Resultados Eleitorais
Alguns pontos de análise:
1. Melhor resultado de sempre do PS, que contudo, se transplantado para eleições legislativas e ainda que conseguisse a maioria absoluta, apenas lhe conferiria 116 a 118 Deputados, dependendo dos votos dos emigrantes.
Daqui advém a necessidade, para o PS e para a Democracia, de revisão do actual sistema de círculos eleitorais, que beneficia desmesuradamente o PSD.
2. É simultaneamente uma vitória do PS e uma derrota do Governo.
3. Considerando que o nível de abstenção foi semelhante ao de anteriores eleições europeias, não se pode dizer que alguns eleitores socialistas se tenham abstido em protesto contra a liderança de Ferro Rodrigues.
4. Quem deve estar satisfeitíssimo com o resultado eleitoral é João Soares, que vê, na provável ausência de reais competidores a Ferro Rodrigues, a sua oportunidade de ganhar espaço para outras batalhas. Contudo, duvido que se vá gerar um clima de descontentamento que permita a João Soares o resultado acima de 25% que ambiciona...
5. A derrota é da política do Governo e não do PP e de Paulo Portas. Parece-me que os eleitores demonstraram a sua insatisfação com a política de Durão Barroso, e não o peso do PP.
6. A CDU obtém um resultado aparentemente positivo, que contudo não esconde perdas superiores a 2% em todos os municípios da Área Urbana de Lisboa.
7. O BE chega a ultrapassar os 10% nalgumas freguesias urbanas, mantendo o seu perfil de partido de eleitorado urbano.
8. Tendo em conta toda a conjuntura, 1% para o PND é, como diz e bem Manuel Monteiro, um bom início para o novo partido. O que só é ofuscado por não ter conseguido ultrapassar o PCTP/MRPP.
9. O facto de apenas o PDA e o POUS terem ficado abaixo do PNR, que não consegue ter mais votos que o PH quer que o MD, é algo que sossega todos os democratas.
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