A dúvida
Após a decisão do Tribunal Administrativo, há que ponderar sobre o futuro político de Santana Lopes. De facto, se o estudo de impacto ambiental impedir a construção do túnel do Marquês, poucas alternativas parecem restar ao Presidente da Câmara de Lisboa.
O que terá acontecido não foi certamente diferente de uma destas três possibilidades:
- o parecer técnico indicou a desnecessidade de estudo de impacto ambiental;
- após parecer técnico que indicou a necessidade do mesmo, uma chefia veio dizer o contrário (coisa que por várias vezes acontece em certos municípios);
- independentemente dos pareceres técnicos (se é que os houve), o Presidente da Câmara avançou qual bulldozer para a construção do túnel independentemente de quaisquer considerações.
Em meu entender, sendo esta a sua promessa emblemática de campanha e a obra que marca o seu mandato, se não for possível construir o túnel do Marquês tendo em conta o estudo de impacto ambiental Santana Lopes deve necessariamente demitir-se.
Não concordo com julgamentos públicos, mas os titulares de funções públicas têm de ser responsáveis e responsabilizados. E avançar com uma obra desta envergadura para satisfazer o seu próprio ego contra as condicionantes básicas é um hino à irresponsabilidade.
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