Desacordo
Pois é, Paulo Gorjão, desta vez não estamos de acordo. O que não quer dizer que eu concorde com a análise do Pedro Adão e Silva relativamente às consequências práticas.
Isto é: se no Governo o PS tem de aplicar a sua política, que é indubitavelmente uma política de esquerda, sem preocupações de posicionamentos ideológicos, até por uma questão de convicção...e agora não há desculpas...aliás, ninguém espera que este Governo adopte medidas consideradas radicais...
Por outro lado, existindo maioria absoluta qualquer entendimento é desnecessário. Entendimentos necessários, tendo em conta a realidade parlamentar, terão de ser feitos em conjunto com o PSD em matérias que exijam uma maioria de 2/3.
Obviamente, não posso concordar com uma análise derrotista que considere desde logo que o centro está perdido para o PSD. A conjuntura destas eleições representa uma enorme oportunidade para o PS fixar votos que anteriormente nunca detivera...basta a José Sócrates convencer.
Sem prejuízo de que 14% de Deputados à esquerda constituem uma realidade inapagável. Em qualquer caso, lembre-se que o crescimento do BE ocorreu essencialmente nas áreas e sectores onde tinha menos peso político e representação. Por exemplo, na freguesia de Carnaxide, desde sempre uma das onde sempre teve maior percentagem, o Bloco desceu relativamente às eleições europeias.
É assim dentro desta lógica bipolar que terá que ser desenvolvida a estratégia do PS. Contudo, acima de tudo estará necessariamente a preocupação de governar bem e de acordo com o programa de Governo (que é acima de tudo um documento ideológico, diga-se) e as necessidades do país.
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