara, Carmona Rodrigues, e D. Duarte de Bragança, lê-se: ?Neste local, a 1 de Fevereiro de 1908 morreram pela pátria Sua Majestade El Rei Dom Carlos I e o Príncipe Real D. Luís Filipe.? Junto ao palanque onde falaram o presidente da Real Associação de Lisboa, Ricardo d?Abranches, D. Duarte de Bragança e o autarca foi colocado um cartaz onde se lia ?O Rei morreu!
Viva o Rei?.
Ao lado do microfone, postou-se um porta-estandarte segurando uma grande bandeira da monarquia. O presidente da Real Associação de Lisboa, dirigindo-se a D. Duarte e à mulher como ?Suas altezas reais? e aos populares como ?correligionários?, afirmou encontrar-se ali para recordar ?o dia horrendo de há 98 anos?. D. Duarte lembrou ?os dois patriotas que foram mortos? no local. Depois, um elemento da Real Associação de Lisboa dirigiu-se ao microfone: ?Depois das palavras de sua alteza real, não devia haver outra palavra. Peço desculpas suas altezas. A última palavra é de facto do rei.? Em seguida, tomou a palavra Carmona Rodrigues: ?Suas altezas reais duques de Bragança?, afirmou, ?preferíamos evitar este momento. O regicídio não foi mais do que um desses momentos infaustos em que a inteligência foi vencida pela brutalidade.? O autarca disse ainda que ?el-rei Dom Carlos continua vivo?.
in Público 01-02-2006
13 Comentários:
Porquê que é demasiado mau para ser verdade? Acaso o meu caro, se tiver algum conhecimento de história da época, acha que implantação da República foi um movimento muito... «nobre»? Não! Foi feito de abusos, autoritarismos e injustiças, entre as quais se conta o regícidio canalha, inutil e desnecessário do Rei D.Carlos.
Sou republicano.
Acaso me ouviu defender o regicídio, relativamente ao qual faço precisamente as mesmas qualificações ?
A questão é que é indigno a um representante do povo tratar o Engº Duarte de Bragança e sua mulher por altezas reais. Vivemos numa REPÚBLICA !
É uma formalidade que resulta de um longo passado COMUM A TODOS NÓS PORTUGUESES. A casa de Bragança, orgulha-me a mim, português! Acaso você é igual aos fundamentalistas da Primeira Republica que chegavam à Brasileira no Chiado e gritavam um "Viva a República" e quem não se levantasse e gritasse também era imediatamente ali chibatado?
Tenha dó. O meu caro está com um seculo de atraso.
«A casa de Bragança, orgulha-me a mim, português!»?????????
Porque carga d'água, português?
Porque faz parte da História do meu país. Qual é a admiração?
Tal como faz parte a luta da Carbonária pela República.
Onde está a placa evocativa?
Vivemos numa República. Ninguém deve ser tratado dessa forma.
Se vier falar comigo, é mesmo "bom dia Sr. Engenheiro".
Está a dizer-me que existe algum défice de evocação da República em Portugal?! Mais: Aqui por Portugal, e não sendo a República uma questão polémica passados mais de cem anos, a História não presta homenagem a assassinos. E por aí?
"Sr.Engenheiro" é nomem próprio?... Já agora seja coerente, Pedro Sá.
Seria falta de educação da minha parte tratar quem não conheço pelo nome, não acha ?
"Já mataram o Rei gordo
E o magrinho também,
Acabem com o que ficou
E depois liquidem a mãe"
Quadra Popular
Seria coerente acabar com qualquer título, a começar pelos académicos. Parece ser contra eles...
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