Como é possível que ainda lhe dêem tempo de antena ?
Fernando Ka aproveitou o espaço que José Manuel Fernandes lhe concedeu para nos brindar mais uma vez com os seus profundos disparates.
De facto, Ka, para além das questões do voto dos imigrantes sobre as quais já me pronunciei, volta a dizer que é inacreditável que ainda não haja nenhum negro deputado na Assembleia da República portuguesa e que é insustentável manter a exclusão de afro-negros.
Estas frases devem ser analisadas em duas perspectivas:
I
No que realmente FK deseja. Ora, quem acompanhe o seu percurso sabe-o e bem. Fernando Ka deseja à viva força ser Deputado, para isso inventando pretextos como os que enuncia, defendendo quotas para as minorias étnicas, etc.
II
Quanto aos factos. É certo que não existe nenhum preto (formulação bem menos racista que qualquer outra, diga-se) que seja Deputado à Assembleia da República. Mas:
a) isso quer dizer que exista racismo e exclusão ? É algo que não só está por provar, como nem Ka nem ninguém o conseguirá provar, porque isso é coisa que nunca vi em qualquer partido político;
b) de facto há Deputados que pertencem a minorias étnicas, pelo menos três, dois de origem indiana (António Costa e Narana Coissoró) e uma de origem timorense (Natália Carrascalão).
Todas as opiniões podem existir. O que é inacreditável é que ainda seja dado tempo de antena a quem diz destes disparates e, pior, apenas para tentativa de promoção pessoal.
ADITAMENTO: Os meus agradecimentos ao Eclético, por nos ter informado que, de facto, há um Deputado de raça negra, Helder Amaral, do CDS-PP, pelo círculo de Viseu.
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