O Embuste Administrativo
Manuela Ferreira Leite declarou, acerca do Orçamento de Estado 2004 e da Função Pública que, "o processo de admissões na função pública está travado" por forma a "reduzir custos com a máquina do Estado".
Claro que não perdeu a oportunidade para «lembrar» que durante o Governo do PS, "a média de admissão de funcionários era de 91 por dia, o que, entre outros efeitos, melhorava muito os números do desemprego".
Vamos pois voltar ao tempo do Cavaquismo, quando também havia o rigor no controlo da dimensão da máquina administrativa do Estado, de que resultaram cerca de 70.000 contratos de avença e tarefeiros.
O Governo PSD vai portanto, e novamente, utilizar a opção de recursos humanos precários, sempre que tal se justificar para apagar os fogos a uma Administração Pública cada vez mais enfraquecida.
E se calhar, vai voltar a ser um Governo PS que regularizará as situações precárias permanentes, tal como fez em 98 ao admitir aqueles 70.000 funcionários contratados durante o Governo de Cavaco Silva. Estes mesmos 70.000 que contribuem para a contabilidade de cartola utilizada por Manuela Ferreira Leite para calcular cinicamente uma média de admissões diária no tempo do PS.
Mas o que esperar de quem já se habituou a fazer toda a espécie de batota para tentar que os números orçamentais se aproximem do previsto?
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