quinta-feira, junho 28, 2007

Demagogia

Aqui:

1. Confundir uma decisão política com a proposta de uma comissão só pode acontecer por burrice pura e simples ou por maldade gratuita.

2. Uma qualquer destas propostas não poderia ir contra acordos colectivos.

3. Ligar dias de férias à assiduidade foi das coisas mais absurdas que eu já vi serem implantadas. A assiduidade é uma obrigação do trabalhador, e não tem que ser premiada.

4. O alargamento do conceito de despedimento por inadaptação é algo que se impõe, tendo em conta o carácter excessivamente restritivo da lei actual.

5. Os motivos que levam ao despedimento dos trabalhadores vão ser os mesmos. Mas a sua concretização será muito mais fácil. Ou seja, elimina-se o único argumento real a favor da liberalização dos despedimentos, que se prende com os custos de transacção.

6. A redução da hora de almoço é algo que faz todo o sentido em sede de contratação colectiva. E há que permitir uma maior flexibilidade (eu diria, TODA a flexibilidade) para atender aos períodos de maior necessidade. Aliás, esta proposta vem reforçar os direitos dos trabalhadores, porque horas extraordinárias é coisa que quase não existe no sector privado. E garante dias de descanso correspondentes ao período em excesso.
Claro que depois se houver quem não os goze por causa das aparências, é um problema que é apenas seu.

7. A dita redução do valor do subsídio de férias é uma exigência de seriedade. Estar a calcular subsídios de férias com base em subsídios de almoço e outros elementos que não fazem parte da remuneração-base é um absurdo lógico.

Sr. Primeiro-Ministro

Depois disto, entendo que a única solução possível é demitir imediatamente Correia de Campos:

1. Por estar a defender algo que é literalmente caridadezinha, e como tal radicalmente contrário aos princípios ideológicos do PS.

2. Acima de tudo, por defender que se coloque em causa a saúde de muitas pessoas ingerindo medicamentos fora de prazo.

Por que espera ?

Inteiramente de acordo...

...com este post, exceptuando a linguagem.

Já sei que o nosso Monsenhor é um acérrimo defensor dessa medida, mas eu continuo na minha: pura e simplesmente deveriam ser abolidas todas as restrições aos horários de comércio. Não fazem qualquer sentido.

Essa liberalização vai trazer mais emprego, estimular a economia, facilitar a vida aos consumidores. E nada de conversas com defesa do pequeno comércio, não cabe ao Estado defendê-lo, porque não é mais que o médio e grande comércio. E mesmo que assim fosse, entre os interesses de uma parte e os interesses de todos, eu escolho sem dúvida os interesses de todos.

quarta-feira, junho 27, 2007

I Quem? É Quem?



Enfim, o descrédito...

terça-feira, junho 26, 2007

Sérgio Sousa Pinto

Paulo:

Concordo por inteiro que há que criticar o que o eurodeputado disse, embora por razões bem diferentes:

1. De facto, antes de mais concordo plenamente com a interpretação que faz quanto ao que para ele significa "espírito europeu".

2. É totalmente irrelevante que SSP tenha feito outras coisas na vida sem ser política a tempo inteiro ou não. Aliás, disse-o já várias vezes e repito: poder fazer política a tempo inteiro é uma inegável vantagem.

3. O que é realmente problemático é que "complexas" neste caso concreto parece ter um sentido muito próximo de "fundamentais", o que significa que assuntos tão transcendentes como uma (cada vez menos próximo, felizmente) decisão sobre a perda da independência por adesão a um Estado Europeu não deveria ser submetida a referendo, o que é total e absolutamente inadmissível.

4. Já agora Paulo, ele é licenciado em Direito. Mas a qualificação que tem é ter sido eleito pelo povo, como é evidente. Felizmente, em Portugal não existe nenhum requisito capacitário para o exercício de qualquer tipo de funções políticas. Isto agora pensar que é preciso ter pós-graduações para exercer cargos políticos é cá uma coisa...
Logo, é irrelevante qual o currículo e as qualificações que tem. E os assessores que tem, hão-de ser em número semelhante ao de qualquer outro eurodeputado.

Será que ele quer tornar-se um clone ?

António:

Bem reparo que ultimamente deu em ser mais ultraliberal que o João Miranda, mas esse post que escreveu leva a uma conclusão de tal maneira disparatada que me pergunto se está com vontade de se tornar um clone do inefável Luís Delgado...

sexta-feira, junho 22, 2007

Não há pachorra para a direita conservadora

Aqui, pode ver-se claramente como se critica um indicador no qual Portugal está na vanguarda mundial e do qual só nos devemos orgulhar.

Isso da mulher mãe e dona de casa acima de tudo, as dondocas que fiquem com isso. Mas não queiram que as outras assumam essa fútil escolha de vida.

quinta-feira, junho 21, 2007

Finalmente alguém com eles no sítio

A propósito deste post de Vital Moreira, com o qual discordo por inteiro.

De facto, se há coisa que José Sócrates demonstrou foi coragem para romper com hábitos instalados e defender o seu bom nome. Não é por alguém ocupar cargos políticos que é menos que os outros e já se pode insultá-lo sem consequências. As regras são iguais para todos. Insultar o Primeiro-Ministro ou, por exemplo, a D. Luciana que faz a limpeza no andar onde trabalho é exactamente a mesma coisa.

Para além disso, uma coisa são críticas, por muito duras que sejam. Outra coisa são ofensas.

terça-feira, junho 19, 2007

A justa luta contra o saudavelmente correcto

Aqui e aqui.

Muito embora haja uma diferença essencial entre a comida e o tabaco, é que não há fumo metido ao barulho...embora esta obsessão protectora me meta simplesmente nojo.

Ainda homens e mulheres...

Ao que parece Ségolène Royal terá dito isto:

Pedi a François Hollande que deixasse a nossa casa, que vivesse a sua própria história sentimental, agora mergulhada entre os livros e os jornais, e desejei-lhe que fosse feliz.

Havia de ser comigo...ela é que se quer separar e eu é que tenho de sair de casa ??? Era o que mais faltava...e depois venham cá dizer que as mulheres são umas coitadinhas...

Já fiquei mal disposto...

...depois de ler este post, pelas razões que passo a referir:

- não há paciência para homens com complexos de culpa sexista;

- essa conclusão de que "os homens não gostam de ser dirigidos por mulheres" e por isso cooptam-se uns aos outros não só não tem qualquer tipo de base de prova, como demonstra uma estranha ignorância face aos mecanismos de selecção; para mais, não conheço nenhum homem que não se esteja borrifando para se o chefe é homem ou mulher, todas as coisas que já ouvi nessa matéria vieram de mulheres, ao ponto de ouvir da boca de uma "as mulheres com poder na mão são um perigo"...quanto a isto, estamos conversados (como se fosse novidade para alguém que 99% dos maiores machistas do mundo são mulheres);

- agora o Estado tem alguma coisa a ver com a maneira como cada família nos termos da sua vida privada gasta o seu tempo e divide as suas tarefas ? Mais: se não há uma divisão maior de tarefas em casa, é porque as mulheres não querem. Sim, é verdade. A quantidade de coisas que se chegam à frente sem dizerem nada, que fazem questão de ser elas a fazer, etc. etc.; ainda assim, é notório que o Daniel Oliveira não faz a mais pequena ideia do que é a vida familiar de um casal comum;

- Levar e buscar filhos à escola agora só tem valor se implicar gastos superiores a uma hora ?

- Quer queiram quer não queiram, a responsabilidade profissional é algo mais importante que brincar com os filhos ou acompanhar o respectivo estudo; pensar o contrário é não ter juízo - para além disso, muito provavelmente os filhos da grande maioria dos inquiridos já têm idade suficiente para estarem excluídos desses pressupostos;

- Não está minimamente demonstrado que uma mulher para ser escolhida para um cargo de chefia tenha que ser muito melhor que um homem, e muito menos no sector privado...realmente quem quer saber é de ganhar dinheiro alguma vez vai estar preocupado se a pessoa é homem ou mulher ? DUHHHH !

Ainda as dondocas...

...para linkar o
post do Bruno Alves, com o qual concordo no essencial.

Das três uma

Lendo esta notícia, e se não tivesse a certeza que era pura demagogia (na qual realmente só os mais incautos podem cair), conhecendo o calibre da pessoa em questão, muito facilmente poderia ser uma de outra duas coisas: ou manifesta irresponsabilidade, porque a aplicação de uma medida como essa pura e simplesmente paralisaria a Câmara Municipal, ou obsessão em ter para si a pasta do Urbanismo, o que cheiraria logo a esturro e a vontade de meter ao bolso.

segunda-feira, junho 18, 2007

Imperceptível

De facto, não percebo este post.

Pela simples razão que a construção de um aeroporto é uma decisão ser tomada ao abrigo da função administrativa, a qual está à margem das funções constitucionais do Presidente da República.

Hilariante

É ver algumas vozes, com o inefável José Manuel Fernandes à cabeça, a falarem em riscos de autocracia e afins.

Patéticos.

Para mais quando o horrível liberalismo que defendem conduziria a uma total autocracia do dinheiro.

Eu já assinei

Aqui. Porque o trabalho académico não deve ser misturado com questões políticas.

Patético

Lendo este post de Ana Gomes e seguindo os links para a carta que enviou ao CEME tenho a fazer os seguintes comentários:

1. Dá por adquirido que algo se passou (claro, porque foi uma mulher a queixar-se numa instituição que actualmente é predominantemente masculina), sem prejuízo de a denúncia ter sido um acto correcto, tendo em conta a existência de indícios.

2. Dá por adquirido que, a ter-se passado algo, foi algo de machista, quando nada nos garante que não tenha sido o mesmo tipo de praxe que todos ali recebam. E das duas uma: ou se critica a coisa em si e se criticam as praxes militares, ou não se critica coisa nenhuma.

3. O pior mesmo é a tal carta, infestada de declarações sexistas tais como:

- "o imperativo de aumentar a presença de mulheres nas forças armadas ancora numa questão de princípio e numa questão de eficácia"...como se a eficácia de qualquer militar não fosse independente do sexo...até dou de barato a questão de princípio;

- "é cada vez mais reconhecida a importância da presença de mulheres em forças expedicionárias que actuem num contexto de peace-keeping/peace-enforcement onde a componente de contacto/confiança com a população local é decisiva"...claro, claro...a guerra é dos homens e a paz das mulheres não é ? E por que raio de razão faz diferença o género para a componente de contacto/confiança ? Só em certas cabeças, de facto...

- creches em estabelecimentos militares ? Mas o que é que os militares são mais que os outros funcionários do Estado para terem direito a isso ? Isto para não falar que, em mente supostamente tão progressista, cai a nódoa com a maior das facilidades: acha que as questões de filhos são problema da mãe e não do pai. Ah, pois é, eu esqueço-me que há uns tempos fiquei escandalizado quando ouvi da boca de uma PSICÓLOGA com menos de 40 anos que "os filhos são só da mãe". Assim se descobre a monumental hipocrisia desta gente, com os seus claríssimos objectivos de domínio de género. Pena que muitos homens estejam cheios de ridículos complexos de culpa.

Er...

Aqui tivemos uma boa série de gente, claro, com as dondocas do costume à cabeça, a quererem enganar os mais incautos em busca do que realmente pretendem: subsídios para que o Estado sustente mulheres donas de casa.

Até porque, como toda a gente sabe, ter menos de 3 filhos é inadmissível para certas pessoas, as mesmas que acham que o papel da mulher é ser mãe e dona de casa e trabalho só se for em part-time.

Ah e mais que isso: é querer estar a usar o Estado para decisões onde este não é chamado, uma vez que se tratam de assuntos da vida privada de cada um.

sábado, junho 16, 2007

Adivinhem quem fez isto

Quem foi ?

Os métodos são conhecidos. Claro, os comu...comu...comu...vermelhozzz....

sexta-feira, junho 15, 2007

Simplesmente asquerosa (sem ofensa ao asco)

Tem toda a razão, Francisco Mendes da Silva.

Mas eu vou mais longe. E só não chamo puta a isso porque de facto não quero que fique qualquer margem para dúvidas de que poderia fazer comparações entre qualquer profissional do sexo e semelhante ser.

É verdade que também pensei em chamar-lhe monte de merda. Mas, afinal, tal material vem de dentro de todos nós, pelo que merece um mínimo de consideração.

É que nem sei até que ponto é que o que ela diz não é pior que o que a ETA diz dos que não considera serem bascos, ou que o que Hitler dizia dos judeus, o que extremistas judeus e islâmicos dizem uns dos outros, etc., etc.

A nova moda

A propósito deste post, realmente é moda agora atribuir-se todas as bases da democracia ao cristianismo.

Rotundo disparate.

Em primeiro lugar, porque isso seria esquecer uma boa série de contributos posteriores que em nada têm a ver com ele.

Em segundo lugar, e mais importante, porque em bom rigor o cristianismo enquanto filosofia não passa de sincretismo das escolas filosóficas gregas pós-aristotélicas, com o estoicismo em lugar de destaque.
Leiam a História da Filosofia de Nicola Abbagnano e verão facilmente como isto se pode concluir, sendo que nunca conheci ninguém que pusesse em causa a objectividade da obra.

Desonestidade

Realmente, mete nojo a maneira como alguns descaradamente se querem servir dos dinheiros públicos para alimentar instituições privadas.

E sim, para o caso é-me totalmente indiferente o que fazem, como me é indiferente pertencerem ou não a qualquer confissão religiosa.

O relevante é que o post está todo construído para fundamentar uma lógica que não só é assistencialista (logo caritativa, negativa, etc.) como pretende justificar que as actividades sociais de uma confissão religiosa devam ser subsidiadas pelo Estado. O que, em bom rigor, tendo em conta a vertente de proselitismo que lhe está indissociavelmente ligada (nem faria sentido que não estivesse, em rigor...alguém imagina uma actividade social de uma qualquer confissão onde os voluntários não vão falar de religião ?), configuraria, ainda que indirectamente, uma violação do princípio da laicidade do Estado.

Lisboa

De facto, Daniel, também já fiz as contas e dão essa distribuição de vereadores.

Contudo, e já sabendo do que a casa gasta, arrisco-me a prever este resultado:

PS 7 mandatos
PSD 4 mandatos
LCC 2 mandatos
CDU 2 mandatos
BE 1 mandato
CPL 1 mandato

Isto porquê ? Um 7º mandato do PS está bastante em cima tanto do 3º mandato da LCC como de eventuais 2ºs mandatos do BE e da CPL. E a bipolarização vai crescer, pelo que depois desta sondagem se prevê que Negrão suba e Carmona desça. Para ajudar à festa, isto é apenas o início de algo que se sabe e bem: é que o eleitor de direita, em Portugal, foge à indicação partidária de voto muito mais dificilmente que o eleitor de esquerda, salvo casos notórios de identificação sociológica com um candidato (ou quem julgam que elegeu Isaltino em Oeiras ? O grosso do eleitorado PSD, pois claro, basta ver como ganhou nas freguesias mais à direita e de entre as 5 grandes freguesias as 2 que perdeu serem 2 das 3 mais à esquerda).

Depois, já sabemos que a CDU tem sempre mais votos na urna que nas sondagens, passando-se exactamente o oposto com o BE. E, considerando que a percentagem necessária para eleger um vereador andará pelos 4,5%, eu não excluo em absoluto, embora tal me pareça improvável, uma eleição de Telmo Correia, resta saber à custa de quem.

O positivo deste cenário é que permite a formação de uma maioria PS/CDU na Câmara Municipal, única situação possível de governabilidade não havendo maioria absoluta, tendo em conta que:
- não interessa ao PSD apoiar o novo Executivo;
- por motivos conhecidos, ninguém vai querer acordos com Carmona Rodrigues;
- de José Sá Fernandes nada de construtivo se pode esperar, e da vingativa Roseta muito menos.

Eu bem digo...

A propósito da discussão entre o Tomás Vasques e o Luís Novaes Tito, não posso deixar de afirmar a minha total concordância com o primeiro.

Aliás, não é por acaso que já aqui afirmei concordar com a (uma vez na vida) saudável e credibilizante proposta de Luís Filipe Menezes para o efeito, ao pretender impedir pessoas que tenham estado inscritas num partido político nos últimos 2 anos de fazer parte de listas independentes.

Preocupação...

...é o sentimento que tenho quando vejo o Paulo Gorjão a linkar mais que uma vez para um texto de Ângela Silva, um dos comentadores mais reaccionários e conservadores deste País.

quinta-feira, junho 14, 2007

Ai...

Deste post, e independentemente do seu conteúdo, para o caso irrelevante, apenas mais uma vez demonstro a minha irritação por este culto da dúvida e da inquietação e pelo correspondente desprezo às certezas.

segunda-feira, junho 11, 2007

Eleições na Bélgica

Carlos:

Atenção a estes pormenores, a tomar depois de somar os resultados dos partidos flamengos e francófonos:

Democratas-cristãos 24,6% (+ 5,9%)
Liberais 24,3% (-2,5%)
Socialistas 21,2% (-6,7%)
Vlaams Belang 12,0% (+0,4%)
Verdes 9,1% (+3,5%)
Ultra-liberais 4,0% (novos)
Front Nacional 2,0% (=)

Que razões para tão grande descida dos socialistas belgas ?

Parece que já não conhece a peça...

Daniel:

Ou anda desatento ou esqueceu-se do modus operandi de António Nunes, sempre a querer dar mediatismo às suas acções.

Ou seja: estava prevista para estes dias uma acção de fiscalização ao Maxime, e mal o Presidente da ASAE soube da tal festa nem pensou duas vezes...

Er...

Vital Moreira:

Convenhamos que não é muito sério responsabilizar o Presidente da República por haver quem lhe vá entregar estudos e não ao Governo...

Eu também sei inventar muita coisa

Se isto fosse verdade, é evidente que se teria sabido da história na altura em que se teria passado.

A razão pela qual Albino Carneiro inventou esta história toda é simples: quer arranjar um bode expiatório (e quem neste momento mais óbvio e fácil que a DREN ?) para o encerramento de escolas no município a que preside.

Ah e já agora. O PSD e o CDS deveriam ter a dignidade de não candidatar a qualquer cargo público qualquer padre. Esses e qualquer outro partido, e só não faço aqui referência explícita à UDP e ao PS na Madeira porque não estou certo de que à data da respectiva eleição Martins Júnior fosse ainda ministro religioso.

sexta-feira, junho 08, 2007

A fascista também é racista (oh, que surpresa)

Ler aqui.

Esta mulher o que menos lhe falta é vontade para querer impor o cristianismo a todos os que vivem na Europa, ou querer expulsar todos os muçulmanos. Por isso mente e transmite mentiras.

Está claramente sugerido no artigo um tratamento especial pela negativa para todos aqueles que sejam muçulmanos caso pratiquem algum tipo de ilícito, quando o que há a fazer nesses casos é pura e simplesmente aplicar a lei respectiva.

Querem a Sharia ? Realmente, não vejo diferença nenhuma entre essas eventuais reclamações e as dos que apoiavam os Bäder-Meinhöf nos anos 70, ou outras. É a nova forma de protesto social.

Irresponsabilidade

É o que surpreendemente vem defender o Paulo Gorjão, ao apelar explicitamente à defesa de bairrismos contra o interesse nacional.

Às vezes elas vêm de onde menos se espera...

Na realidade...

Medeiros Ferreira:

Seria de exultar, pelo contrário, se nunca tivessem existido contactos entre um governo legítimo e uma organização terrorista de ideologia nazi que só prejudica o povo que diz defender.

quinta-feira, junho 07, 2007

Uma vez na vida ele tem razão

Luís Filipe Menezes, ao defender a credibilização das candidaturas independentes desejando limitá-las a todos aqueles que não militem em qualquer partido até dois anos antes das eleições.

Quando muito, o prazo talvez seja excessivo, um ano seria o suficiente. Tudo para que acabe esta bandalheira que é o recurso às listas independentes por parte dos que queriam ser candidatos pelo seu partido e não o conseguiram. E que só as descredibiliza.

quarta-feira, junho 06, 2007

Palhaçada

Esta proposta.

Infelizmente que já se sabe que de tempos a tempos o PSD vem propor barbaridades como esta com o único e exclusivo objectivo de querer ganhar Deputados na secretaria.

Claro que isto nunca irá para a frente, pois só se o PS fosse decididamente BURRO é que iria na conversa...

terça-feira, junho 05, 2007

E estou-me nas tintas para que me venham chamar ultraliberal

Concordo em absoluto com este post.

Se de facto as pessoas optam por não se submeter a um regime jurídico, tal não se lhes deve impor pela porta do cavalo. Quando muito, deveria haver essa possibilidade.

E a lógica de protecção é ridícula. Estamos perante duas partes iguais, que sabem muito bem o que querem ou não fazer. Se não se protegem a elas próprias paciência, o Estado e os outros é que não têm nada a ver com isso. As pessoas são adultas ou não ?

De facto, o liberalismo não serve

Adolfo:

1. Fico estupefacto quando falas em superação do actual modelo de Estado e estás a defender um modelo que já foi superado. Basta leres doutrina jurídica do século XX sobre a vinculação das entidades privadas aos direitos fundamentais para perceberes o erro em que estás a cair. É que se o problema é ideológico, o Prof. Vieira de Andrade parece-me insuspeito nessa matéria...

2. Desmantelamento do monopólio estatal da titularidade e gestão dos interesses gerais ? Mas quem é que há-de os ter ? Eu só conheço interesses individuais, interesses de grupo e interesses gerais. E estar a dividir ou a ceder os interesses gerais a privados é algo de totalmente inaceitável, uma vez que coloca em causa por todas as razões possíveis e imaginárias todos os princípios da democracia e da soberania.

Pois, eu bem dizia ontem

De facto a caixa de Pandora está aberta.

Contudo, há alguns pontos em que não me junto às críticas:

- de facto, seria ainda mais inaceitável exigir renúncias ao mandato, e não conheço mais nenhum órgão executivo onde seja efectivamente possível suspender o mandato;

- seria de todo ridículo querer aplicar semelhante medida a factos que não se liguem ao exercício das funções;

- por motivos que me parecem óbvios, estaria sempre fora de questão aplicar semelhante medida a membros de órgãos deliberativos.

Sejamos em qualquer caso práticos. Isto foi puro spin: o Governo atirou a hipótese cá para fora para ver qual era a reacção, e perante a rejeição geral está-se mesmo a ver que isto vai cair.

segunda-feira, junho 04, 2007

Hmm ?

Relativamente a esta notícia, para além de ter dúvidas sobre a constitucionalidade de tal norma, uma vez que pode colidir com o princípio da presunção de inocência, não sei até que ponto é que não se estará a abrir uma caixa de Pandora perigosíssima...

sexta-feira, junho 01, 2007

A esquerda e o direito à greve

João Miranda:

Estou evidentemente de acordo consigo relativamente aos pontos 1. e 4. Qualquer tipo de sabotagem é evidentemente censurável, e se a lei impõe serviços mínimos isso se deve a razões óbvias de proporcionalidade entre os interesses envolvidos.

Quanto ao ponto 3., como é evidente é proibido substituir os trabalhadores em greve, caso contrário poderia assistir-se pelo menos à relativização dos efeitos que se pretendem com a mesma no sentido de ficar enfraquecida a posição do trabalhador.
E fiquei sem perceber se efectivamente no ponto 2. se refere a câmaras CDU que fecharam as portas por ordem superior ou a outro tipo de situações.

Por fim, relativamente aos piquetes de greve intimidatórios estou de acordo com o princípio, mas não sei qual a alternativa. Piquetes de greve são algo que tresanda a chantagem emocional com argumentos de falta de solidariedade com os colegas etc. e tal. Mas não se pode também excluir que possam ter existido pressões, nomeadamente por via telefónica, por parte do empregador em sentido contrário. Uma coisa é certa: nenhuma solução poderá tocar no direito a fazer greve e no direito a não fazer greve.