segunda-feira, março 06, 2006

Mais uma vez ridículo

Este post de Rui Namorado.

Sobre o mesmo tenho a dizer que:

1. É muito fácil arranjar pretextos para se promoverem alterações das regras do jogo que supostamente serão em benefício do próprio e do seu grupo.

2. Eu nem quero pensar no que aconteceria se existisse escolha directa, por exemplo, dos candidatos do PS à Assembleia da República ou às listas municipais. No dia seguinte certamente aconteceriam aberrações como Dias Baptista candidato a Presidente da Câmara de Lisboa ou certos dos melhores Deputados excluídos por serem considerados "distantes das Bases". Seria um enorme favor que faria aos caciques, bem como ao PSD em sede de actividade parlamentar...

3. Os partidos políticos portugueses não têm condições que lhes permitam suportar os custos das candidaturas. Ah, mas claro, isto é sempre conversa de quem vai a votos e perde por sistema.

4. Quem ocupar posições de relevo no universo das grandes empresas privadas, ou tiver actividades de intermediação em negócios, não deve ocupar lugares de direcção no partido. Se ainda se falasse em lugares públicos eu até poderia pelo menos compreender a ideia. Mas isto seria um atentado descarado à liberdade. E é tomar como ponto de partida a desonestidade e a má vontade das pessoas.
Os problemas pessoais de Rui Namorado com Pina Moura são lá com ele.

5. A declaração pública de interesses por parte dos dirigentes nacionais, federativos e concelhios é, então, de um absurdo inimaginável. Só não é peregrina porque João Ribeiro enquanto candidato a Secretário-Geral da JS defendeu semelhante alarvidade em 2004. Se, de acordo com o que Pacheco Pereira na altura escreveu, também não concordo com esse regime...

6. RN não é deste mundo. As pessoas vão para um partido político para fazerem política, e não para criar hábitos de fruição e criatividade culturais que amadureçam e despertem os militantes. E eu já nem vou falar daquilo que escrevi variadíssimas vezes sobre política cultural: isto é uma pura tentativa de lavagem ao cérebro dos militantes - já que não conseguem convencê-los por outras vias, querem impressioná-los com a sua inútil erudição. E de chamar gente que fosse votar só nos intelectualóides, é claro.
Mas acima de tudo não me faltava mais nada do que me andarem a chatear para encontros culturais dentro do Partido em vez de resolver questões importantes...

7. Então a pedinchice de lugares em grande escala para a ala alegrista ultraminoritária é de chorar a rir.

1 Comentários:

Às 27 dezembro, 2006 18:19 , Anonymous Anónimo disse...

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