quarta-feira, maio 11, 2005

Vale Mais um Bom Pinheiro do que 2600 Sobreiros




A nomeação de Luís Nobre Guedes para Ministro do Ambiente do Governo PSP-PP foi uma escolha apenas compreensível à luz da distribuição das cadeiras (na mesma linha da escolha da Teggy temporariamente para a Defesa, porque o avô tinha sido General, e depois para a cultura, vá-se lá saber porquê).

A pasta do Ambiente até tem uma boa visibilidade e contribuia para a estratégia de Portas de que 'os bons Ministros são os do PP e o resto... é o que se vê'.

Mas quando surgiu o caso da vivenda na Arrábida, ficou a perceber-se qual a perspectiva de Nobre Guedes sobre questões ambientais (é mais bolos...).

Agora surge o Despacho conjunto dos então-Ministros Nobre Guedes (Ambiente), Telmo Correia (Turismo) e Costa Neves (Agricultura), 4 dias antes das eleições, a permitir o abate de 2600 sobreiros que, há cerca de uma década, são um obstáculo para que uma empresa do Grupo Espírito Santo construa um empreendimento turístico lá para os lados de Santo Estêvão.

Telmo Correia já fez saber publicamente que voltaria a assinar o referido Despacho, a bem do empreendedorismo turístico. Com a devida ressalva para a notícia da SIC (que o levaria, provavelmente, a ler o Despacho antes de o assinar). Costa Neves também.

Santana Lopes sublinhou que aquilo não era nada com ele (tal como tudo resto).

Contudo, parece não ser clara a natureza da relação entre o PP e o Espírito Santo.

Daí entrarem nesta história Abel Pinheiro, o homem das finanças populares, e Luís Horta e Costa, José Manuel Sousa e Carlos Calvário, três altos quadros do Grupo Espírito Santo.

Terá havido tráfico de influência entre o Espírito Santo e o anterior Governo?

Isso talvez explique como Durão Barroso, Paulo Portas e, mais tarde, Santana Lopes chegaram ao Governo: por obra e graça do Espírito Santo...

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial